Ser feliz é assim - Jennifer E. Smith

Você já deve conhecer a autora por causa do livro pequeno de título grande (A probabilidade estatística do amor à primeira vista), mas agora temos o livro grande de título pequeno - mas de igual fofurice, devo dizer. O que mais eu poderia esperar?

Graham Larkin e Ellie O'Neill não poderiam ser mais diferentes. O rapaz é um ídolo adolescente, um astro das telas de cinema; uma vida calcada na imagem. O cotidiano constantemente sob o escrutínio dos refletores. Agentes, produtores, RPs, assessores... Já Ellie passou a vida escondida nas sombras, fugindo de um escândalo do passado enterrado em sua árvore genealógica.
Mas, mesmo sem aparentemente nada em comum, os dois acabam se conhecendo — ainda que virtualmente — quando Graham envia a Ellie, por engano, um e-mail falando sobre o porco de estimação Wilbur. Esse primeiro contato leva a uma correspondência virtual entre os dois, embora não saibam nem o nome um do outro. Os dois trocam detalhes sobre suas vidas, esperanças e medos.
Então Graham agarra a chance de passar tempo filmando na pequena cidade onde Ellie mora, e o relacionamento virtual ganha contornos reais. Mas será que duas pessoas de mundos tão diferentes conseguirão ficar juntas? Será que o amor é capaz de vencer — mesmo — qualquer obstáculo? E mais importante... é possível separar ilusão de realidade quando o coração está em jogo? Sinopse retirada do Skoob.


Já devo ter confessado em alguma resenha por aí, mas vou repetir: tenho uma quedinha por histórias com personagens famosos (no mundo fictício deles, claro). Não sei exatamente por quê, afinal eu não sou o tipo de fã descabelada que dorme na fila do show ou que escreve fanfics ou que sonha acordada com uma cena de romance tórrido com alguma celebridade. Talvez meu subconsciente imagine coisas assim, mas, definitivamente, eu sou bem tranquila quanto a isso (o que não quer dizer que eu não fique babando quando vejo fotos do Mateus Verdelho ou Ian Somerhalder ou Alex Pettyfer ou ~uma lista infinita de caras gatos~). Agora imagine minha reação ao me deparar com um livro que traz na capa o nome Jennifer E. Smith e na sinopse as palavras "um astro das telas de cinema": expectativa. Mas se você acha que agora vou falar como isso acabou estragando minha leitura, pode despensar. O livro é mesmo o que eu esperava.

Começar o livro com uma troca de emails foi golpe baixo pra mim. Misturada à sensação de invasão, estava a curiosidade e diversão de acompanhar a relação que logo se estabeleceu por conta de um engano. No capítulo seguinte, o ritmo se estabelece e iguala à cidade pacata que Ellie vive. Naquele momento, eu só continuei lendo para entender a relação do primeiro capítulo com o enredo, onde aquilo faria sentido. Apesar de um pouco óbvio, eu ansiei pelo encontro e a "revelação", e vibrei pela autora não ter escolhido estender aquilo até o final do livro, trazendo milhões de mal-entendidos, desencontros e todo aquele lenga-lenga que estamos habituados. Para minha felicidade, aquilo foi só um pontinho no enredo que estava muito mais concentrado em desenvolver questões pessoais dos protagonistas. E deixa eu destacar que Jennifer sabe fazer isso muito bem. Parece um romance adolescente, mas é também um drama familiar, é a vida de cada um, enfim. 

"(...)Só que, dessa vez, ele não estava sozinho; dessa vez, os dois tinham perdido o equilíbrio juntos."

Os capítulos são narrados em terceira pessoa, mas alternando o foco - ora Ellie, ora Graham. No início foi cansativo, porque nada acontecia, era só uma caminhada para um encontro e, diferente de Oz, o objetivo era o principal, porque o caminho foi bem morno. Da metade pra frente, o ritmo foi outro e me vi encantada novamente com a história, suspirando, querendo saber os próximos passos do possível casal e torcendo para resolverem seus dramas pessoais. Dificilmente um livro desses não cai na armadilha do clichê, então nem me importei muito com os caminhos óbvios e convenientes que a história tomou, porque eu também não via outra saída. O ponto positivo disso é que os sentimentos não foram banalizados, tudo foi muito bem trabalhado e, esperado ou não, ficou coerente. O final poderia ser mais conclusivo, mas não vou comentar muito, por motivos de: spoilers.

Apesar de ter demorado para recuperar o ritmo do primeiro capítulo, Ser feliz é assim é um bom livro, com todo clichê e fofura que parece ter. Nada muito surpreendente, mas o tipo de leitura que nunca canso de fazer e, talvez, ser feliz seja isso mesmo, né? Uma leitura despretensiosa, mas apaixonante.
Comentários
5 Comentários

5 comentários:

  1. eu li o anterior da autora e curti muito, portanto estou cheia de esperanças neste novo livro e espero também curtir este romance bem legal!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  2. Gosto mais do fato de terem se conhecido através da internet, do que o fato de ser um astro de cinema com uma garota comum. Pois adoro lance virtual que parte para o real. Mas, como o livro é clichê, então tudo ocorre perfeitamente bem, rola química e muito romance, acaba perdendo um pouco minha curiosidade e vontade de ler, pois prefiro ser surpreendido.

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  3. Li APEAPV e me apaixonei *-* Mas não sabia desse outro livro fofo.. É sempre bom ler um clichê tranquilinho pra dar uma relaxada rs Já quero pra mim! :)

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  4. O primeiro livro que li da autora foi The Statistical Probability of Love at First Sight, e eu amei! A narrativa, a história, os personagens! É tudo muito fofo! Adoro clichês e amei a ideia do livro (:

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  5. Quero ler esse livro em breve, eu também adoro quando tem personagens ''famosos'' :)

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