ADL = Abandono Definitivo de Livro. Este é o primeiro, mas você pode conferir a coluna ATL (temporário) aqui.
Este será meu primeiro post do ADL, mas este não é
o primeiro livro que abandonei. Em toda minha vida “literária”, não concluí – e
nem pretendo – outras 4 leituras. É uma boa estatística, levando em
consideração que só compro/solicito/peço-de-presente livros que realmente quero
ler e que se enquadram nos gêneros literários que tenho predileção. Portanto, é
com infelicidade que coloco este livro na pequena lista de “abandonei”.
Iluminadas é um thriller transitório, onde presente
e futuro se mesclam. É narrado em terceira pessoa, revelando o ponto de vista
de diversas personagens (não apenas os dois protagonistas) e conta a história
de um serial killer e de uma de suas vítimas. Harper Curtis é um zé ninguém, um
bebum e um homem super violento, que acaba encontrando uma casa “enfeitiçada” e
que se revela ser um portal capaz de transportá-lo no tempo. É meio bizarro,
mas whatever.
A casa parece exercer algum tipo de influência
maligna sobre ele e isso o instiga a cometer assassinatos brutais de garotas do
outro lado da porta. Essas meninas são meio que “sugeridas” pela casa e por
isso o nome do livro “Iluminadas”. Os crimes são perfeitos e praticamente
impossíveis de serem solucionados, já que Harper pode desaparecer e arrumar o
lugar para que nenhuma pista seja detectada. Porém, em 1992, Kirby Mazrachi se
torna uma sobrevivente e investe seus esforços para encontrar o homem que
tentou assassiná-la, iniciando assim, uma árdua investigação. Ponto.
Tem como não querer devorar o livro com uma
história dessas? Mas fiquei muito desapontada. Primeiro porque achei a escrita
da autora muito maçante, com excesso de detalhes que a meu ver eram totalmente
desnecessários e que deixavam certos parágrafos cansativos e desinteressantes.
Além disso, não é um texto que se desenrola facilmente e, se fosse, poderíamos
superar a parte maçante e seguir com a leitura. Para piorar ainda mais a
situação, a variação de tempo acaba por embaralhar ainda mais o desenvolvimento
da história. Não que tivesse sido preguiça ou algo assim, pois em vários livros
que li o (a) autor (a) também utilizou esse meio e tudo fluiu normalmente (por
exemplo, O Circo da Noite, que muda praticamente de data a cada capítulo).
Entretanto, o que me fez desistir de fato do livro,
foi uma pequena confusão (?) em
relação a certas datas e as personagens. Vou exemplificar:
1 – Em 1931 Harper tem 30 e poucos anos.
2 – Em 1974 Kirby completa 7 anos. Então ela nasceu
em 1967.
3 – Em determinado capítulo, Harper e Kirby se
encontram em 1931. COMO, se somente ele atravessa a porta e viaja no tempo? E
COMO Kirby estaria em 1931 se ela só vai nascer em 1967?
4 – Dan é o amigo repórter de Kirby o qual não me
recordo a idade, mas que é narrado tanto em 1929, quanto em 1992/1993. Só aí
são 63 anos. O que me intrigou foi a questão dele se apaixonar por ela, que em
1992 teria/faria 25 anos. Levando em conta que SE ele tivesse nascido em 1929,
teria a idade que citei acima (63), mas como percebe-se na leitura, ele já é um
adulto. Então... QUANTOS ANOS ele tem afinal? Não seria muito “velho” pra ela?
MEGA estranho.
Viram a loucura? E ela se espalha entre vários
capítulos e eu já estava pirando com o conjunto que citei no início e essa
confusão de datas me fez fechar o livro e pensar: Que seja, vá deixar outro
maluco. Humpf! E assim Iluminadas se tornou meu primeiro ADL do blog. A
premissa é muito boa, que me faz lembrar, inclusive, de Esconda-se, da diva
Lisa Gardner e que também conta a história de uma sobrevivente de um serial
killer e etc. etc. etc. Uma pena que Iluminadas não seja tão bom quanto. Mas
isso é uma questão de perspectiva, não significa que você não vá gostar/odiar
ou algo do gênero. É aquela boa e velha história do “preciso ler e tirar minhas
próprias conclusões”. Okay? Se alguém aí já leu e quiser desembaralhar meus
neurônios, por favor, fique à vontade. E quem ainda não leu, minha única dica
é: paciência. Se chegar até o fim, parabéns! Tiro o chapéu pra você.
P.S.: Espero não fazer outro post desses tão cedo.
See ya!
poxa, é tão triste quando um livro deixa tanto a desejar
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Sabrina, no inicio de sua resenha pensei que seria daqueles livros que fosse amar a leitura, mas quando você disse maçante, já fiquei desinteressada, depois apontou essas datas malucas... enfim, a escrita nada favorável. Se visse minha fisionomia enquanto lia sua resenha, iria passar o domingo rindo. Desse ai vou fugir, amo quando não há pontas soltas, e esse ai não só tem pontas soltas como desconexas.
ResponderExcluirAh, é sempre uma pena fazer ADLs, mas acontece. A sua descrição de como o livro é maçante me lembrou "O chamado do cuco", um livro que muitos gostaram mas que, para mim, se arrastou demais. E também teve muitas inconsistências, como as que você achou nesse livro. Odeio esse tipo de problema, e acho sempre surpreendente que nenhum editor/preparador/revisor tenha corrigido.
ResponderExcluirwww.blogsemserifa.com
Eu consegui (não sei como) ler esse livro inteiro.
ResponderExcluirAmo thrillers, mas esse realmente não me conquistou. Também achei que a autora é descritiva demais e a história é muito confusa. Mesmo no final, quando você pensa que tudo vai fazer sentido, não faz. Haha. Sério, terminei o livro mais confusa ainda.
Era um livro com uma premissa boa, mas infelizmente não funcionou. :/
Ketelin - Vanille Vie.
http://vanille-vie.blogspot.com.br/