[Correio] Kindle e livros que chegaram



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Abandono - Meg Cabot


Esse livro inicia a nova trilogia da Meg Cabot lançada pela Galera Record. A história parecia genial, as expectativas eram altas. O livro parecia muito bom. Infelizmente, Meg Cabot errou a mão e decepcionou um grande fã, com uma narrativa um pouco lenta e um ponto central um pouco falho.

Pierce Oliviera é uma garota de dezessete anos que passou por uma das piores experiências que qualquer um poderia passar: a morte. Depois de um pequeno acidente envolvendo um passarinho com a asa quebrada, uma piscina e um cachecol, Pierce se afoga e fica morta por 12 minutos.

Esses 12 minutos, entretanto, são o suficiente para uma breve conversa com John Hayden, um homem misterioso, bruto e um pouco selvagem que a "recebe" no submundo. Ela fica automaticamente espantada ao perceber que está mesmo morta, e acaba por entrar em pânico. John parece se interessar cada vez mais por Pierce, mas a garota está assutada demais, e foge de seu castelo na primeira oportunidade, "ressuscitando" no nosso mundo novamente, apenas com um colar que, segundo John, a ajudará a saber quem é mau e quem é bom como lembrança e prova de que tudo aquilo foi real.

A partir daí, a vida de Pierce dá uma reviravolta, e uma depressão parece se abater sobre ela. A esperança se esvai, ao descobrir o que acontecem com os mortos. Além disso, parece que Pierce começou a atrair problemas desde então. Quem é John? Porque ele insiste em voltar à vida da garota e persegui-la?

O mito de Perséfone sempre é intrigante pra qualquer um que vá querer lê-lo, e não foi diferente com a Meg. Ela conta pra nós, leitores, nos agradecimentos, que tinha essa vontade de recriar o mito de Perséfone desde o Ensino Médio, e que fez muitas pesquisas para conseguir concluir a tarefa (se você não faz a menor ideia de quem seja Perséfone na Mitologia Grega, clique aqui.) Entretanto, acho que a Meg acabou se perdendo um pouco nas pesquisas e se concentrando apenas nisso, o que fez com que o ritmo da narrativa ficasse EXCESSIVAMENTE lento e pouco interessante. A ideia toda do livro, os elementos que ela traz pra história, são sensacionais, e dariam um romance de tirar o fôlego... mas ela parece se perder no meio de tantas histórias, tantas lembranças, tantas recapitulações e tantos problemas envolvendo os personagens que, parabéns pra Meg, tem uma profundidade bem maior do que nos seus outros livros, mas acaba deixando o livro pouco finalizado, ao que parece.

Pierce é, de longe, uma das personagens mais complexas da Meg, assim como Alex, seu primo. O passado dos dois nos mostra a vida real de vários adolescentes, com depressão, problemas familiares, problemas sérios, e não apenas dramas adolescentes comuns. O interesse romântico de Pierce, John, também conhecido como o soberano do submundo, fica um pouco em segundo plano no primeiro volume. Ele é mais concentrado em como Pierce chegou até a Isla Huesos (a ilha para onde ela se muda com a mãe para um recomeço) e como foi a sua adaptação. Além disso, o tio de Pierce também é um personagem incomum nos romances de Meg, com um passado sombrio e um advogado da condicional. A caracterização dos personagens foi bem extensa, e isso também pode ter deixado o livro um pouco cansativo, mas definitivamente mais válido.

É importante também ressaltar que um dos motivos para eu não ter tido tanto gosto com esse romance da Meg foi a tradução. Achei ela muito ruim, com alguns problemas bizarros, como a retradução das quotes de Inferno, de Dante Alighieri (nas aberturas dos capítulos) para uma linguagem um pouco mais teen e a não-utilização da tradução já consagrada do José Pedro Xavier Pinheiro, que além de mais bonita, nos traz um contato maior com essa obra clássica (me senti um pouco insultado, como se não fosse entender Dante na tradução original). A diagramação e o estilo da capa da Galera, entretanto, está MUITO bom, como todos os outros livros da Meg lançados pela editora.

Por fim, considero que esse livro tem muitos espaços em branco. Se os outros dois livros seguirem o mesmo estilo, talvez fosse melhor ser contado em apenas um volume... não sei. Acho que esse foi o problema. Talvez Meg tenha tentado alongar uma história que seria para ser contada em apenas um livro, em uma trilogia.

Posso dizer que quero ler a continuação pra saber como a história segue e como Pierce vai resolver o problema que se apresenta no final deste livro, mas não tenho certeza se quero ler tão logo. Prefiro deixar o livro descansando um pouco na prateleira.



Sentimentos de Verão


O sol quente fazia com que os cabelos ruivos de Sophia reluzissem como ele próprio, tremulando ao vento forte, enquanto a garota corria. A campina verdejante e viva, no ápice do verão, exalava o cheiro forte e doce de grama recém-cortada e de flores típicas do mês de janeiro.

A luz abundante fazia com que tudo ao redor ficasse bonito e claro, as cores sobressaindo. O calor que emanava do sol era forte e consistente, parecendo fazer pressão sobre Sophia. Uma árvore grande e única, para onde a garota corria, fazia uma sombra vasta e gostosa, quase como um oásis no meio do deserto. Exceto que ali a água era abundante, refrescando os pés e o rosto de Sophia. Grandes poças no meio do campo verde sujavam os pés da menina, mas ela nem ligava: queria mesmo era sentir um alívio no meio de tanto calor.

A árvore chegou mais rápido do que Sophia achou que seria. Sentindo a sombra fria e escura chegar, se preparou para a mudança de temperatura e mergulhou naquilo que era mais agradável, no momento. Deliciou-se quando sentiu um leve calafrio, e sentou-se encostada no tronco frondoso da árvore. Ali ela poderia descansar por um tempo.

- Ei, quem é você? Sai daqui. Essa é a minha sombra - veio uma voz, de algum lugar acima da cabeça de Sophia.

- Hm. Quem é que está falando comigo? - Sophia olhou para cima, e foi recebida com um jato de água bem no rosto.

- Sabe, eu pensei que você fosse um pouco mais esperta - retrucou Thiago, rindo enquanto Sophia abaixava a cabeça e tentava limpar a água dos olhos. - E isso é só um pouco de água da minha garrafinha, meu Deus. É filtrada, nada demais. Se quiser tenho mais, pra você se refrescar.

Ele estava sentado em um dos galhos mais baixos da árvore, com um squeeze na mão e um sorriso no rosto. A bermuda jeans e a camiseta azul simples, os pés descalços. O porte físico era simples, também. Nada de músculos ou gorduras. O cabelo louro e pouco comprido todo desarrumado, os olhos verdes, quase azuis, reluzindo com o sol, um pouco fechados por conta da sensibilidade.

Sophia conseguiu finalmente olhar para ele quando Thiago pulou do galho, caindo levemente no chão e ficando em pé à sua frente.

- Como é o seu nome, rouba-sombra? - sorriu ele.

- Eu me chamo Sophia, e você é muito inconveniente. E chato. E terrivelmente mal educado. - Sophia fechou a cara numa expressão brava e tentou se levantar, para sair do foco de Thiago - Agora por favor, me dê licença.

[Promoção] O Oceano no Fim do Caminho - Neil Gaiman


E começa a semana #MergulheEmNeilGaiman \o/ Entre os dias 26/06 a 03/07 acontecerá em vários blogs uma semana especial com muitas informações e sorteios do livro.

O Oceano no Fim do Caminho é o grande lançamento da Intrínseca do autor Neil Gaiman e possui um hotsite - lindo - que vocês podem conferir aqui.

Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos.
Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.
Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.

Sorteio do Livro
Para concorrer a um exemplar de O Oceano no Fim do Caminho, preencha o Rafflecopter abaixo. A primeira entrada é livre e para ter mais chances, cumpra mais tarefas ;)


Onde comprar em promoção: Fnac | Saraiva 

Baixar, gratuitamente, o conto Como Falar com as Garotas em Festas (Neil Gaiman - Intrínseca)


Amor no Ninho - Maribell Azevedo


Depois de perder os pais, Marina, então com oito anos, é adotada por uma família na Inglaterra e, já no momento em que chega, nota seu novo irmão, Daniel, timidamente na escada acompanhando suas duas novas irmãs. Sua adaptação ocorreu de forma bastante natural e positiva e, pouco depois, já estava, de verdade, fazendo parte da família. 

O que, a princípio, parecia uma inquietação inocente, logo amadurece e se transforma em uma estranha atração pelo seu irmão adotivo. Conforme Marina ia ficando mais velha, ficava cada vez mais difícil ignorar que o que ela sentia pelo Dan era amor. Ela estava fadada a reprimir este sentimento para sempre, mas o destino (com uma ajudinha da melhor amiga Shanti) lhe deu a oportunidade de viver seu grande amor proibido.

Antes de tudo preciso falar que fiquei o tempo todo esperando algo que infelizmente não aconteceu. Eu esperava uma história mais madura e o início foi bem promissor, mas depois acabou sendo um livro normal (bem escrito também), bom para um romance comum, mas regular para uma premissa tão polêmica.

O livro conta com momentos de tensão - aquela coisa de ficar torcendo para acontecer alguma coisa e quase soltar um "uuhhh" - e, pela situação dos personagens, eu esperava um pouco mais de momentos de impasse (e constrangedoras, de certa forma). E é esse o maior problema do livro pra mim: é como se ele se comportasse como um livro normal - coisa que ele não é. Gente, nem precisa de muita firula no enredo, tratar amor entre irmãos (adotivos) é mais do que suficiente para encher e muito um livro com romance, drama, aventura e muita, mas muita polêmica. Aqui as polêmicas são provocadas propositalmente pelos protagonistas e achei de uma baixaria sem tamanho - e muita falta de respeito com os pais. Não é como se eles só quisessem provar que se amavam de verdade, eles pareciam querer provocar (e, pra mim, perderam a razão).

Outra coisa que me incomodou foi a falta de verossimilhança. Além de achar que a polêmica foi pouco explorada (como você beija aquele que todo mundo sabe que é seu irmão no meio de uma festa e acha engraçada a cara dos outros?, além de várias outras situações totalmente WTF?), o romance - algumas cenas - foi extremamente idealizado, algo que eu esperava ser tratado com mais realidade e maturidade neste livro. Por outro lado, os personagens secundários (aka melhores amigos do Dan e da Marina) foram muito bem trabalhados e mais humanos.

O final era pra ser emocionante, mas simplesmente não me tocou. Talvez por estar sempre esperando pelo momento de me sensibilizar, ele chegou e passou. Vou ler a sequência - já tô com Amor Inteiro no Kindle - pra ver se consigo me reaproximar da história como eu estava no comecinho e como esperava.

Talvez quem nunca leu algo do gênero possa se envolver muito mais (ou quem não tenha expectativas). Eu li Todas as Estrelas do Céu e achei tudo tão real e tocante que esperei o mesmo de Amor no Ninho (que ganha só na qualidade da escrita). Repito: é um bom romance, traz uma alternância de narração em algumas partes que enriquece bastante a narrativa, mas ainda achei regular para o tema.



ATL: Shine - Lauren Myracle

Olha eu aqui com mais um ATL (#masoq, você não sabe do que se trata? Clique aqui para ver o primeiro post e aqui para ver o último).

Eu falo o tempo todo sobre livros caros, como eu me recuso a comprar livros sem promoção e, para vocês terem uma ideia de como esse livro era desejado, eu comprei Shine na Livraria Saraiva do Eldorado (não, não quero mostrar o shopping, é só pra falar que foi em uma loja física). OU SEJA: eu paguei caro por ele.

Primeira coisa: eu já tinha me apaixonado pela capa quando vi em algum blog, aí cheguei na livraria e vi por dentro. PARA. Sem chances de sair de lá sem ele. ELE É SIMPLESMENTE LINDO! (veja alguns detalhes dele aqui) Obviamente eu já comecei a ler - ignorei todos os livros que eu havia planejado ler numa sequência (tipo, eu faço isso o tempo todo). Li, li, li... li. Aí li. Li, gente. Eu me sentia bem lendo, porque a escrita - aparentemente - flui e é gostosa de acompanhar, mas eu realmente não sei dizer o que aconteceu, porque eu li pra caramba e só cheguei até a metade. E pior: não conseguia sequer entender onde a história iria chegar. A sensação poderia ser de morrer na praia, mas isso acontece quando a gente entende um objetivo, faz muitas coisas e não consegue alcançá-lo. O problema é que eu não cheguei a entender (ou realmente não existe) o objetivo desse livro. A menina se afasta do melhor amigo, aí ele é espancado, ninguém sabe quem foi, ela tenta descobrir, mas, tipo, não é um suspense maravilhoso que você fica aimeudeusquemseráobandido, as coisas simplesmente não fazem sentido. A premissa é ótima, mas não dá pra vislumbrar qualquer coisa de onde esse livro vai chegar ou o que ele quer. Mas, ok, então por que não é um ADL (Abandono Definitivo de Livro)? Porque eu preciso saber se o negócio é realmente o que eu tô pensando (ou seja, nada) e também porque a leitura é fácil (ok, também porque o livro é muito lindo e eu tô com dó de admitir que não valia meu dinheiro gasto).

ATL é uma coluna do Este Já Li e você pode fazer no seu blog, basta usar o banner acima ;)



Simplesmente Ana - Marina Carvalho


Preparem as pedras para jogar na minha pessoa ao final do post porque já adianto: Acho que eu sou a única pessoa no mundo que não gostou desse livro.

Ana Carina é uma estudante de direito que vive uma vida comum em Belo Horizonte até que um dia recebe uma inbox no facebook que muda a sua vida. Seu pai, até então desconhecido, aparece e quer assumir a sua responsabilidade e o papel de pai depois de descobrir a existência da filha. Nada mais justo, depois de 20 anos, não é mesmo? O que Ana não esperava é que seu pai seria nada mais nada menos que o rei de Krósvia. Ele pede então que ela vá com ele para seu país, para que ele como rei possa reconhecê-la como filha e herdeira do trono. Ela, apesar de ter um certo receito de deixar a sua vida, família e amigos aqui no Brasil, acaba aceitando o convite do pai e parte com ele para a Europa.

Ao chegar em Krósvia ela fica encantada com a beleza do país e do palácio que seria sua morada nos próximos meses. Seu pai logo se encarrega de deixar Irina, sua fiel assistente, à disposição de Ana para que ela possa conhecer melhor o país antes do grande anúncio sobre a existência da nova princesa da Krósvia. Porém, logo Irina é substituída na função de guia turístico de Ana por Alex, filho da falecia esposa do pai de Ana. A garota percebe então que apesar de Alex ser dono de uma beleza estonteante, ele não tinha ido com a cara dela e, ela, por sua vez, também não tinha gostado do jeito frio e grosso como ela a tratara. Mas, conforme os passeios dos dois vão se tornando mais frequentes, eles vão se conhecendo melhor e Ana logo percebe que Alex não é tão má pessoa como ela imaginava. E pouco a pouco ela vai percebendo que Krósvia e a ideia de ser princesa podem não ser tão ruins assim.

Já deu para perceber o quão clichê é essa história?  Pois bem... Ao pegar o livro na minha estante para lê-lo eu já esperava por isso. Mas imaginei, pela sinopse, que por mais que soasse como um novo "O diário da princesa", seria uma história mais adulta, e esperava que alguma coisa nesse livro iria me surpreender. Mas, infelizmente, as únicas surpresas que eu tive não foram boas.

O livro todo é narrado por Ana  de uma forma bem informal, com um tom de bate papo entre amigas. Isso poderia ser um ponto muitíssimo a favor do livro se essa informalidade não fosse levada tão a sério a ponto de alguns diálogos serem narrados como:
Fulana: Blá blá blá blá.
Eu: Blé blé blé blé
Fulana: Mi mi mi mi.
Isso me incomodou demais. Não desceu. Como um livro poderia ter diálogos narrados de forma normal e outros assim, se o narrador é o mesmo todo o tempo? Juro que não entendi isso.
Os personagens, por sua vez, são um pouco confusos. Não dava pra entender muitas vezes o que Ana queria, se ela ser princesa ou voltar para sua vida no Brasil, se ela gostava de Alex ou odiava ele. Parecia uma adolescente, não uma mulher de 20 anos.

Isso sem contar os clichês que vão surgindo um atrás do outro sem parar. E olha que eu sou uma pessoa que AMA histórias clichês. Mas acho que tudo tem um limite e tem que ser bem escrito, de modo coerente, fazendo com que o leitor acredite na história que ele está lendo por mais clichê que seja. Tudo aconteceu de forma tão óbvia e com um destino fazendo tudo acontecer tão magicamente certo, que ficou forçado. E piorava quando a autora em alguns pontos parecia justificar os acontecimentos, para tentar fazer o leitor acreditar que sim, é possível tudo isso acontecer tão perfeitamente assim. Mas não. Não consegui acreditar nisso.

Toda essa informalidade, mais os clichês e o modo como algumas coisas corriqueiras na nossa vida, como o facebook e o falecido MSN, são introduzidas na histórias, muitas vezes me fizeram pensar que eu estava lendo uma fanfic. E até aceitava tudo. Mas quando eu lembrava que era um livro, publicado por uma editora que não é qualquer editora, eu ficava sem palavras. Gente... Dava pra história ter tido um desenvolvimento melhor, sem dúvidas.

É realmente um conto de fadas. Não tem definição melhor para esse livro do que essa. Se eu tivesse levado a frase da capa a sério, não teria me decepcionado tanto. Meu erro foi acreditar que encontraria um "O diário da princesa" mais adulto, quando na verdade estava a frente de mais uma história nível Disney.



[Promoção] Kit Férias


Oi pessoal! 
As tão esperadas Férias estão chegando e com ela vem muita coisa boa: descanso, passeios, boas leituras, mais tempo para dormir e ficar no computador, mas no finalzinho das férias é quase impossível não sentirmos uma espécie bem sutil de saudade da nossa rotina, coisa que em hipótese alguma gostamos de admitir, mas sentimos
Pensando em todo esse 'tempo livre' nós dos blogs Cachola Literária, De Livro em Livro, Este Já Li, Leituras da Paty, Livros e Chocolate e Who's Thanny pensamos em um Kit de Sobrevivência para que vocês pudessem curtir as Férias com muita leitura e diversão, afinal para quem gosta de ler, Ler é como Brincar!


Serão 3 Kit Férias e vocês poderão escolher o que mais se identificarem e caso se identifiquem com todos, podem tentar a sorte, não é mesmo? O nosso objetivo é que vocês possam se divertir ao ganharem livros que desejam ler. Escolha seu Kit Férias e divirta-se!

*Para participar você só precisa residir ou ter endereço de entrega no Brasil e seguir os passos no formulário autoexplicativo do Rafflecopter.

KIT FÉRIAS 1: Private (James Patterson) & Diablo III: A Ordem (Nate Kenyon)
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KIT FÉRIAS 2: A Pousada Rose Harbor (Debbie Macomber) & Jardim de Inverno (Kristin Hannah)
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KIT FÉRIAS 3: Conselho de Amiga (Siobhan Vivian) & Paperboy (Pete Dexter) 
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A primeira entrada é livre, leve e solta, mas os formulários estão cheios de chances extras e vocês podem aproveitar e ir fundo para conquistarem seu Kit Férias, afinal ler nas férias é uma ótima opção sobretudo para quem não vai viajar!!!
Lembrando que vocês devem ler os Terms and Conditions nos formulários, certo?
Qualquer dúvida ou dica ou crítica (positiva/negativa) estamos aqui, entre em contato por e-mail, twitter, comentários e tal... 

BOA SORTE A TODOS!

Virada






Eles estavam se beijando. Eu não estava bêbada, nem louca, nem estava vendo mal. Eles estavam mesmo se beijando. Meu namorado e aquela lá! Poderia ter gritado, exigido satisfações, ter feito um escândalo. Mas não iria me submeter àquilo. Não mesmo.
Saí dali antes que qualquer um me visse, ou visse o que eu estava vendo, e fui até o barzinho da faculdade. Havia alguns alunos e uma música dançante, além de um ambiente propício ao que eu queria. Resolvi me entregar. Resolvi que iria fazer coisas de um jeito em que ninguém poderia me culpar.
— Faz aquela batida para mim — pedi ao atendente já conhecido meu.
Ele sorriu para mim, daquele jeito malandro sabendo que eu queria aprontar alguma e se apressou em preparar meu pedido. Paguei e bebi um copo atrás do outro, me sentindo cada vez melhor. Eu sorria debilmente e começava a me animar ao som do lugar.
 ************
Danilo fez mesmo. E o pior é que a namorada dele era legal, bonita, responsável. Como aquele imbecil poderia trocar a Karla pela Mariana, uma piriguete completamente sem sal? Eu estava passando quando o caminho de Karla estava indo direto para sua maior decepção. Só que deixei pra lá. Puxa, o Danilo era meu amigo, eu não ia simplesmente dedurar ele. O problema era que o Fabrício, irmão dela, também era meu amigo de infância. Então quando eu vi que ela estava demorando demais no bar, fui atrás, ué!
Estava claramente bêbada. Suspirei. Dançava e ria como se nada mais importasse. E eu sabia que ia para casa de carro, e que não seria nada legal ela ficar ali. Odiaria que alguém se aproveitasse da situação...
— Bora! — chamei com firmeza, puxando o braço dela. Ela fez biquinho e tentou se desvencilhar de mim.
— Me deixa — falou enrolado por causa da bebida. — Eu quero dançar.
E deu aquele sorriso bobo, como se estivesse num mundo encantado só dela.
Revirei os olhos.
Aquela era a garota que eu conhecia desde criança, que eu implicava, que eu fazia chorar, que me odiava, em outras palavras. E eu também a odiava, mas daquele jeito de irmão mais velho. E naquele momento, como irmão, ela precisava da minha ajuda.
Deixei que ela tentasse me bater, que reclamasse, que fizesse birra de criança. No fim ela teve que vir comigo até meu carro. Contra sua vontade, claro.
— Para onde está me levando, Danilo? — perguntou já mais calma.
Estávamos saindo do campus da faculdade.
— O quê? Não sou o Danilo, sou o Tales. E estou te levando para casa.
Ela ficou calada, e eu mais tranquilo. Aparentemente não discutiria mais comigo, e no dia seguinte talvez até me agradecesse por não deixá-la dirigir bêbada.
— Cara, para quê aquilo? — perguntei depois de lembrar da cena no bar. — Você nem gostava tanto assim dele. E pelo jeito já estavam quase terminando.
— Por que você ainda é meu namorado, e não é legal sair por aí beijando outras garotas. E ela nem é mais bonita do que eu.
— Você é mais bonita do que qualquer garota — concordei. — É chata, mas compensa. O Danilo é que é um idiota.
Baguncei o cabelo dela, como ela odiava.
— Para com isso! Tá parecendo o Tales. 
Pelo menos ela não estava falando enrolado como antes. Menos mal.
Chegamos na casa dela sem maiores problemas. Pelas luzes apagadas seus pais já estavam dormindo e seu irmão ainda não havia chegado. Ela olhou para fora, para sua casa e depois para mim.
— Valeu, Danilo.
Antes que eu voltasse a corrigi-la ela estava próxima demais. Depois me beijou. Assim, simplesmente.
De início tentei afastá-la. Cara, ela era a irmã do meu melhor amigo. Só, que, caramba, a garota tinha uma força danada. E o pior? Seu beijo era espetacular. Retribuí.
Ela tava achando que eu era o Danilo mesmo.
Abracei-a com força, tentando trazê-la para mais perto de mim e me surpreendi com o pensamento de estar com ela. Não apenas naquele momento, mas em muitos outros. E não era só porque ela beijava bem, ou porque tinha um cheiro maravilhoso, ou aquele gosto salgado, ou os cabelos macios... Enfim, você entendeu.
Há muitos anos eu já tive sim uma paixonite pela Karla. Só que passou.
Só que não.
Quando ela se lembrasse do beijo, espero que se lembre de ter gostado também.
Não sei dizer por quanto tempo ficamos dentro do carro, em frente à casa dela, se beijando como se nunca mais fôssemos nos ver. Mas foram os minutos mais deliciosos nos últimos anos. E eu queria repeti-los.
— Obrigada — agradeceu novamente, depois foi até sua casa.
Sua caminhada incerta e sua trapalhada para abrir a porta me lembraram de que estava bêbada.
Por favor, não tão bêbada.
Observei seu corpo adentrar a segurança da casa e fui embora, sem conseguir disfarçar o sorriso bobo dos lábios. Ai, caramba, aquilo seria uma baita confusão, eu namorar a irmã e a ex dos meus dois melhores amigos. No que eu fui me meter?
************
Da janela do meu quarto escuro observei enquanto Tales ia embora. Sorri, me lembrando perfeitamente de nosso beijo. Ele tinha razão quando disse que eu não estava tão afim de Danilo, mas nem eu imaginava que aquele momento no carro fosse tão empolgante. Agora eu conseguia vê-lo com outros olhos.

Será que ele havia percebido que eu não estava, e nunca estive, bêbada?



Sob a Luz da Lua - Andrea Cremer


O primeiro livro da trilogia Nightshade.



Sob a Luz da Lua conta a historia de Calla, uma adolescente meio humana e meio lobo. Calla é a alfa da matilha Nightshades, o seu futuro sempre foi uma certeza: casar com Ren, e unir sua matilha com a dele, os Banes. 


– Você o ama? –  Ele me perscrutou com os olhos.

– Não me pergunte isso. –  Meus lábios ainda ardiam pela confissão que diz a Shay. Ali, doíam pela mentira. –  Não tem nada a ver com amor, tem a ver com sobrevivência.
–  Não, Calla. –  Sua voz se tornou acalorada. –  Tem a ver apenas com amor.
 Calla nunca teve dúvidas e nunca questionou esse seu futuro, até a chegada de Shay, um humano que ela salva das garras de um urso. Os sentimentos da garota ficam confusos, completamente divididos entre Ren e Shay. Mas Shay não é um humano qualquer, o garoto é cheio de mistérios que nem ele sabe. Calla começa a duvidar das certezas que tinha e começa a correr riscos para viver sua paixão proibida com o humano. Entre batalhas, caçadores e feiticeiros, eles tentam viver esse sentimento desconhecido. Mas a pergunta é: Vale a pena correr esses risco pelo amor?
Você pertence a si mesma. E posso esperar até que você descubra isso.
Sob a Luz da Lua foi um livro que em encantou logo de cara, mesmo com um enredo um pouco monótono às vezes, ele conseguiu me conquistar. Acho que o que mais me agradou foi que mesmo tendo um romance, a historia não ficou melosa, a autora soube dosar as coisas, misturando sobrenatural, brigas e romance, acho que ficou tudo na medida certa. Em questão a Calla, acho que ela deveria ser um pouco mais forte, não sei, acho que por ela ser uma alfa (o que é meio estranho, porque só tinha visto alfas-machos até esse livro) ela deveria se impor mais, ser mais durona e tal.

A autora pecou apenas por ter feito o começo e e fim maravilhosos e ter deixado o resto do livro a desejar. A capa é linda e a diagramação também ficou muito boa. É um livro ótimo para quem gosta do sobrenatural, mas já vou avisando, não vá com muita sede ao pote, como eu disse, em alguns pontos o enredo fica estacionado, porem isso não impede de que a historia seja boa. Estou louca para ler Lua de Sangue, e espero que a autora tenha trabalhado melhor na história toda, e não apenas no inicio e no final como no primeiro livro.


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Sim, escondam os cartões de crédito, esqueçam a senha do banco... ou não!




Insurgente - Veronica Roth


O final foi demais - absurdamente demais -, mas eu não posso esquecer o tortuoso caminho para chegar até ali (da Tris e meu).

Pode conter spoilers de Divergente. Leia a resenha dele aqui.

Tris, Tobias e todos que embarcaram no trem após acabar com a simulação agora precisam buscar abrigo - e, com o caos instaurado, algumas facções receberam refugiados. Além disso, eles precisam traçar um plano para derrubar a Erudição - aquela que detém todo o poder.

Felizmente, Insurgente começa imediatamente onde Divergente terminou - isso nos poupa de um salto no tempo e uma explicação vazia sobre como eles chegaram em determinado lugar. Mais uma vez fui sugada pela história, acompanhando freneticamente os acontecimentos e ansiosa pelo desfecho - mesmo sabendo que não iria encontrar um final de verdade, afinal se trata de uma trilogia.

Apesar do final me deixar "sem chão" e louca pela continuação, não posso esquecer que demorei - e adiei demais - a leitura das últimas cem páginas. Veja bem, o final não foi de todo surpreendente, mas é algo que eu esperava desde a leitura de Divergente, então fiquei satisfeita (mesmo que minhas dúvidas não tenham sido respondidas, mas ao menos foram expostas). Desta vez, não adiei a leitura por covardia (veja mais aqui sobre isso), mas porque cansei de tudo. Mesmo acontecendo muitas coisas importantes neste livro, senti que deu voltas demais e, o mais chato de tudo: a Tris é um spoiler. Sim, é isso mesmo. Tirando uma coisa que ela não desconfiou (e nem eu), todas as outras viraram fato. Isso tira a graça, sabe? Se ela ficar com o pé atrás com alguém, é certeza que esta desconfiança tem fundamento. E isso tira a surpresa quando certas coisas são reveladas.

Eu posso ser surpreendida pelo último livro, mas ainda estou com a impressão que a trama é muito sensível. Digamos que você vai ler, vai adorar, vai achar a autora genial (eu também acho), mas você não pode questionar muito mais do que está exposto - se não você vai ficar sem respostas.

Pode acreditar: Divergente e Insurgente são favoritos. A autora trouxe mais das facções neste livro e eu adorei isso, já que uma das minhas queixas de Divergente era a falta de exploração do "pano de fundo", fiquei agoniada com algumas coisas e o fato de ser narrado em primeira pessoa ajuda e muito a sentir tudo.

Como devem saber, existe um romance muito bem conduzido e aqui ele fica um pouco sensível - parece que qualquer coisa pode colocar tudo a perder - e isso me deixou bem apreensiva, pois é um dos casais que mais shippo (ainda tenho a impressão que o Tobias gosta muito mais da Tris do que ela dele, mas vou superar isso, espero!).

Mal posso esperar por Allegiant - espero um final épico! E, sim, recomendo demais!



O celular e o livro


São Paulo. Dia congestionado. As pessoas correm por todas as direções, em todas as plataformas de metrô. Uma confusão, uma bagunça, uma baderna. Uma gritaria, um falatório...

Atrasos, corre corre, gente pede licença, pessoas correm cada vez mais rápido e falam ao celular, pessoas brigam, pessoas simplesmente andam. O concreto domina a paisagem, o sistemático e prático dando lugar ao emocional. O dinheiro, o trabalho, o esforço, a falta de ligação com quem quer que esteja correndo ao seu lado. Atrasados, todos juntos.

E no meio do caminho, tinha uma pessoa lendo. Sentadinha, em meio a baderna, em meio ao balbúrdio, uma garota linda, só ali sentada, lendo. Um livro grosso, com uma capa dura bonita e vermelha, uns escritos em dourado. O título era algo sobre um sentimento que faz com que algumas pessoas se sintam boas demais para fazer certas coisas, unido a uma outra palavra que significa um julgamento prévio sobre alguém ou alguma coisa. Uma escritora inglesa de um século muito antigo para ser relevante nos dias atuais, em que o predomínio é da sistemática.

A garota vira a página com um dos dedos finos e delicados, a pele alvíssima e os cabelos ruivos. Algumas sardas pontuam seu rosto, enquanto ela atentamente passa os olhos pelas palavras e sorri de vez em quando. Levanta a cabeça do livro em certos momentos, observa o movimento e volta a ler. Ela espera o metrô, mas não está assim tão interessada no estresse. Prefere esperar quieta, silenciosa, mesmo estando um pouco atrasada. Nervoso não a levaria a nada.

Um homem passa apressado pela estação de metrô. De terno, camisa branca, gravata vinho e sapato social, carregando uma maleta de aparência importante. Gerente de um famoso banco da cidade, ele dá uma leve corrida, enquanto saca o celular do bolso do paletó e começa a discar números e marretar a pequena tela com os dedos grandes. A pisada forte, o rosto impassível, o olhar rígido. Uma marcha rápida até conseguir chegar perto do local onde teria que esperar. Ele olha para os lados rapidamente, entre uma ação e outra no celular, e suspira, percebendo que terá que esperar um pouco até o próximo metrô chegar.

A garota, sentada nos bancos ao lado do homem, levanta os olhos do livro rapidamente e encara o rosto dele, virado para ela. Analisa a roupa, a exatidão da repartição no cabelo, a barba bem feita e o porte rígido e discilplinadamente assustador. Sorri, pensando que a vida dele deveria ser muito chata. Rapidamente desvia o olhar quando ele olha para ela.

O homem levanta os olhos do celular e vê a garota ali parada. Linda, mas louca, é o que ele pensa. Ler sobre "amor verdadeiro", perder tempo com livros... isso não a levaria a nada. Sorri, pensando na alma de artista e apreciador de arte, que muitas vezes leva os outros a loucura e a pobreza. Rapidamente desvia os olhos, quando percebe que o metrô se aproxima.

Ele entra no metrô e senta-se num dos únicos lugares disponíveis, esperando a enxurrada. Ela senta-se ao lado dele, no outro único lugar disponível.

Quando ela pega a bolsa para guardar o livro, bate acidentalmente no braço dele e faz com que o celular saia voando. No susto, o livro acaba voando no sentido contrário. O livro para no pé dele. O celular no pé dela.

Os dois pegam rapidamente os pertences alheios e, sorrindo com o lapso momentâneo, olham um para o rosto do outro. Um pequeno momento de alegria trocado num dia cinza e nevoento. Coisas pequenas que representam dois mundos colidindo. Uma pequena flor nascendo no asfalto duro e áspero da cidade. Um pequeno sorriso experienciado entre duas pessoas.

Como confidentes, os dois continuam se olhando durante a viagem. Finalmente ele tenta puxar conversa. Pergunta sobre o livro, e ela responde sem pestanejar. Puxa outras conversas, e mais outras. Os dois acabam se conhecendo e descobrindo no outro uma visão de mundo que nunca teriam sozinhos.

O ponto do rapaz é o próximo. O dela é o imediatamente depois. Um sentimento engraçado toma conta dos dois, mas nada acontece naquele dia. Não é necessário. Porque os dois ainda vão se encontrar muitas vezes no mesmo metrô. Até que um dia algo aconteça.




Coisas Que Acontecem Quando Lemos Muito - Parte III


Primeiro quero dizer que mudei a forma do titulo porque já estava ficando como Velozes e Furiosos (Mais velozes e Mais furiosos; Velozes e furiosos desafio em Tóquio), ia chegar uma hora que o titulo seria maior que a própria postagem. Enfim, né, chega de enrolação. Resolvi fazer mais uma continuação desse post porque achei legal e creio que vocês também acharam (se não acharam comentem “Duda, para, não se empolga”, aí eu paro, juro). Mas, vamos as coisas que acontecem quando lemos muito:

1) Like a nerd:
Quem ai nunca foi considerado nerd só porque lê muito? Acho isso engraçado, às vezes nem somos tão inteligentes assim e os outros nos veem como ‘gênios’ só porque estamos sempre lendo (tá, eu sei que somos inteligentes e tal, mas nem sempre nerds, ou sou só eu que fico boiando em certas matérias? Só? #okay). 

2) Usar expressões que trouxas não entendem:
RÁ, o próprio título é uma expressão que quem não leu o livro vai ficar sem entender (nossa, sério Duda? Ninguém percebeu, sqn). Quem nunca pegou uma expressão de um livro e quando usou em público as pessoas ficaram te olhando com cara  de ‘WTF?’ e dá vontade de jogar a pessoa no Tártaro, sério, faço isso direto. Mas temos aquele mágico momento em que alguém que está perto de você entende e você faz uma amizade instantânea e começa a conversar com ela sobre o livro, e claro, os outros vão olhar pra vocês com cara de ‘WTF?²’ da mesma forma, mas pense pelo lado positivo, você não estará sozinho. Fazer o que né? Trouxas são trouxas.
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3) "Compulsivo por livros? Eu? Imagiiina.":
Tá, atire a primeira pedra quem nunca saiu comprando livros por aí mesmo sem ter tempo pra ler nem os que já estão na estante *chuva de pedras aqui*. Sério, gente, "por que tantas promoções maravilhosas, Senhor? Por quê?" acho que esse é um dos maiores dramas da vida de leitores, ainda estamos no começo do mês e é capaz de já ter gente falida só com essas promoções que estão tendo *EEEU*. É quase impossível ficar sem comprar livro né? Podemos ter 1 ou 20 livros nos esperando bonitinhos em casa e sempre queremos mais. Ai você mentaliza “não vou mais comprar livros esse mês, não vou mais comprar” e quando vê já apareceu na tela PAGAMENTO EFETUADO. Não neguem, eu sei que é. Ó, tratamento pra gente, é isso que precisamos (mentira, precisamos de mais livros mesmo).

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Sei que o meu post não ficou tão legal como o do Renato, #xatiada, mas diz ai, se identificou, né? Eu sei que sim. Continuem mandando sugestões por comentários e conte suas experiências que vamos adorar nos identificar com suas histórias, ou apenas rir da cara de vocês (mentira gente, ninguém ri do coleguinha nesse blog, aqui somos sempre unidos, sempre irmãos).

Beijos seus lindos e lindas!

O Diabo Veste Prada - Lauren Weisberger


Sabe quando você pega pra ler um livro de uma história que você já conhece e, por não ter ali nada que você já não saiba, você acaba não gostando tanto quanto você esperava?

Andrea Sachs é uma jovem simples que sonha em trabalhar no "The New Yorker". Recém formada, ela não quer ter que voltar a morar com seus pais mas sabe que está cedo demais parar ir morar com o seu namorado e abusar da hospitalidade da sua amiga Lily está fora que questão. Andrea sabe que a única saída para alcançar a sua tão sonhada independência é conseguir um emprego e começar a traçar o caminho até o tão sonhado emprego de repórter no The New Yorker. Ela começa então a distribuir currículos, até que uma oportunidade aparece em sua porta: A vaga de assistente de Miranda Priestly, a famosa editora de moda da revista Runway Magazine.

Andrea nunca se interessou por moda, e se quer tinha ouvido falar de Miranda até o dia da entrevista. Mas, uma coisa ela sabia: Aquele era o emprego dos sonhos de qualquer garota (ou pelo menos era isso que as pessoas falavam e ela tentava se convencer). Apesar de saber que a a Runaway nunca seria o seu lugar, ela aceita o emprego na esperança de que ele servirá como ponte para o seu principal objetivo. O que Andrea não esperava era que essa ponte seria um verdadeiro pesadelo.

Andrea descobre que o papel de assistente júnior de Miranda, é nada mais nada menos que o de escrava pessoal da mesma. Ela acaba virando refém de suas manias e rotina, a ponto de deixar de viver a própria vida para viver a vida da chefe. Andrea se vê então cada vez mais dentro de um mundo onde ela jamais imaginou estar, no meio da moda, com pessoas ricas, famosas e poderosas ao seu redor. E então ela começa a se questionar se vale a pena se anular e se estressar tanto por um emprego que não é o que ela deseja, nem que a faz feliz.

Para aquelas pessoas que assim como eu viram o filme (mais de uma vez) antes de ler o livro, a história toda parece maçante. Peguei o livro com a expectativa de rir horrores, me divertir como no filme mas, não foi bem assim. O livro pareceu para mim como um "Diário de Andrea", muito mais detalhista que no filme. Acompanhamos a rotina da protagonista como assistente de Miranda e, cara, é exigência atrás de exigência, chatice atrás de chatice. Miranda é uma mulher muito mais fria, mimada, exigente e dura no livro do que no filme. Fiquei com muita raiva dela. Como ela pode ser tão... Miranda Priestly? E quanto a Andrea, fiquei com um pouco de pena, mas também revoltada. Como alguém se sujeita a um trabalho daqueles? Fiquei indignada ao imaginar como ela aguentava tudo aquilo.

Deixando a rotina revoltante de assistente de lado, achei os personagens muito bem construídos e muito reais. Andrea é uma garota tão comum e a pressão que ela passa no trabalho é tão real, que cheguei a me identificar em algumas partes, ou até mesmo ver no dia a dia da Andrea, o dia a dia de algumas amigas. A amiga dela, Lily, é uma figura a parte, me diverti bastante com ela.

Quanto ao fim do livro, achei mais realista que o final do filme e cheguei até a me surpreender. Como todo chick-lit, a grande questão da mulher moderna abordada é o quão infelizes um trabalho pode nos fazer e nos faz pensar até onde vale a pena se estressar por causa disso.

Esse é um dos poucos casos em que eu prefiro o filme ao livro, talvez porque já esteja acostumada a ele. Mas ainda quero ler outras coisas da autora pois, apesar de ter me decepcionado um pouco com o livro, achei genial o modo irônico de Lauren e não tenho dúvidas que irei me divertir mais ao ler história dela que eu ainda não conheça.

Foi lançado recentemente a continuação do livro, Revenge Wears Prada, e está previsto para setembro o lançamento da versão brasileira pelo Grupo Editorial Record. Nem preciso dizer que já estou curiosíssima para saber o que será que aconteceu com Andrea depois de aguentar uma chefe tão má como a Miranda, né? No mínimo ela merecia uma chefe melhor... Vamos aguardar para ver!




O que nós estamos lendo


E aqui estamos de novo pra mostrar para vocês o que nós estamos lendo...

 

Eu, Ceile, estou com essa cara inchada de sono lendo A Torre Invisível (Nils Johnson-Shelton) e a Duda que também parece estar com sono está lendo Noah Foge de Casa (John Boyne).



A Carol resolveu pegar um livro na Biblioteca porque ela quase não comprou nada no Submarino estes dias e tá lendo O Diabo Veste Prada (Lauren Weisberger) e o Renato também aderiu à ideia de ir na Biblioteca, mas porque ele PRECISAVA ler algo do autor Lemony Snicket e foi de Autobiografia Não-Autorizada.

E vocês, o que estão lendo esta semana?

[Correio] Reiniciados e outros livros que chegaram



Corpo de Delito - Patricia Cornwell


Segundo livro da Série Scarpetta, resenha do primeiro livro aqui.



Nesse segundo livro a Dra. Kay Scarpetta, legista chefe do departamento de medicina legal se depara com outro caso que lhe dará muita dor de cabeça. Beryl Madson, uma jovem escritora de romances, que vinha há algum tempo recebendo vários telefonemas com ameaças é assassinada brutalmente. O principal suspeito do crime é Cary Harper, um famoso escritor que “adotou” Beryl e o motivo de Cary ser suspeito é que a jovem estava escrevendo uma autobiografia e claro, incluiria segredos do seu pai adotivo que ele não queria que fosse revelado. Mas depois de alguns dias, o sr. Harper também é assassinado brutalmente, o que leva a Dra. Kay e o policial Marino a mudar o rumo de sua investigação.

Quando Scarpetta começa a ir ligando os pontos e descobrindo pistas, a vida dela começa a correr um grande risco. E para completar, Mark, um ex-namorado da Dra. de muitos anos atrás, reaparece "preocupado" com ela, mas essa chegada dele é misteriosa e deixa todos  – inclusive Kay, com pulgas atrás da orelha. Quem será o assassino? O por quê desses assassinatos? Essas são as respostas procuradas por Kay, e claro, por nós leitores.
"Kay, já percebeu que costuma se envolver bem mais nos caso do que seus antecessores?"  
Bom, primeiramente devo dizer que os dois livros são bem independentes, mesmo sendo da mesma série eles não têm tanta ligação, existem pouquíssimas citações do primeiro livro nesse, então, se você ler Corpo de Delito sem ter lido Post Mortem, não tem problema, mas claro que se você ler em sequência estará mais familiarizado com os personagens. Esse segundo livro da série foi melhor que o primeiro, bem mais surpreendente, mesmo sendo meio 'devagar', digamos que seja um livro dinâmico e parado ao mesmo tempo.

Pete Marino continua o mesmo, arrogante, preconceituoso e grosseiro, mas não consigo ter raiva dele, mesmo odiando essas características; Mark James, o antigo namorado de Kay é um cara charmoso e chega a ser carinhoso com a Dra., mas junto com tudo isso veio aquele mistério sobre o que ele queria procurando Kay depois de tantos anos. O que eu mais gostei dessa aparição dele é que consegui conhecer um pouco mais da vida pessoal de Kay, porque ela é muito focada no trabalho e acaba que não conhecemos ela tanto como eu acho que deveria.

O livro teve um desfecho inesperado, ao menos por mim, e percebi uma melhora grande da escritora em relação ao primeiro livro. Mesmo com essa melhora, a série ainda não me "arrebatou", porém eu quero sim continuar a lê-la e super indico a quem gosta de livros do gênero.


[Concurso Cultural + Sorteio] Especial Dia dos Namorados


Junho é um mês mais que especial para os apaixonados, afinal, aqui no Brasil, comemoramos o Dia dos Namorados. Quem está solteiro acaba ficando um pouco deprimido ao encontrar tanta propaganda sobre isso nos shoppings, na TV e... ah, na internet! Como tem gente falando disso. Tudo bem que eu desconfio que seja justamente na internet onde os solteiros mais se lamentam (principalmente no twitter, né? Quem aí tá se alugando para o dia dos namorados?).

Claro que a data não passaria em branco aqui no blog - afinal, nós somos loucos por um bom romance (mesmo que ultimamente estejamos vivendo isso só na ficção *equipe encalhada*). Nós estamos preparando um mês especial com crônicas e contos escritos por nós mesmos - o tema das sextas-feiras já foi definido: AMOR

O leitor também poderá participar e, claro, poderá ganhar livros! Quer presente melhor neste mês?
Nós preparamos um Concurso Cultural para premiar três pessoas que mandarem o próprio texto para nós. 

Como vai funcionar?
O participante enviará através deste formulário um texto de própria autoria com no máximo 90 linhas relacionado ao tema (Amor, paixão, dia dos namorados...). A equipe do blog selecionará três textos (primeiro, segundo e terceiro lugares), os textos serão publicados aqui e o autores ganharão o livro correspondente à posição.
O texto pode ser ficção, pode ser uma história real, pode ser só uma reflexão, pode ser uma declaração... você que vai definir como será! 

Prêmios
colocado: Livro Belle + Entre o Amor e a Paixão (Lesley Pearse)
colocado: Na Companhia das Estrelas (Petter Heller) ou O Livro da Loucura e das Curas (Regina O'Melveny)
colocado: Laços Inseparáveis (Emily Giffin)

Qual o período do Concurso?
Os textos deverão ser enviados até o dia 22 de junho e o resultado será divulgado por etapas nos dias 25, 27 e 29 de junho.

Atenção:
É necessário ter endereço de entrega no Brasil e o texto não pode ser de terceiros.

Sorteio

Para concorrer ao kit de O Momento Mágico, basta preencher o Rafflecopter abaixo.
(veja o kit aqui)

a Rafflecopter giveaway



Quem poderia ser a uma hora dessas? - Lemony Snicket


Já começo a resenha dizendo: não é necessário ter lido a série Desventuras em Série para se aventurar com Quem Poderia Ser A Uma Hora Dessas?, embora a leitura fique MUITO empolgante quando a gente reconhece alguns nomes e algumas referências aqui e ali. Recheado de suspense, mistério e o jeito todo Snicket de ser, o livro consegue superar qualquer expectativa.

Esse livro começa com o pequeno Lemony Snicket, narrador-personagem da série Desventuras em Série, sendo recrutado para uma missão por sua nova tutora, a S. Theodora Markson. Com 13 anos, Lemony acabou de terminar a escola de educação especial e teve que escolher uma tutora em uma lista de possibilidades, e foi Theodora a escolhida.
S. Theodora Markson, uma mulher extremamente chata (na minha opinião, claro) leva Snicket até o vilarejo Manchado-Pelo-Mar, tão estranho quanto o nome. O vilarejo foi conhecido, um dia, por sua produção de tinta retirada de polvos, e agora já não tem mais uma produção tão farta quanto antes.
Lá, eles visitam a casa da família Sallis, onde mora Murphy Sallis. Ela recruta a ajuda de Theodora e Lemony para solucionar o roubo da estatueta da Fera Ressoante, que segundo Murphy, tem um valor inestimável.

Quando Lemony e sua tutora bizarra (que mais atrapalha do que realmente ajuda) começam a investigar o crime, os fatos parecem não coincidir. Alguém na história toda está mentindo, e todas as evidências levam a crer que existem mais coisas por trás do roubo da estatueta da Fera Ressoante do que parece. O que está acontecendo de verdade no pequeno vilarejo de Manchado-Pelo-Mar?

Eu gostei demais deste livro, como sabia que iria acontecer. Devorei-o em pouco mais de um dia, porque a ansiedade e a afobação pela leitura de mais um livro de Lemony Snicket me consumiam, e o amor que tenho pela série Desventuras em Série é MUITO GRANDE. O problema da série é que ela não tem muitas explicações sobre os mistérios que a rondam, mas parece que Daniel Handler, o nome real por trás do pseudônimo de Lemony Snicket, está disposto a responder todas. A série Só Perguntas Erradas vai narrar, em uma série de quatro livros, um pouco do passado desse escritor e personagem tão enigmático, que entra e sai da série de maneira misteriosa. Absolutamente NADA poderia ter sido diferente nesse livro, e senti uma crescente animação ao chegar no fim e reconhecer nomes de personagens TÃO IMPORTANTES na série Desventuras em Série, o que me fez querer abraçar e beijar o livro (imaginem só essa cena. Ok.)

Não, mas eu com certeza tive vontade de beijar o livro!
O vilarejo Manchado-Pelo-Mar é muito esquisito, e não consegui me livrar da impressão de que mais coisas estão por trás do mistério central do livro além de claro, o mistério central. Ele dá uma impressão ruim porque justamente Lemony Snicket passa dias ruins nele, e acho que essa foi a única coisa que realmente me incomodou - mas é claro, só mostra como a obra de Daniel Handler é magistral: eu estava dentro do livro e não me sentia bem em um lugar que nem o protagonista se sentia bem. Além disso, todo aquele jeitão de escrita de Lemony Snicket em Desventuras em Série é desvendado neste livro, e entendemos quase todos os vícios que ele parece ter (como por exemplo o vício de explicar as palavras que usa em determinados contextos, palavra que aqui expressa o encadeamento das ideias de um escrito.) O livro também tem menções honrosas a Senhor dos Anéis (é claro que nós percebemos que era de SdA que você estava falando, Snicket ;) ).

Você não me engana, Snicket!
Todos os que quiserem se aventurar em Quem Poderia Ser A Uma Hora Dessas? são bem-vindos, mas quem curte um livro com aquele romance mais leve e despretensioso pode não curtir (eu estou passando uma ideia errada pra vocês sobre os meus gostos literários. EU GOSTO DE ROMANCE!! Só que ainda não tive a oportunidade de resenhar um hahahaha). A Cia das Letras fez um trabalho FANTÁSTICO na edição do livro, e ele é todo cheio de detalhes, com imagens de abertura de capítulo super nítidas e a parte de dentro da capa toda decorada. A capa, além de emborrachada, se manteve fiel ao original em inglês, e é MUITO LINDA, convenhamos.