O Bairro da Cripta - As Elegias - Marcos R. Terci

Um livro de terror escrito em uma narrativa poética.

O Bairro da Cripta ficava em Tebraria, e tanto a cidade quanto o Bairro eram considerados sinistros (talvez aquele em virtude deste). Muitas coisas aconteciam no “mal-afamado lugar”, com o surgimento (ou talvez sempre existissem?) de diversas criaturas sobrenaturais e aterrorizantes.

Composto por diversos contos, o livro conta várias histórias de terror — algumas verdadeiramente aterrorizantes — através de uma narrativa poética, desenhada, disposta a envolver o leitor e tragá-lo para dentro desse mundo sobrenatural.

"Nunca compreenderei, em todo ou demasiadamente, a complexa vontade de um fantasma. Cartas vêm e cartas vão de sítios incertos, de remetentes desconhecidos que cá não mais existem. Tornam-se parte de uma consciência uma e rotineira, agrilhoada a lembranças de outrora, à matéria e aos caprichos e desejos daqueles que sonham estar vivos."

A escrita poética é um ponto alto do livro, trazendo algo diferente para os contos de terror. Infelizmente, o livro não me atraiu como deveria. Talvez pelo gênero, que nunca havia lido (acredito que, neste caso, “Formaturas Infernais” não contam), mas, acredito, principalmente pelo fato de estar distribuído em contos, e não por ser um romance completo. Talvez, se estivesse relacionado em um romance, iria me atrair mais. Sim, é verdade que alguns contos (senão, todos), estão entrelaçados de alguma forma, no entanto, não atiçou minha curiosidade para chegar logo ao final do livro.

O livro é composto por inúmeros personagens do terror, antes já escritos ou simplesmente novos. Para um verdadeiro amante desse gênero, tenho certeza de que agradará, principalmente pela narrativa poética. O fato de se passar no Brasil e de que a história se identifica bastante como “brasileira” pode atrair aqueles que gostam de valorizar a nossa cultura.
Comentários
9 Comentários

9 comentários:

  1. pelo tema não é uma livro que me atraia em potencial, deixo a dica apenas como um lembrete de mais um livro que conheci aqui e que posso repassar a dica para amigos que gostam bem mais de tramas assim
    felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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    1. Olá, tudo bem? Vejo que visitou a resenha no blog! Legal. Gostaria apenas de chamar atenção para alguns pontos:

      1. Nós não nos oferecemos para resenhar livros, os autores interessados em resenha enviam o livro para o blog e nós lemos e damos nossa opinião. O interesse por este trabalho é do autor. Nós também não damos prazo limite para resenha: fazemos quando e se tivermos tempo. Este trabalho não é pago, é feito por prazer. Todos nós, do blog, temos nossa própria ocupação, e resenhar é um hobby.

      2. Não li o livro, pois foi a Pamela quem resenhou. Não posso dizer nada sobre a qualidade da escrita, mas posso dizer que acho absurdo o autor vir até o blog reclamar de uma resenha ruim.
      Meu caro, muitas mais estão por vir. Se você for se doer por cada crítica negativa recebida, sugiro que mude de área. O mercado literário é assim: todos são livres para gostar ou não da sua obra. Você sabia que Machado de Assis não teve reconhecimento em vida? Não espere que todos vão curtir seu trabalho. Existem pessoas e pessoas.

      Não me importa que o seu livro está sendo premiado: não agradou o público do blog. Ao invés de você se doer com isso, deveria perceber que nem sempre agradamos a todos, e se um dia você quiser atingir outro público terá que mudar a escrita. Se o seu público já estiver bem estabelecido e você estiver bem com o trabalho que faz, continue da forma como está fazendo! Não se limite a uma resenha negativa.

      Aliás, não reclame de resenhar negativas: isso é feio para a sua imagem. Agora que você é uma figura pública, deveria prezar mais por isso. Repito: todos estão livres para gostar ou não do seu livro, e você não deveria influenciar nisso.

      Agradecido,
      Renato.

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  3. Me pergunto se a J. K. Rowling ainda dorme já que, até hoje, tem gente que não gosta/gostou das obras dela. Será que ela responde assim ao público? Se você se garante, não é um ou dois que vai desmoralizar seu trabalho. Falta comer muito feijão com arroz, heim!

    Rindo eternamente aqui e procurando aonde está escrito que só se deve ler aquilo que lhe convém... Como saber se gosta ou não de algo se não experimentar? Além disso... Todo mundo é obrigado a ter a mesma opinião? Só porque fulano gostou a humanidade inteira tem que gostar? Cresce, rapaz! Aprenda a engolir sapos. Tenha certeza que os autores renomados de ontem e de hoje têm (e sempre vão ter) quem gosta ou não de suas obras.

    Cada uma... #mimimi #mimimi #mimimi

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    1. Tem razão, Sabrina. Não tiro sua razão. Mas, quando você tem um número limitado de livros a enviar você geralmente pergunta ao blog se ele tem que resenhe aquele gênero. Foi o que fiz. A Pamela disse abertamente na resenha que não curte o gênero. Achei estranho pelo fato de ter se oferecido para resenha-lo. O livro a princípio foi encaminhado para Ceile.

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  4. Renato, eu excluí meu comentário em razão de ter pesado minhas palavras e verificar que, sim, eu me excedi. Me deixei levar por uma futilidade, motivo pelo qual, peço desculpas. De outra ponta, vou conversar com a galera que organiza a divulgação e trabalhar mais o quesito "engolir sapos" (rsrs) tão suscintamente enfatizado pela colega Sabrina. Espero que possamos nos ver em breve. Grato. M.R.Terci

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    1. De mim se sinta desculpado, sem ressentimentos! Desejo sucesso. =)

      Grato,
      Renato.

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  5. Não pude deixar de ver essa pequena discussão sobre blogs e relacionamento com autores e também tenho uma opinião formada, como blogueiro, sobre o assunto. Discordo sobre alguns pontos citados acima, a partir do momento em que você assume o compromisso de criar um blog, seja por dinheiro ou hobby, você tem uma obrigação não com o autor mas sim com o seu público leitor, você tem o compromisso de sinceridade e se não gostou do livro ótimo, aponte seus defeitos e o que lhe desgostou da mesma maneira que o contrário também é válido. O que não concordo é com essa postura de "eu resenho quando quero", independente de qualquer coisa a partir do momento em que você aceita receber um livro em seu nome, você tem a obrigação moral como pessoa de dar uma resposta ao escritor nem que seja negativa. Não li a resposta do autor mas claramente este não é um blog que escreve regularmente sobre livros de terror então a parceria deveria ter sido melhor pensada antes de concretizada. Porém pelo número de pessoas que escrevem no site acho que no minino alguém deveria ter bagagem literária o suficiente para fazer uma leitura crítica de um livro de terror. Acho o que incomoda não é a resenha negativa, mas a forma péssima com que a opinião foi expressada, há contradições desde a primeira linha e a repetição desnecessária da expressão "poética" demonstra que a leitora não entendeu a mensagem do livro. Como leitor e blogueiro acho dificil discorrer sobre um assunto que não domino e esse foi o erro da leitora que admite nunca ter lido um livro de terror, é como pedir para uma freira escrever um romance adulto.

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    1. Olá Rafa!
      Não acho que isso tenha sentido. Qualquer um pode ler qualquer livro, seja terror, seja suspense, seja romance. O que insisto é: resenhamos os livros, independentemente de parceria ou não. A autora da resenha leu, sim, o livro, por inteiro, e não se sentiu tão cativada. Não concordo com o seu ponto de que precisaria ser alguém com "mais bagagem literária", afinal o livro está na livraria para ser vendido: qualquer um pode ler, seja um exímio leitor de romances de terror, seja qualquer outra pessoa na livraria.
      O autor pediu para ser resenhado, o blog topou a parceria e resenhamos o livro da forma como somos: transparentes, sinceros. Nós não estamos fazendo nada longe do esperado: recebemos o livro, resenhamos. Não nos comprometemos com datas, como já dito, porque não trabalhamos com o blog, apenas fazemos isso por hobby.

      Repare que a Pamela não diz que o livro é ruim em nenhum momento e muito menos desmerece o autor. A resenha está muito bem escrita, está articulada e expõe o ponto de vista da autora, que pode não ter sido o mais popular, mas ainda assim não deve ser desmerecido.

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