Guerra Mundial Z - Max Brooks

Eu detesto roteiros. Uma pena, mas, infelizmente, é verdade. E eu queria mesmo conhecer a história original de Romeu e Julieta, ou qualquer outra história fantástica escrita para o teatro, porém não consigo. Gosto muito da narração, da beleza com que personagens são descritos, como suas decisões e ações são tomadas. Para mim isso tudo é muito importante, é o que me faz ser apaixonada por livros. Mas por que estou dizendo isso antes de começar a resenha? Eu só queria explicar porque um livro bom foi de uma leitura tão penosa para mim... Espero que vocês não tenham essa mesma limitação ;)

 
Após o fim oficial (fim oficial, não necessariamente o fim de verdade...) da Guerra Mundial Z, um pesquisador foi designado para entrevistar pessoas e descobrir tudo o que aconteceu de verdade, a fim de obter melhores informações caso um novo surto de zumbis aconteça. Ou seja, uma forma de preparar a geração futura, informando-lhes da verdade, para que os mesmos erros não sejam cometidos, e os acertos sejam melhorados. Porém o relatório final apresentado pelo Pesquisador (vou chamá-lo assim, pois seu nome não é revelado. Não por questões confidenciais, nada disso, apenas não é revelado) não era bem o que a chefe dele queria. Ela alegou que o relatório era íntimo demais, emocional demais, e que, portanto, não poderia ser algo “oficial”.

(...) Apresentei este argumento, talvez menos profissionalmente do que era adequado, a minha “chefe”, que depois de minha última exclamação de “não podemos deixar essas histórias morrerem”, respondeu imediatamente com “Não morrerão. Escreva um livro. Você ainda tem todas as anotações e é legalmente livre para usá-las. Quem vai impedi-lo de manter essas histórias vivas nas páginas de seu próprio livro?”

Seguindo uma linha cronológica, o Pesquisador relata entrevistas que fez com diversas pessoas, de diversos países, de diversas culturas. Dentre elas está o doutor que examinou o “paciente zero”, um cretino que ganhou dinheiro vendendo uma vacina que não era nada mais do que placebo, e pessoas que fugiram sem ter informações o suficiente de como sobreviver. Mas, principalmente, a primeira metade do livro explica porque a situação fugiu tanto do controle quando os governos tinham informações sobre o que fazer assim que os primeiros casos começaram a surgir.

(...) De repente entendi do que meu pai tentava me alertar, o que os israelenses tentavam alertar ao resto do mundo! O que eu não conseguia entender era por que o resto do mundo não dava ouvidos.

O livro inteiro, mesmo sendo escrito, basicamente, com curtas perguntas e longas respostas, é de uma emoção crua e intensa. Todas as pessoas, ao relatar o que viram e ouviram, também deixam transpassar como se sentiram naquele momento, ou o que se abateu sobre elas com toda a situação. Desde uma jovem soldada que teve que matar o próprio colega até uma criança que precisou alimentar os pais e a ela mesma com carne humana, para que pudessem sobreviver. A raiva contra o governo, por não terem tomado medidas necessárias no início, e o olhos fechados da sociedade por não acreditarem que aquilo (pessoas morrendo e se levantando para comer outras pessoas) estava realmente acontecendo. Como elas sobreviveram? Como lutaram contra a morte e a loucura?

Escrito em diversos relatos, o livro é dividido também em capítulos, mostrando desde os primeiros surtos, o Grande Pânico, o que o governo fez para tentar salvar a humanidade e como o mundo se (re)estabeleceu depois do apocalipse. Já para quem assistiu ao filme, esqueça-o. A solução que encontraram contra os zumbis lá não foi a mesma que encontraram no livro. Não mesmo. Em comparação, o filme tem quase um final feliz. Então, quem for ler o livro, esteja preparado, pois todos os relatos são reais e chocantes demais. Não há nada pintado para amenizar a situação, nada para dizer “foi melhor assim”.

Porém, mesmo sendo apenas uma estória, não deixa de ser impressionante. Afinal, Max Brooks não deixou passar nenhum detalhe, nenhum. Não há “falhas”, ou buracos históricos, ou “oh, ele esqueceu de dizer o que aconteceria se...”, não, não há isso. Talvez seja o que torne tudo isso tão real, quase palpável. Os detalhes cru(éi)s que são dados ao livro. É uma leitura diferenciada, e eu recomendo para quem gosta de entrar numa fantasia (não tão fantasiosa) sombria.

Mini-opiniões: De Volta aos Quinze - Bruna Vieira

Mini-Opiniões é uma coluna original do blog português Estante de Livros, adaptada aqui para o blog. 


Anita tem 30 anos, é formada em administração, mas está insatisfeita com seu trabalho. Durante o casamento da sua irmã, acaba se envolvendo em uma confusão e vira alvo dos olhares tortos da família. Infeliz com a vida, acaba no quarto, onde acessa seu primeiro blog, que ela fez quando tinha 15 anos. Em seguida adormece e, quando desperta, está em seu quarto. Seu quarto de quando tinha 15 anos. De volta à adolescência, no primeiro dia de aula. Esse estranho fenômeno pode ser a chance para mudar sua vida, seu futuro e, quem sabe, deixar as coisas como ela quer.
Bem, minha opinião sobre esse livro é um pouco controversa. É uma história agradável de acompanhar, mas tem umas coisas duvidosas. Acho que o problema gritante (e irritante) é a imaturidade da protagonista. Muito se fala sobre voltar aos quinze anos com a cabeça de trinta, mas ela simplesmente não tem essa maturidade. Parece mesmo que ela tem quinze e viajou para o futuro, aos trinta. Colocar uma mocinha do interior para morar sozinha na cidade grande por si só não indica maturidade. Mesmo que algumas mulheres realmente sejam imaturas, alguma coisa na vida delas muda, a consciência muda, não é possível aquele tipo de pensamento, sério. Faltou certo distanciamento da história pessoal da Bruna com a história ficcional - elas se cruzam muito! Parece também haver uma preocupação em formar frases dignas de tumblr e isso não convence: por mais que a mensagem seja bonita, elas precisam vir com naturalidade.
Eu, sinceramente, espero um amadurecimento da autora para os próximos livros, porque este tem uma história muito frágil e precisava ser mais trabalhado antes de ser publicado - é visível uma idealização adolescente no desenvolvimento do enredo. 
É um livro adolescente, ok, mas isso não significa que os personagens precisam ser infantilizados nem os leitores precisam ser subestimados. Se você não se apegar aos detalhes, não esperar muito, dá pra curtir a leitura.

[Resultado] Concurso Cultural - Cartas

Ainda no clima de comemorações de 3 anos do blog, aqui está o resultado das cartas! A proposta era que os participantes escrevessem uma carta pra o seu autor ou personagem favorito.


Os prêmios são: Kit 1: A Seleção + A Elite; Kit 2: Menino de ouro + Laços inseparáveis; Kit 3: A pousada Rose Harbor + Anjos à Mesa.

Então, sem mais delongas, vamos aos resultados:

3º LUGAR.

Para: Esther Earl

Querida Esther Earl,
Sei que infelizmente você não poderá ler essa carta, mas mesmo assim onde quer que você esteja, quero que saiba o quanto foi importante para mim.
Li o livro que contém partes de seus textos, fotos, e várias outras recordações que seus pais gentilmente decidiram compartilhar com os leitores, realizando o seu sonho de ser escritora, ainda que você não tenha vivido para ver isso.
Não tenho vergonha de dizer o quanto fiquei emocionado ao decorrer da leitura, foi impossível controlar as lágrimas que teimavam em aparecer em meus olhos, é doloroso ver alguém tão jovem partir assim devido a uma doença, com um futuro inteiro pela frente que sem aviso lhe é tirado.
Revolto-me com essas perdas atualmente, de pessoas que batalham para abrir os olhos a cada novo amanhecer, enquanto o pior tipo de gente continua andando livremente pelas ruas cometendo todo o tipo de maldades.
Comecei a ter outra visão da vida, dando mais valor ao que interessa a família, os amigos, a buscar minha felicidade, contornando momentos que poderiam me levar à loucura com mais paciência e dedicação.
A vida é como um grande trem passa por várias estações e deixa seus passageiros sem voltar, seguindo seu caminho, nós só estamos andando nesse trem por um tempo que não sabemos quando irá terminar, nem quando seremos obrigados a descer.
Podemos não estar mais aqui amanhã e isso foi algo que me marcou muito lendo o livro, pensei em como será quando eu morrer, nas fotos ficando amarelas e com o passar do tempo apagadas, nos livros que não lerei, nos sonhos que deixarei de realizar, naquela tarefa que não terei concluído no trabalho, alguém ocupará minha mesa, comprará minha casa, todos seguiram em frente até o dia em que ninguém lembrará que passei por aqui.
O futuro é uma grande surpresa, não sei se terei filhos, se vou casar, se farei aquela viagem que espero faz anos, a incerteza é nossa eterna e única companheira na vida
Não tenho duvidas que você Esther deve realmente estar no céu em forma de estrela, brilhando todas as noites sob nossas cabeças, afinal estrelas nunca se apagam assim como sua alegria e esperança.
Obrigado pelos sorrisos e pelas lágrimas que estiveram comigo ao longo do livro, eles me mudaram pelo menos um pouquinho.

PS: Também sou um potterhead fanático pela série

( :') )

2º LUGAR.

Para:
R. R. Martin

Querido George,

Ou para logo com a matança, ou o próximo será você...

Obrigado,

1º LUGAR.

Para:
Ziraldo

Oi Ziraldo,
Bom, quem eu sou acho que não importa, só queria poder ter contar algo...
Um dia, quando eu tinha 5 anos, lembro que cheguei da escola, e peguei uma revistinha sua do "Menino Maluquinho" que já havia folheado várias e várias vezes. Sentei no degrau que tinha na porta da cozinha, e pela primeira vez, li um um livro na minha vida. Certamente eu já havia lido palavras e frases soltas. Mas o seu livro foi o primeiro. Me lembro da felicidade com que corri para minha mãe e contei que tinha lido tudo sozinha. E também me lembro que imediatamente voltei para a primeira página e comecei a ler tudo de novo.
Eu me tornei a menininha que amava ir ao dentista para ler as revistinhas que tinha na sala de espera. Que atormentava a mãe pra ir mais cedo o possível pra poder ler mais e mais. Que queria ser escritora. Ou dentista. Apenas pra ter um consultório cheio delas só para mim.
Esses dias achei a revistinha aqui em casa. Ela esta toda velhinha, claro, já faz treze anos. Mas só de olhar para a capa consigo me lembrar de toda a história. Não só da história do livro em si, mas de uma parte da minha história também.
Bem, eu continuo lendo, e muito. A emoção e o encanto que eu tenho com as palavras ainda é o mesmo. Posso dizer que o seu livro despertou isso em mim pela primeira vez, e eu sou muito grata por isso. Tenho certeza que se todas as crianças tivessem acesso a um livro tão especial assim, teríamos muitos mais apaixonados pela leitura.

Uma Menina Maluquinha.

P.S: Ah, e quando vou ao dentista, se tiver alguma revista sua, não importa a minha idade, sempre será ela que eu irei ler.

Parabéns aos todos os ganhadores e a todos os que participaram do concurso, contribuindo com a sua carta! Todas ficaram sensacionais. Um muito obrigado a todos os que participaram desse aniversário de 3 anos do blog!

Aos ganhadores: entraremos em contato na segunda-feira.

[Resultado] Concurso Cultural - Contos

Oi pessoal!

E nas comemorações de 3 anos do blog, confira agora os vencedores do concurso cultural de contos! Começaremos pelo 3º conto mais votado, iremos para o 2º e depois para o 1º (só pra aumentar a curiosidade de vocês mesmo!)



O concurso tem como prêmio no Kit 1: Entre o Agora e o Nunca + Entre o Agora e o Sempre; Kit 2: Um gato de rua chamado Bob + O mundo pelos olhos de Bob + Bob: um gato fora do normal; Kit 3: Uma vez na vida + Como viver eternamente.

Sem mais, vamos ao que interessa:

3º LUGAR - Hoje não é o seu dia...

Talvez tenha sido, mas em exatos 14 minutos não será mais.
Não terá mais comemorações, nada de cores em balões extravagantes ou bolos de diversas camadas e recheios.

Nada de presentes para comemorar sua existência, ou votos de
felicidades dizendo o quanto és importante.
Isso não irá importar mais. Não para você, ou para as pessoas que dizem te amar.

Hoje é seu aniversário, mas logo não será mais...
Faltam apenas 5 minutos agora. 

Posso sentir os seus batimentos e seu olhar desesperado,
Consigo até ouvir seus pensamentos, implorando por um minuto a mais. Ninguém te ensinou
que não deveria pensar ou desejar o que não pode ter?

Eu sou você, você sou eu... sou o ontem, o agora, sou o amanhã.
Chegou o momento...
Em que o presente virou passado e o futuro presente.
Hoje não é mais o seu aniversário... não mais.


2º LUGAR - Feliz aniversário, mamãe
O dia era treze de julho. Levantei bem cedo e, enquanto preparava meu café, olhei pela janela. O céu estava fechado, como se os deuses soubessem o que estava prestes a acontecer. Fui até a porta e espiei pra ver se não havia ninguém por perto. Eu não queria correr o risco de um dos vizinhos me ver de pijama. Assim, fui até a caixa de correio, peguei o jornal e voltei correndo. Enquanto tomava o café no balcão da cozinha, eu li as manchetes do dia. Não havia nada que realmente me interessasse, então, pulei para a página de entretenimento. Dei uma olhada nos filmes em cartaz e em seguida fui ver meu horóscopo, que eu lia todos os dias. Não sei dizer se realmente acredito nessas coisas, mas a mensagem daquele dia mexeu comigo.
Dizia:
 “Não deixe o tempo apagar as lembranças das pessoas que você ama.”
Parecia que aquilo havia sido escrito pra mim, e eu sabia exatamente o que queria dizer. Treze de julho. Era o aniversário de minha mãe. Eu não a visitava havia anos. Pensei um pouco sobre o assunto, mas só podia ser uma coincidência boba. Olhei para o relógio e levei alguns segundos até raciocinar e ver que estava atrasada para o trabalho.
Ao chegar no escritório, vi uma senhora se aproximar. Ela me ofereceu flores. Eu recusei, dizendo que era alérgica. Agradeci e já ia saindo, mas ela me seguiu dizendo que, nesse caso, eu podia presentear alguém que eu amasse. Tirei vinte reais da bolsa, e quando fui pagar a mulher, não pude deixar de notar uma coisa. Os olhos dela eram idênticos aos de minha mãe. Uma cor acinzentada, numa expressão triste e vazia. Peguei as flores e saí ligeiro, meio atordoada. Coloquei-as em um vaso no canto do escritório. Eu estava determinada a não pensar mais naquilo. Mas não podia ser coincidência. Passei o resto da manhã remoendo aquelas coisas na minha mente. Quando o relógio marcou meio-dia, saí para o horário de almoço. Antes, porém, peguei as flores no canto da sala: eu estava decidida a visitar minha mãe.
Pensamentos se cruzavam na minha cabeça. A lembrança da última vez que vi minha mãe se misturava ao medo de reencontrá-la. Eu não me sentia bem, mas sabia que precisava ser forte. Depois de dirigir por vários minutos, estacionei perto de uma praça. Desci do carro e caminhei por dois quarteirões até ver um grande letreiro: “Cemitério Municipal”. Levei um tempo até encontrar a lápide de minha mãe, mas lá estava ela. Ajoelhei-me e depositei as flores ali. Uma chuva fina começou a cair, como se alguém lá em cima estivesse chorando... como se a profecia dos deuses estivesse se cumprindo. Uma lágrima quente corria pelo meu rosto, e eu sussurrei, na esperança de que ela pudesse me ouvir em algum lugar: “Feliz aniversário, mamãe”.

E, FINALMENTE, RUFEM OS TAMBORES!

1º LUGAR - Faça um pedido

Ela fechou os olhos e contou até dez.
- Posso abrir? - sussurrou entre dentes para o melhor amigo, sentado à um metrô de distância com as pernas cruzadas no chão frio.
- Ainda não - ele respondeu, um pouco alto demais.
Sua curiosidade aumentou. Gostava de surpresas, mas não da enrolação que vinha com elas.
- Sério. Quanto tempo vai levar? - perguntou impaciente, roendo as unhas descascadas de esmalte preto e remexendo uma mecha do cabelo castanho encaracolado.
- Deixa de ser chata - soltou num tom harmonioso e brincalhão que ela conhecia bem. - Eu te faço uma surpresa e é assim que me agradece?
Mayra deu a língua para o amigo e manteve os olhos fechados, bem apertados, como se abri- los tivesse o poder de prende-la em alguma dimensão caótica. Henrique reteve uma risada frouxa.
- Não vale espiar - sussurrou, pegando as mãos da menina e conduzindo-a até lá em cima, subindo as escadas com cuidado, rangendo o velho piso de madeira.
Henrique aproximou-se de uma porta e largou suas mãos. Girou a maçaneta lentamente, fazendo o mínimo de barulho possível e estalando o "clique" do interruptor, enquanto a menina permanecia imóvel, aguardando as próximas instruções do amigo-enrolão.
- Posso abrir? - repetiu, os pés flutuando de ansiedade com apenas as pontas firmadas no carpete.
- Pode. 
E lá estava. Seu quarto. Sua cama. Seu armário. Seus livros. Suas coisas. E balões. E corações de papel picado. E poemas espalhados em post-its coloridos. E cupcakes de confeitos. E CDs de baladas românticas. E filmes de mulherzinha. E uma caixa gigante com laço de fita.
- O que é isso? - perguntou com um sorriso maior do que o rosto. Como o sol, que iluminava e criava sombras divertidas através das persianas. Um sorriso que cabia o mundo inteiro.
- Seu presente... - e as palavras murcharam em seu riso tímido.
Ela correu até ele e se deixou cair num abraço demorado.
- Mas... porque? - levantou os olhos até enxerga-lo por detrás das lentes pretas remendadas do seu óculos de grau.
- É seu aniversário - deu de ombros. Depois andou até a mesinha de cabeceira e pegou um bolinho recheado com uma das mãos. - Faça um pedido.
- Um pedido?
E apertou seus lábios contra os dele, cerrando os olhos e abrindo o coração. Um beijo doce, inocente e cheio de ternura. E mais alguma coisa escondida lá no fundo. Um sentimento. Amizade. Amor...
E um pedido se realizou. O dele.

É isso aí! Parabéns aos ganhadores, os contos ficaram sensacionais, e parabéns também a todos os que participaram do Concurso Cultural e comemoraram o aniversário do blog com a gente.

Aos ganhadores: fiquem tranquilos que o contato será feito por email, e eles serão enviados na segunda-feira.

[Resultado] Concurso Cultural - Fotos

Comemorando os 3 anos do blog, vamos aos vencedores do concurso cultural de fotos. Primeiro teremos o terceiro colocado, depois o segundo e aí sim o primeiro.


Os prêmios eram: Kit 1: Amigas para sempre + Por toda eternidade; Kit 2: Simplesmente Ana + Do seu lado; Kit 3: Belleville + Vinte Garotos no Verão.

Vamos ao resultado!

3º LUGAR:



2º LUGAR: 


1º LUGAR:



Parabéns aos ganhadores e, também, a todos os que participaram do concurso e comemoraram os 3 anos de blog com a gente! Muito obrigado a todos.

Aos ganhadores: entraremos em contato na segunda-feira!

Entre o agora e o sempre - J.A. Redmerski

Resenha totalmente livre de spoilers, mas, em compensação, cheia de ataque fangirl.

Eu, sinceramente, não sabia bem como a autora iria conduzir uma continuação para a história apresentada em Entre o Agora e o Nunca - já que, de certa forma, teve um final satisfatório. Com a sinopse, eu já imaginava o que aconteceria, mas não estava preparada para tanto amor pelo Andrew. Se ele estava incrível no primeiro livro, no segundo ele está insuperável. 

Fiquei feliz com o desenvolvimento do problema inicial - eu achei que seria algo mais superficial, que não me deixaria envolver, mas a autora trabalhou minuciosamente me fazendo chorar e torcer para dar tudo certo (mas eu já sabia que não daria #xatiada). Enquanto no primeiro volume temos bastante de conhecimento pessoal, sobre se encontrar no mundo, dar um rumo pra vida, mesmo que seja levá-la sem rumo; neste segundo temos Camryn e Andrew se encontrando como casal - enfrentando os problemas que a vida real impõe. 

Tem mais roadtrip? Tem, sim senhor! Mas, bem, nada é como a primeira vez. Às vezes é melhor, mas a impossível ter o mesmíssimo sentimento duas vezes. Eu, sinceramente, não sei falar qual o meu livro favorito. Este traz muitas coisas amorzinho que eu adoro como a rotina de um casal que se ama, enquanto o outro traz a descoberta gradual do outro com todas aquelas coisas fofas de um querendo-não-querendo conquistar outro. Mimimi tem em qualquer lugar que tem amor, então não dá pra reclamar exatamente disso ao ler um romance, certo?

Ah, sim, mas e o Andrew? Como assim está insuperável? Tem como amar mais? GENTE, que menina/garota/mulher não se derrete por um cara como ele? E quando ele é todo apaixonado/cuidadoso/incrível com a namorada dele? ME DIGA COMO NÃO AMÁ-LO! Ele está a coisa mais linda do mundo nesse livro. E olha que bastou o primeiro capítulo para eu me apaixonar mais por ele. Ele é tudo. Parabéns, Camryn, você é uma garota de sorte (e, bem, ele também é, porque eu sei que você também o ama como merece #beijosmiga).

Não sei se precisa dizer, mas eu amei o livro. Vi diferentes opiniões - algumas gostaram mais do primeiro, outras gostaram dos dois e eu faço parte desse grupo. Fico feliz que a Redmerski não mudou a visão que eu tinha de um livro - eu juro que tinha medo de me decepcionar com esse livro e acabar repensando se o primeiro era tudo aquilo mesmo. Mas, bem, tirei a prova e, sim, é tudo isso mesmo. Livro maravilhoso, mais do que indicado - se ainda não leu o primeiro, pfvr, corra pra ler ♥

Links: Saraiva | Submarino | Iba | Skoob

A Invenção das Asas - Sue Monk Kidd

(...) O barulho estava na sua lista de pecados dos escravos, que nós sabíamos de cor. Número um: roubar. Dois: desobedecer. Três: preguiça. Quatro: barulho. Um escravo deveria ser como o espirito santo: não se vê, não ouve, mas está sempre por perto, a postos. A sinhá ralhou com Tomfry, disse que fizessem silêncio, uma dama não precisa saber de onde vem seu bacon. Quando ouvimos isso, eu disse para a Tia-irmã que a sinhá não sabia por qual lado seu bacon entrava e por qual lado ele saía. A Tia-irmã me deu um tapa tão grande que eu fui parar no dia anterior.

Em A Invenção das Asas acompanhamos a jornada de Sarah e Hetty, ao longo de 35 anos. Sarah Grimké é ruiva, com sardas e fala gaguejando de vez em quando. Pertence a uma família aristocrata da alta sociedade de Charleston e sonha em ser advogada. Porém, apesar de suas visitas furtivas a biblioteca de seu pai e escrever cartas de alforria para os escravos, vivia numa época em que as mulheres não tinham educação escolar (aprendiam a ler e escrever, mas sem frequentar escolas). No dia em que completa 11 anos, Sarah ganha uma escrava de dez anos que se tornará sua dama de companhia, a jovem Hetty Encrenca Grimké. Ela nunca conheceu seu pai e, sua mãe, que trabalha como costureira para a família sofre nas mãos da mãe de Sarah.

Sue, por meio de uma narrativa tocante, fluída, irônica e, com pequenas doses de humor, nos cativa logo nas primeiras páginas. Divididos em seis partes e com diferentes variações de tempo, crescemos e amadurecemos com ambas as garotas que viviam na mesma casa, mas que tinham realidades muito diferentes. No decorrer da história, vemos Sarah encontrar, em meio a uma sociedade completamente machista, uma chance de mudar o mundo ao abraçar a causa abolicionista e tornar-se uma das pioneiras na luta pela igualdade das mulheres e dos negros. Tal como Sarah, Encrenca também enfrenta grandes desafios, perdas e, nos momentos mais difíceis, encontra forças para descobrir seu talento e sua coragem. Mesmo tendo Hetty como nome de berço, sua mãe batizou-lhe de Encrenca porque nasceu antes da hora e o mesmo acabou sendo muito conveniente para “justificar” as travessuras da pequena escrava.

Bem, este livro é daqueles que após terminarmos de ler, guardamos com muito carinho e passamos algumas horas refletindo sobre as lições que aprendemos com ele. É emocionante, verdadeiro e humano. Faz-nos rir e chorar. Impossível não sentir empatia com a luta que as personagens enfrentam, com a superação e o anseio pela liberdade. Se hoje nós achamos que as mulheres ainda sofrem com a repressão, imaginem naquela época, onde os conceitos de classe social eram derivados da aristocracia inglesa rural. E pior ainda se você fosse uma escrava. A Invenção das Asas é um grande livro, cheio de detalhes e, apesar e nos fazer “viver” os dois lados da moeda, as experiências são bem comuns: a metamorfose que ambas sofrem no decorrer dos anos, a separação da família, da religião e da terra natal, a solidão... E dentre tantas outras.

A maior surpresa deve-se ao fato de que a autora inspirou-se na verdadeira Grimké, reunindo diversas informações biográficas e eventos históricos significativos como, por exemplo, Sarah ter sido a primeira mulher nos EUA a escrever um manifesto feminista. Assim como a autora, o livro nos faz concluir que muitas conquistas femininas foram apagadas da história, afinal, quem sabe sobre a existência dela? Eu não sabia, mas seu desejo revolucionário contribuiu para sermos/estarmos aqui hoje. Sim, porque quantas leitoras aqui (brancas, negras, pardas... whatever) cursam/cursaram uma faculdade, têm emprego e são/serão donas do próprio nariz? Ou temos a liberdade de nos vestir com as cores da bandeira e sair nas ruas gritando “O Gigante Acordou”. Quem diria, hum? Graças as grandes heroínas de ontem, de hoje e de sempre. 

Leiam, leiam, leiam. Este livro é lindo.

Ah, o verão! - Fernanda Belém

Uhuuu! Enfim, férias! Camila (ou Mila para os íntimos) estava preparada para curtir com as amigas o verão carioca. Festinhas, clube, praia, noitadas, churrascos... ufa! E Mila também não queria perder a oportunidade de se aproximar e conhecer melhor Rafael, o menino com quem tanto sonhava. Mas como na vida nem tudo são flores, a mãe de Camila já havia bolado outra ideia para o mês de janeiro: viajar. O destino? Búzios. Além de não poder colocar em prática o plano arquitetado para conquistar o coração do Rafa, Mila também teria de conviver com Juliana, uma menina que era o oposto de todas as amigas do seu grupo. Arrasada, partiu para Búzios (fazer o quê?) acreditando que aquelas férias seriam as piores da sua vida. Ela só não imaginava que... Que onda aquele verão reservava para ela? Novas amizades, calor, praia, gargalhadas, micos homéricos e muitos, muitos frios na barriga e arrepios no pescoço. Quem nunca viveu um amor de verão descobrirá com a Camila como é passar por essa experiência que dá uma vontade danada de viver de férias para sempre. Quem sabe como é, com certeza terá um prazer enorme em relembrar aquele pôr-do-sol e as noites estreladas de um verão inesquecível. Três amigas, dois corações apaixonados e um romance inesquecível. Ah, o verão promete!
Este é o segundo livro que leio da Nanda - o primeiro foi Louca por Você, um livro que veio na hora certa, com a história certa e a capa perfeita (sim, sou apaixonada pela capa antiga). Mas não se enganem achando que eu esperava outro livro arrebatador, já sou vacinada e reconheci, de cara, que este livro seria bem diferente - algo mais teen, divertido e despretensioso. Eu não estava errada.

Este livro reúne muitas coisas pelas quais já passei (seja a viagem pra Búzios e outras cidades da Região dos Lagos, seja pelo amor de verão ou pelas amizades instantâneas), então é fato que eu fiquei um pouco nostálgica. Lembrei das viagens de formatura (da 8ª série e 3º ano) com meus amigos, o quanto as coisas são intensas nestes momentos - você fica amiga de alguém e descobre sua BFF em um dia, na mesma proporção para os amores de verão - é sua alma-gêmea, mas mora tão longe. No fim (das férias), você chora loucamente nas despedidas e promete manter contato. Sério, se você nunca viveu algo assim, peço que se encaminhe imediatamente para seu passado e trate de ter estas experiências. 

O livro é uma visão das férias perfeitas (o que não deixa de ser real, afinal, as férias podem ser perfeitas), mas, claro, com seu começo turbulento - a resistência da protagonista em viajar com os pais enquanto as amigas vão ficar na cidade e vão rolar várias festas, mas, pfvr, que pais vão viajar e deixam a filha adolescente em casa sozinha? Eu adoraria que isso acontecesse comigo quando tinha meus 15 anos, mas eu sei que é impossível e só acontece nos filmes e séries que contam sonhos adolescentes como se fossem realidade. Então, eu entendo a revolta da Camila, porque eu era a revolta em pessoa com a idade dela. Mas, ok, tem que viajar. Aí tem a filha de um casal de amigos dos pais que é uó. Foi difícil não julgá-la neste momento, porque eu sei que a gente é resistente e procura defeitos nas pessoas, mas ela quase foi chatinha/mimada/fresca demais com isso. Tudo porque a menina não andava tão no estilo que ela achava legal (ela usava umas camisetas meio nerds, bermudas largas). 

Como todo bom e velho clichê, toda a visão negativa é desconstruída gradativamente, a medida que coisas boas vão acontecendo. Coisas boas = cara gato. Sim, claro que tem um cara gato neste enredo e, anterior a isso, tem o cara que ela gostava, mas não dava bola pra ela. Como eu disse antes, um monte de coisa ruim, para ser neutralizada com coisa boa em seguida. Leandro é fofo, carinhoso e, hm, delicinha demais. Ele acaba representando o desencadeador da mudança na Camila. Através de seu envolvimento com ele, ela consegue ver como o mundo é muito maior do que o que ela imaginava - como a vida não se resume ao Rafa e sua paixão platônica. Através dele, ela percebe como é uma relação com reciprocidade. Dar e receber carinho, desejar e ser desejada, elogiar e ser elogiada. A autora fez esta representação muito bem e consegui enxergar muito de mim na Camila se apaixonando (e todos os seus pensamentos inseguros, mas cheios de vontade de fazer aquilo durar). Ela também aprende muito sobre amizade - o quanto não se pode julgar pela aparência e o quanto pode ser perdido pelo simples fato de não se entregar ao outro. Em alguns momentos, ela me pareceu infantil demais, mas tentei relevar, pois as coisas nessa idade são confusas, por mais que a gente ache que sabe de tudo. 

Por fim, Camila é uma representação de muitas adolescentes e, assim, pode agradar ainda mais as meninas dessa idade. Ela tem lá seus momentos chatinhos (e cansativos), mas foi uma boa pedida para relembrar a adolescência (e morrer de saudade do meu amor de verão e de todos os amigos que fiz). O livro é todo lindinho por dentro, com detalhes gráficos que dão um ar ainda mais jovem para a história e traz trechos da agenda da Mila.

[Resenha+Promo] O Acumulador de Troféus - Camila B. Monteiro

Em uma pacata cidade do interior de Goiás, chamada Estrada Nova, uma família vive um drama doméstico em uma das maiores fazendas do estado. Maria vive em um casarão antigo com suas duas filhas e um marido extremamente violento, conhecido por todos como Coronel. Com o crescimento da cidade, surge em meio a outros, um comércio em especial. O dono, chamado Geraldo, é um homem divertido que chegou à pequena cidade goiana para mudar sua vida, quando abriu o Armazém do Geraldo ao lado do Casarão do tal Coronel. Maria e Geraldo tornam-se amigos, despertando a ira e os ciúmes do marido, e após mais uma de suas brigas brutais que levou marido e mulher ao hospital, Maria vê sua vida se transformar completamente. O temido Coronel desaparece misteriosamente do quarto que estava internado, iniciando um rastro de mistério que cerca a família e o casarão. Cadáveres aparecem próximos à casa sem motivo aparente, coisas somem e barulhos assustam cada vez mais, transformando a pequena cidade sempre tão pacata em um cenário de filme de terror. Dois policiais passam a dar apoio em tempo integral à essa pequena família; um deles, muito experiente, toma a frente das investigações e acaba se tornando algo mais do que um simples investigador para Maria e para sua irmã Dani, que inesperadamente aparece para ajudar. Em quem Maria deve confiar agora? Um final inesperado liga todos os fatos de maneira surpreendente.

Quem acompanha minhas resenhas, sabe que é um pouco difícil eu ler algo de suspense/policial/thriller, mas mais por falta de oportunidade do que por gostar ou não. O Acumulador de Troféus me deixou intrigada desde a sinopse (pfvr, leia a sinopse aí em cima) - sério, gente, dali eu já comecei a querer desvendar o mistério, já fiquei louca para saber quem era o responsável por tudo aquilo... e minhas expectativas começam daí, eu já começo a ficar inquieta pensando nas coisas mirabolantes que nem vou desconfiar e no final vou ficar chocada com a grande revelação. Vocês também são assim?

Eu confesso que o que mais me prendeu foi o início do livro. A narrativa começa de forma interessante, como se houvesse, de fato, alguém contando a história. Ok, óbvio que existe um narrador, mas, bem, o livro é escrito em terceira pessoa, então você já imagina algo bem impessoal, seguindo determinado ritmo, quando, na verdade, a impressão é de estar sentada ouvindo uma história. Olha, sei que é confuso explicar, mas, para ilustrar, me senti como se estivesse em um sítio, ouvindo histórias de alguém mais velho, em volta de uma fogueira, tarde da noite... dá pra imaginar o clima? Como não querer "ouvir" mais? 

Logo conhecemos a vida da Maria e vamos nos apegando a ela, imaginando um momento de reviravolta, onde ela vai "derrotar" o marido e conseguir levar uma vida que merece, mas quase não dá pra ter esperanças. Algumas vezes parece que ela se conformou com a vida, tipo "é assim que a vida tem que ser, fazer o quê?" e, de certa forma, dá para entendê-la (mas não concordar, claro). Ela não é o tipo de mulher amargurada, ela é dócil e gentil, uma ótima mãe e dona de casa. Suas filhas parecem alheias ao que acontece, a princípio, e levam a vida normalmente - brincando, aprontando e passeando pela propriedade. Uma das melhores cenas do livro é justamente com elas, quando vão brincar no "Morro Baixo" e encontram o primeiro corpo. É incrível como a autora foi feliz nesta e nas demais descrições dos cenários, deixando tudo vívido na minha cabeça.

Eu esperava que o mistério se mantivesse até o final, mas, precocemente, a autora revelou o "culpado". Apesar de manter as motivações e os fatos por trás em mistério, a autora deu dicas muito óbvias (que, no início, achei que fosse apenas para confundir o leitor) e, apesar de eu temer certas aproximações, já não tinha mais aquela graça e eu não poderia colocar a minha detetive interior em ação. Mas posso dizer que "a coisa" é tenebrosa. É doentia. É cruel. A narrativa, que eu tanto gostei no início, se tornou um pouco cansativa e faltou naturalidade nos diálogos, mas acredito que isso é só questão de amadurecer a escrita - coisa que acontece com o tempo. Alguns personagens também ficaram caricatos, mais precisamente os policiais, o que foi bom por um lado, trazendo um pouco de humor ao texto, mas não tão bom por outro, uma vez que perdeu a seriedade que eu esperava de dois oficiais. 

De qualquer forma, O Acumulador de Troféus é uma boa estreia da autora, trazendo uma história original , com uma abordagem diferente e uma excelente ambientação (sério, o clima é bem interiorano e ele pega - já imagino o chão de terra e toda a cidade descrita). 


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[Review+Promo] Orange Is The New Black


Orange Is The New Black conta a história de Piper Chapman, uma mulher comum como eu ou você, com uma vida normal, um noivo apaixonado, mas que tem sua vida virada de cabeça para baixo quando é condena a ir para prisão. O motivo? Ajudar no tráfico de drogas internacional que sua ex namorada, Alex, fazia parte. Piper acaba conseguindo um acordo e é condenada a quinze meses na prisão.

A série mostra então o dia a dia de Piper e como a sua vida muda a partir de então. Ela se vê frente a uma situação que jamais imaginou passar e não faz ideia como agir ali. Logo nos primeiros dias ela descobre da pior maneira que ali dentro a organização é um pouco diferente do que ela imaginou. A prisão tem sua própria organização, as panelas previamente definidas, com suas chefes, protegidas, e detentas espertas e obedientes. E ao contrário do que Piper imaginou, não seria nada fácil tentar passar despercebida por ali naqueles meses.


Confesso que a história pareceu um pouco mais forte do que eu imaginei, mas muito mais viciante do que eu esperava. Apesar de ter uma protagonista, durante os episódios, vamos conhecendo as histórias e dramas das outras detentas e cada uma delas vai ganhando seu destaque. São mulheres fortes, apaixonadas, intensas, determinadas e, apesar de todos os crimes, é impossível a gente não se afeiçoar com pelo menos algumas delas. Piper também vai crescendo durante a série e, forçada a reagir em diversas situações, ela acaba descobrindo características e sentimentos que ela jamais pensou que tivesse.

A série foi feita para ser vista online e por este motivo todos os episódios da temporada foram lançados juntos, e eu não consigo imaginar a tortura que seria se fosse feito diferente. É uma série extremamente viciante, perfeita para uma maratona em algum feriado ou férias. Por mais que a temática possa não te chamar muito a atenção (como foi meu caso no início), é impossível a gente não se prender à história e querer ver o que acontece depois e depois e depois.

A primeira temporada foi lançada ano passado e terminou com um final que OMG! Não sei como eu aguentei até agora pra saber o que vem depois, mas finalmente a segunda temporada vem aí, e para quem, assim como eu, não se aguenta de ansiedade, tá aí o trailer pra gente matar um pouquinho a saudade!


Sorteio do livro


Quer concorrer ao livro Orange is the new black? É bem simples: Siga @EsteJaLi e @intrinseca, use a hashtag #OITNB + o link http://sorteia.eu/9x e pronto! O sorteio será na segunda-feira e o resultado será divulgado no perfil do blog mesmo.

Informações:
- É necessário ter endereço de entrega no Brasil;
- Perfis fakes e/ou exclusivos para divulgação de promoções serão desclassificados;
- Após o sorteio, será enviada uma DM solicitando os dados e o email deverá ser enviado dentro do prazo estipulado.

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A Menina Que Roubava Livros - Markus Zusak

Esse é um dos livros mais queridos por todos, e eu não tinha lido até então. A lista de livros desejados cresceu, mas quando o li, fui surpreendido por uma história maravilhosa.

A história é contada pela Morte, como muita gente já sabe só pela famosa frase vinda desse livro: "Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler". Ela narra a vida de Liesel Meminger a partir do momento em que teve que deixar sua mãe, comunista, e viver uma nova vida na Alemanha, na casa de um casal que a acolhe em troca de uma ajuda financeira do governo. O pano de fundo é a Segunda Guerra Mundial.

Liesel tem que começar uma nova vida, superar todos os traumas e horrores que viveu até então e tentar, de todo modo, suprimir seus medos e sonhos assombrosos. Para tanto, seu pai adotivo, Hans Hubermann, a ensina a ler, já que a única lembrança que Liesel tem de seu irmão é um livro. Dessa forma, Liesel começa a viver cada dia de uma vez, tendo que superar os problemas de cada dia da melhor forma possível.

A sinopse que eu fiz aqui em cima é muito vaga, mas foi de propósito. Não quero contar spoiler nenhum desse livro numa sinopse, já que pra mim ele foi uma grande surpresa (só fui descobrir que ele se passava na Segunda Guerra quando comecei a ler). Acho que grande parte desse livro é descobri-lo, o que acontece de forma lenta. Isso que eu contei é provavelmente só o comecinho de toda a história, que tem muitos outros personagens e muito mais enredo do que simplesmente a vida de Liesel.

A escrita do autor me incomodou um pouco, não tem como dizer que não. Me sentia o tempo todo um pouco longe da história, distanciado, como se aqueles fatos estivessem meio anuviados, um pouco perdidos num seguimento de acontecimentos. É como se uma boa parte do livro estivéssemos anestesiados, com o terror pelo qual Liesel passa nos seus dias. Achei que o livro tratasse mais dos horrores dos judeus nos campos de concentração, mas pra minha surpresa, esse elemento está presente, mas não é o principal. A história é, principalmente, de uma família alemã que mesmo sendo alemã tem problemas de sobrevivência na Segunda Guerra, com falta de dinheiro, alimentos e uma vida, muitas vezes, precária.

A narradora ser a Morte foi um elemento bastante bem utilizado. Em nenhum momento a narradora é descaracterizada e o tempo todo vemos os personagens a partir de uma visão um pouco cética dos humanos, a visão da Morte. Entretanto, toda a narrativa é muito boa, e não só a narradora. Embora o modo de escrita de Zusak não seja o meu preferido, o livro é sensacional e cheio de partes super reflexivas sobre a nossa existência, a nossa maneira de viver, enfim. Foi uma das minhas visões do livro.

O final é surpreendente, e casa muito bem com todo o livro. Estou tentando ser o MAIS spoiler-free possível! (hahahahaha) Só digo que A Menina Que Roubava Livros é um must-read pra todo mundo. Mas já aviso: lenços de papel são bons acompanhantes! Ótimo momento pra ler o livro e correr pra ver o filme!

[Resenha+Promo] Um Caso Perdido - Colleen Hoover

Sky, pela primeira vez, está estudando em uma escola. Ela sempre estudou em casa e, depois de muito insistir para sua mãe (adotiva) Karen, lá está ela no primeiro dia de aula. Traumático como esperado. Ela foi adotada quando tinha três anos e, claro, não lembra de nada de antes. Sua melhor amiga, Six, é sua vizinha e vai fazer intercâmbio no exterior - Sky está sozinha agora. Sozinha com sua fama de puta, tendo que suportar todos os olhares e comentários, sozinha com suas divagações, já que nem internet ela tem acesso (sua mãe é contra qualquer tipo de tecnologia de comunicação) e sozinha com sua "inércia", ela simplesmente não sente nada quando fica com garotos. Até surgir Dean Holder, um garoto misterioso, alvo de boatos bem pesados. Ele desperta nela coisas que ela nunca imaginou ser capaz de sentir e até se lembrar. As lembranças podem colocar tudo a perder.

"Odeio o fato de existirem tantos lados dele que não compreendo, e nem sei se quero continuar tentando entendê-los. Há partes dele que amo, partes que odeio, partes que me apavoram e partes que me impressionam. Mas há uma parte dele que só me decepciona... e com certeza essa é a parte mais difícil de aceitar."

Minha primeira experiência com a autora Colleen Hoover foi com o livro Métrica (e depois Pausa) e gostei bastante desses livros (mesmo com várias observações nem tão boas assim, principalmente em Pausa, onde a racionalidade bateu mais forte). Li bastante comentários sobre Hopeless e todos eram unânimes: é o melhor livro dela. Assim dá pra imaginar a quantas estavam minhas expectativas, certo?

Olha, os livros da Colleen (pfvr, li três, me sinto no direito de falar sobre "os livros dela") têm coisas que me parecem muito estranhas¹, tem momentos que simplesmente WTF?², tem drama³ suficiente para três anos (no mínimo) de teledramaturgia global nos cinco horários (estou incluindo Vale a pena ver de novo AND Malhação, porque sou exagerada, mas a Colleen também é, então estamos quites), MAS EU NÃO CONSIGO PARAR DE LER, SOCORRO! O que essa mulher faz de tão atraente, meu Deus? Seus enredos são clichês, poxa. Qual a necessidade de tanto amor? Não sei, cara. Mas esse amor existe em mim e quem sou eu pra resistir a um coraçãozinho no Skoob depois de terminar. Desculpe, mas acho que o coração é vírus mesmo. Só pode.

¹Coisas estranhas: se eu tinha achado o amor da Lake com o Will mais instantâneo que um miojo, o que dizer da Sky e do Holder? Mesmo que eles demorem a definir o que estão sentindo, não entendo como mesmo após o "dossiê" dado pela melhor amiga de Sky, Six, ela comece a pensar nele o tempo todo e, claro, não para de repetir o quanto ele é TUDO isso e um caso perdido. 
²Momentos WTF?: Gente, quem não sairia correndo com aquele primeiro encontro da Sky com Holder? Achei a aproximação deles MUITO estranha e se eu não soubesse que ele era pra ser amado, eu o acharia um grande candidato a psicopata.
³Drama: Não interessa o quão ruim estará a situação da personagem, ela vai piorar. Piorou? Calma que vem mais! Felizmente, a autora faz esse amontoado de drama naturalmente, nada que fique forçado e tal. As coisas fazem sentido, são ligadas e caminham de forma legal. E sempre podem ser superadas.

"- Fodam-se todas as primeiras vezes, Sky. A única coisa que importa para mim com você são os para sempre."

Acontece que a autora sabe deixar uma história irresistível quando traz ótimos personagens, uma amizade linda de se ver/ler e um romance, ahn, apaixonante. Fiquei encantada com o cuidado que o Holder tem com a Sky, de como tudo que o envolve é lindo/maravilhoso/atraente. A autora trouxe, inicialmente, uma visão totalmente distorcida tanto dele quanto dela, mas não passou de uma "pressão inicial" - porque, no fim, não teve muita utilidade, além da mensagem (talvez esquecida) do cuidado que temos que ter com boatos e o quanto somos influenciados por "impressões". De qualquer forma, deu a impressão que ela nem ela (autora) resistiu ao Holder e se esqueceu da fama dele. O subtítulo "Hopeless" tem MUITO a ver com a história e, como a Lygia falou em sua resenha, a tradução teve um grande desafio e, eu, se fosse tradutora, optaria por outras palavras (e eu quero ver o livro em inglês, porque acho que certas coisas importantes foram perdidas). É linda a forma como a autora discorre sobre o amor, seja através da amizade, da relação familiar ou do romance romântico mesmo. *vontade de abraçar o livro e não largar mais*

Tem livros que a gente simplesmente ama e Um Caso Perdido é um deles. Apesar de todas essas observações, fiquei perdidamente apaixonada e ele está entre meus favoritos. É um New Adult arrebatador, que vai arrancar lágrimas, suspiros e sorrisos bobos. O que mais posso querer em um livro?   
Links: Saraiva | Submarino | Americanas | Skoob  

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