O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald


O Grande Gatsby, um romance que conquistou até a mim, uma pessoa que não gosta de romances.

Nick Carraway, um rapaz de uma família próspera do interior dos Estados Unidos, acabara de se mudar para West Egg, o que muda totalmente sua vida. Com um vizinho nada discreto, Jay Gatsby, um homem misterioso, muito rico, e sozinho (mesmo com centenas de pessoas a sua volta, em suas festas extravagantes); ninguém sabe de onde sua fortuna veio, quase ninguém realmente sabe quem é Jay Gatsby, mas todo mundo tem uma teoria sobre seu passado: é um traficante, matou um homem, contrabandista, e por aí vai.

Daisy Buchanan, casada com Tom Buchanan, é uma prima distante de Nick. Mas o que Nick não sabia era que o passado de sua prima e seu vizinho tinha uma historia de amor; um amor nunca superado por Gatsby. Assim, Nick e Jordan (uma amiga de Dayse) ajudam esse romance a ter uma nova chance depois de 5 anos. Mas será que mesmo depois desses anos o amor continua o mesmo?

Certo –  eu disse – que bom que é menina. Espero que ela seja uma grande tonta: é o melhor que uma garota pode ser neste mundo, uma belíssima tonta.

Essa edição foi cedida pela editora Companhia das Letras para resenha, e confesso que o pedi sem ter muita noção do que se tratava; e o que posso dizer? Fiquei totalmente apaixonada pela história, e por Gatsby. Apesar de ser narrado por Nick, o foco é o romance de Gatsby e Dayse, ou na minha humilde opinião: o romance de Gatsby por Dayse; porque só vi amor vindo da parte dele, mas ok, não entrarei em muitos detalhes senão me empolgarei. Além dos personagens principais, os secundários também me encantaram, ou no caso de alguns, despertaram o meu desprezo; a forma que o autor descreveu os cenários, os personagens, os momentos, é realmente maravilhosa, dá um "quê" totalmente maior ao livro e mais intensidade aos sentimentos descritos.

Essa edição se inicia com uns comentários e incluem alguns detalhes, então, dica: se você nunca leu o livro e fica confuso facilmente (como eu), não leia essa parte antes de ler o livro; até porque achei confuso e cansativo demais, mesmo sendo interessante e contendo curiosidades sobre o livro e seus personagens. Na realidade eu nem sei o que comentar sobre o livro e só estou enrolando aqui, então vou tentar descrevê-lo em apenas uma palavra: INCRÍVEL, e sei lá, talvez essa palavra não conseguiu descrever realmente. Enfim, uma obra prima que eu adiei ao máximo o seu fim, uma obra prima que todos deveriam ler ao menos uma vez na vida.

E sobre o Jay Gatsby:

É O Primeiro Dia de Aula... Sempre! - R. L. Stine

Solicitei esse livro porque estava passando por uma série de leituras pesadas, e queria desestressar um pouco e relaxar. Sabia que era um livro infantil, e quis me aventurar ainda assim. R. L. Stine não me desapontou.

O livro começa com Artie, um garoto normal que começará numa escola nova naquela manhã. É o primeiro dia de aula, e ele está muito nervoso com isso. Ele então inicia sua rotina, escolhe sua camiseta, vai tomar café e uma série de desastres começam a pontuar seu dia, desde seu irmãozinho espirrando calda de panquecas em seu cabelo logo de manhã e fazendo com que ele ficasse arruinado para o grande primeiro dia até quebrar, por acidente, a perna do melhor jogador de futebol americano do Ensino Fundamental da sua nova escola chamada Ardmore.

Tudo estaria bem normal até ali, afinal muitos de nós tivemos primeiros dias conturbados. O problema é que, quando tudo dá errado, o dia de Artie se inicia novamente - e sempre é o primeiro dia de aula! Ele começa a se repetir, e se repetir e se repetir. O garoto sabe narrar tudo o que acontecerá no seu primeiro dia de aula, e parece preso para sempre nele. O que está acontecendo? Será que a sombria e esquisita escola Ardmore tem alguma coisa a ver com a história toda?

Como eu já disse, o livro é bastante - BASTANTE - infantil, então se você estiver esperando uma trama adulta e super complexa, com personagens muito complicados, esqueça. Esse livro é bastante despretensioso, e busca apenas uma pequena diversão de 168 páginas bem pequenas, com uma fonte grande e bastante espaço entre os capítulos. A história é bem interessante, e acho que pra uma criança, deve ser ainda mais genial. Já conhecia, mais ou menos, a escrita do R. L. Stine, e se você acha que está lembrado desse nome: ele é o autor da série Goosebumps. Já gostava e continuei gostando, porque ele não trata crianças como retardadas, e isso sempre é o que mais me incomoda em livros infantis. Ele usa uma linguagem bem legal e as trata de igual pra igual, com medos e dramas típicos do que uma criança, como Artie, pensaria.

O Artie é um menino bastante normal, é impossível não identificar o seu eu, quando criança, com ele. Achei que ele era inclusive bastante inteligente, e os diálogos e as palavras usadas por ele eram bem legais porque uma criança entende aquilo perfeitamente, e além disso, também acrescenta vocabulário.

O final do livro é SENSACIONAL, super bem imaginado. Não suspeitava do que estava acontecendo em nenhum momento do livro, e principalmente por estar estudando "ficção x realidade" na faculdade, me interessou demais. Achei que a história foi super bem feita e o final fecha com chave de ouro o que já tinha começado bem.

A Seguinte, como sempre, fez um trabalho bem legal na edição do livro, a tradução é muito boa e tudo ali faz com que a gente (e uma criança) não desanime do livro. As cenas repetidas podem se tornar um pouco cansativas - afinal ele vive tudo de novo e de novo e de novo - mas por fim não ficaram. Como eu já disse e repito: o livro é para crianças. Portanto, se você tiver um filho/irmão/sobrinho, e estiver atrás de um livro pra dar de presente, dê É O Primeiro Dia de Aula... Sempre! para ele. Principalmente pros meninos! É garantia de sucesso.



Mini-opiniões: Comer, Rezar, Amar


Sabe quando você termina de ler um livro e começa a olhar o mundo de uma maneira completamente diferente? Isso aconteceu comigo quando li Comer, Rezar, Amar. Confesso que tenho um pouco de vergonha de dizer que este é o meu livro preferido mas, gente, esse livro mudou a minha vida! É o meu livro de cabeceira, aquele que eu vou sempre pegar e reler todas as minhas partes preferidas (que é quase o livro inteiro).
Liz é uma mulher normal, cheia de neuras, mágoas, dúvidas. Depois de passar por um divorcio conturbado, ela se joga em uma paixão que acaba não dando muito certo e sua vida vira uma bagunça. Ela parte então para uma viagem para poder se conhecer novamente, aproveitar um pouco mais os prazeres da vida e entrar em contato com Deus. E com isso consegue mudar a sua vida. Ao ver as coisas que ela faz, que ela passa, você para e pensa: Cara, eu tenho os mesmos problemas, se ela conseguiu isso, porque eu não conseguiria? E aí você começa a repensar sua vida, suas atitudes, e porque não com isso mudar a sua vida também? Claro que ninguém aqui vai conseguir sair um ano viajando pelo mundo assim, de boa, mas a gente começa a pensar em pequenas mudanças que podem sim fazer a diferença na nossa vida.



A Torre Invisível - Nils Johnson-Shelton

É, não deu.

Artie foi adotado pela família Kingfisher ainda bebê, mas nunca ficou sabendo como realmente "entrou" naquela família, sabe apenas que sua mãe (adotiva) foi embora pois não se adaptou com ele. Ele mora com seu pai e sua irmã Kay - esta que, como ele, é viciada em video-game. O jogo preferido dele é O Outro Mundo e é através dele que Artie começa a receber algumas mensagens pedindo para que ele vá até a Torre Invisível. Ele tenta ignorar, se convencer que aquilo não é real, mas acaba indo até uma loja para comprar um controle para sua irmã - que vai disputar um campeonato de video-game e acabou esquecendo o "controle da sorte" em casa.

Sem saber, Artie está n'A Torre Invisível - aparentemente, uma loja, mas, na verdade, é a prisão do mago Marlin (sim, o próprio Marlin) e somente ele pode soltar o mago, já que é o "novo Rei Arthur", mas precisará pegar a Excalibur e lutar contra Morgana que quer tomar conta deste mundo (O Outro Mudo é paralelo ao nosso) - a responsável pelo feitiço. Ele vai contar com a ajuda da sua irmã, Kay, e Polegar e entrará em uma aventura no Outro Mundo - este cheio de dragões e guerreiros medievais.

Talvez o problema seja eu mesmo, mas não consegui sentir a mínima conexão com este livro. Ao mesmo tempo, não sei indicar o que há de errado, já que eu nunca li outro livro neste estilo para comparar ou esperar algo. A narrativa, em terceira pessoa, é fácil, como se houvesse realmente um narrador contando toda aquela história numa roda. O protagonista e sua irmã são bem humorados, simpáticos e companheiros - algo que me encantaria se eu conseguisse me envolver o mínimo que fosse. Eu tinha uma esperança - secreta - que pudesse "voltar a ser criança" e me aventurar mesmo naquelas páginas, sentindo aquele frio na barriga e aquela adrenalina que uma boa aventura traz, mas simplesmente não rolou. Nem mesmo a mitologia do enredo me proporcionou alguma faísca. Talvez tenha sido porque tudo é simples demais, fácil e rápido. 

Consegui identificar um problema: tudo que precisava de solução fácil, era justificado com magia. O pai deles não consegue enxergar a espada: magia. O pai faz tudo que eles querem: encanto. Tudo bem que era para ser uma história simples, mas, de certa forma, subestimou os leitores - acho que não custava nada dificultar um pouquinho e aprofundar mais nas explicações. 

Enfim, não odiei este livro, mas também não tive a menor conexão com a história o que me fez arrastar a leitura por algumas semanas (muitas semanas, pra falar a verdade). Sei que é uma história legal, com certeza vou guardar para meu filho ler quando ficar maior, mas comigo realmente não rolou.


Mini-opiniões: Fallen - Lauren Kate

Mini-Opiniões é uma coluna original do blog português Estante de Livros, adaptada aqui para o blog.


Que atire a primeira pedra quem não se encantou por esta capa. Agora levante a mão quem se decepcionou com o livro o/. Comprei Fallen porque estava motivada a ler romances sobrenaturais (tanto de vampiros quanto de anjos) e esta seria mais uma série a se acompanhar - pra falar a verdade, li este livro tem bastante tempo (eu nem conhecia a blogosfera literária) e já estava condicionada a me apaixonar pelo mocinho, odiar o vilão, compreender a mocinha. A diferença é que com os outros livros do gênero, isso acontecia de forma natural e com Fallen eu tive que me esforçar. MUITO. Aliás, esforço é a palavra deste livro: para começar, para continuar, para terminar. Como todas as minhas paixões e frustrações literárias eram reprimidas - não sei se vão me entender, mas quando eu lia "sozinha", sem ter com quem conversar sobre, sem ler outras opiniões etc, eu demorava a acreditar que alguma leitura era ruim; digamos que eu tinha uma ilusão que se o livro fora publicado, ele é bom e assim chegava a achar que o problema era eu. Feliz de mim quando, mais ou menos um ano depois de ler, encontrei várias pessoas falando mal desse romance e eu pude dar voz à inquietação que me acompanhava - AHHHHHHHHHH, EU NÃO GOSTEI DE FALLEN! Demorei umas duas semanas para ler (o que hoje pode ser normal, mas, na época, era um absurdo, considerando que eu lia em um ou dois dias já que não usava o twitter/blog). Além de uma narrativa arrastada, o livro quase não tem ação - quase, porque no final (sim, MUITO no final) ele tem uma coisinha surpreendente (e uma das maiores cagadas da autora também, devo dizer) que anima um pouquinho, mas é tarde, muito tarde (e olha que ainda nem tô falando de Tormenta, hein?).


Os diários de Carrie - Candace Bushnell


Carrie Bradshaw é uma garota de 16 anos que sonha em ser escritora. Mesmo após não ter sido aceita no curso de verão de literatura, ela não desiste de seu sonho. No começo do seu penúltimo ano do colégio, tudo o que ela quer é aproveitar ao máximo seus amigos e se esforçar para um dia conseguir ser uma famosa escritora. É mais um ano letivo comum na escola de Carrie. Ou quase. As aulas já começam com uma novidade que abala os corações de todas as meninas do colégio: a chegada de um novo aluno gatíssimo, Sebastian Kydd. O que ninguém imagina é que Carrie já conhecia (e era apaixonada) pelo garoto.

Melhores amigas sempre acham que você merece o melhor namorado. Ainda que o melhor namorado mal saiba que você existe.

Sebastian é um pouco misterioso. Um boato que roda pela escola diz que ele foi expulso da escola anterior por tráfico de drogas. Mas isso não faz com que ele perca seu charme. A garota popular do colégio, Donna LaDonna, já começa a cobiçar o rapaz, mas nem por isso Carrie perde as esperanças. Aos poucos, Sebastian se aproxima de Carrie e seus amigos. E isso acaba provocando a fúria de Donna, suposto affair de Sebastian. Mas com a ajuda dos amigos, Carrie sabe que pode vencer a ira da abelha rainha da escola.

O que eu estava pensando? Por que enfurecer a garota mais poderosa da escola? Por causa de um cara? Porque tive a chance, só por isso. E a agarrei.

O livro todo é uma delícia! Carrie nos mostra seu mundo e junto com os seus amigos, nos mostra os questionamentos normais de qualquer adolescente, como amor, sexualidade, futuro, carreira, família, e etc. Não é nenhuma história original, mas nem por isso deixa de ser única.

Como qualquer adolescente, Carrie tem suas dúvidas, angústias, dramas, questionamentos, sonhos. Ela sonha em ser escritora e ficar com Sebastian. Mas seu pai quer que ela vá estudar em Brown, e até a empurra para George, um dos alunos de lá. Além dessas dúvidas, Carrie tem ainda que lidar com as duas irmãs mais novas, já que sua mãe faleceu há alguns anos, deixando a filha mais velha com a responsabilidade de cuida das irmãs e da casa.

Os amigos de Carrie também não ficam atrás no que se diz respeito a dúvidas e dramas da adolescência. O casal Maggie e Walt que o diga. Ela, trai o namorado, fica com medo de ter a imagem de uma vagabunda. Ele, tem duvidas sobre sua verdadeira opção sexual, e tem medo de se assumir. Questionamentos assim são levantados durante todo o livro, mostrando realmente como é o dia a dia destes adolescentes.

Me diverti muito lendo esse livro e voltei um pouco com ele aos meus dias de Ensino Médio. Pra quem procura um livro divertido, esta sem dúvida é uma ótima pedida!



Casa de verão - Marcia Willet


Matt, um jovem escritor, encontra uma antiga caixa de sua mãe que morrera a poucos meses. Nela, encontra várias coisas que ele costumava guardar quando era pequeno, juntamente com algumas fotos suas. Porém, ao olhar melhor as fotos, ele percebe que não se lembra de tê-las tirado, nem das roupas e lugares que via nas fotos e fica intrigado com elas. Matt passa por um sério bloqueio criativo. Seu livro de estreia virou um bestseller e agora todos esperam ansiosamente pelo próximo sucesso do autor. Mas algo nele não o permite escrever. Para tentar vencer esse bloqueio e tentar entender as fotos que ele achara, ele parte para o interior, para a casa de Milo e Lottie, que são como sua família.

Lottie é como uma segunda mãe para Matt e sua irmã Imogen. Quando a mãe dos dois caiu em profunda depressão decorrente da morte do marido, ela cuidou dela e das crianças e, por isso, tem um grande amor por eles. Milo, cunhado de Lottie, também trata Matt e Imogen como se fossem filhos.

O começo do livro é um pouco confuso. Fica dificil falar da história do livro sem falar dos personagens. São muitos e a gente fica sem entender quem é o que de quem. Conforme a leitura avança, vamos entendendo um pouco melhor isso e conhecendo mais cada um. O livro todo é construído contando um pouquinho da história de cada pessoa, o que faz com que cada um seja importante em alguma parte do enredo. Além disso, os personagens são muito reais. São personagens fortes, com personalidades marcantes. Mas é muito fácil visualizar qualquer um deles como uma pessoa real, ou relaciona-los com alguém que a gente conheça.

Uma coisa que, para mim, foi um pouco decepcionante na leitura foi que eu esperava que o livro fosse contar a história de Matt e como ou o que levou ele a superar os problemas que ele tinha com seu bloqueio criativo e resolver o tal mistério com as fotos de sua infância. Mas, na verdade, a grande parte do livro é uma apresentação de cada personagem e sua história particular. O grande mistério que gira em torno de Matt e onde a Casa de Verão entra nisso, acaba sendo apenas mais um detalhe em toda história.

Eu gostei muito de algumas histórias que acontecem dentro do livro, como a de Imogen e Nick, filho de Milo. Mas ao mesmo tempo detestei a enrolação que a autora fez até chegar na história que eu achava ser realmente importante - que era a de Matt. Acho que o livro ficaria muito mais interessante se ela tivesse se preocupado mais em desenvolver uma só história do que contar várias histórias dentro de um mesmo livro.

De qualquer maneira, o livro ainda consegue instigar a curiosidade do leitor, com um mistério por trás do protagonista que só é resolvido no final do livro. A partir do momento que você entende quem é quem na história, a leitura flui razoavelmente bem.


Mini-Opiniões: Samantha Sweet, Executiva do Lar - Sophie Kinsella

Mini-Opiniões é uma coluna original do blog português Estante de Livros, adaptada aqui para o blog.

Numa resenha de um livro outro dia, me referi à Samantha Sweet, Executiva do Lar e vi que muita gente já tinha lido esse livro, mas algumas pessoas nem sabiam da existência, e como é um livro que gosto MUITO, achei legal falar dele aqui. Ele é super romântico, levinho, engraçado, tem umas descrições de comida deliciosas e tem aqueles personagens cativantes que fazem com que a gente suspire sozinhos, sabem? Além disso, o cenário é o interior campestre da Inglaterra - um lugar gostoso até de imaginar.
A história gira basicamente em torno de Samantha Sweet, uma advogada muito bem-sucedida que está prestes a ser promovida para o cargo dos sonhos no escritório em que trabalha. Por um pequeno mal-entendido e um papel esquecido em sua mesa, Samantha começa a ver seu sonho ruir: provavelmente será demitida pelo seu erro absurdo. Ela então entra em pânico e sai correndo do escritório sem contar o erro para ninguém. Para pensar numa solução para seu problema, Samantha começa a andar sem rumo e acaba na frente de uma mansão, sendo confundida com a empregada. É então que Samantha desliga o celular corporativo e inicia uma nova vida - como empregada doméstica de uma socialite e seu marido ricaço. O livro é divertidíssimo, e ver as situações em que Samantha acaba se metendo tentando esconder sua vida corporativa dos novos patrões é hilário. Vale muito a pena!


As violetas de março - Sarah Jio

Sabe quando você pega um livro pra ler, esperando que ela seja só mais um livro, e quando você menos espera ele acaba se tornando um dos seus livros favoritos? Pois então...

Emily é uma jovem escritora recém divorciada. Depois de terminar o casamento que aparentemente seria perfeito, ela fica completamente perdida. Não sabe o que fazer para seguir em frente e nem por onde começar. Sua amiga Annabelle sugere então que ela saia de Nova York, tire umas férias para se redescobrir, descobrir o que fazer da sua vida, e quem sabe, encontrar inspiração para um novo livro. Emily resolve então ligar para sua tia-avó Bee, que mora em Bainbridge Island. Ela se lembra dos verões que passou na ilha e percebe que lá é realmente um ótimo lugar para passar o tempo e decidir como recomeçar sua vida. E assim que ela liga para sua tia Bee, ela descobre que ela já esperava por esta visita.

No 1º dia de março então, ela parte para a ilha. Ao chegar lá, começa a perceber coisas que não percebia quando ia para lá na adolescência. Coisas relacionadas ao passado de Bee e a história de sua família. Emily descobre então um antigo diário no criado mudo do quarto em que la estava, e começa a lê-lo. Assim, ela começa então a conhecer a história de Esther, uma mulher que viveu na ilha nos anos 40. Ela fica cada vez mais fascinada pela história que acabou de descobrir e tem medo de perguntar a Bee sobre aquele diário pois sabe o quanto a tia é reservada no que se diz a respeito de seu passado. Quando ela pergunta sobre o diário a uma amiga de Bee, Evelyn, ela diz que o melhor que Emily tem a fazer é ler o diário e não comentar nada com a tia, que ela acabará descobrindo tudo por si só. E quanto mais a garota conhece a história de Esther, mais ela percebe que aquilo pode ter algo a ver com Bee, e até mesmo com ela mesma, mas para descobrir isso ela terá que ler tudo até o final.

Eu sabia, em meu coração, que se houvesse algo a aprender com a história de Esther seria ficar e lutar - pela verdade e pelo amor.

Os dias vão passando e vamos acompanhando o dia a dia de Emily na ilha, conhecendo novas pessoas, revendo um antigo namorado, ao mesmo tempo que vamos descobrindo com ela um pouco mais da vida de Esther. E percebemos que quanto mais Emily busca saber sobre a história da sua tia, sua família e dos moradores da ilha, mais ela avança para um recomeço de sua vida.

A história do livro é lindíssima. Não é apenas uma história de amor ou de uma família. Mas sim a história de várias vidas e de como a história de uma pessoa pode influenciar a história de seus descendentes. A leitura é cativante. Desde o primeiro capítulo o livro nos aguça a curiosidade em saber o que acontecerá com Emily, qual o grande mistério que envolve sua tia, a ilha e os moradores de lá. E uma vez que você engata a leitura, não consegue parar.

Esse é o tipo de livro que te surpreende, por misturar romance, mistério, histórias do passado e do presente, de um modo que você não consegue imaginar o modo como aquilo vai acabar e não vai conseguir dormir enquanto não descobrir. E quando chega ao fim e você descobre, você fica com aquela sensação de "Caramba! Que história!". Quando eu peguei o livro estava esperando encontrar um drama familiar, mas encontrei muito mais que isso. Encontrei uma história sobre várias vidas, vários amores. Uma história que nos mostra que qualquer decisão que a gente tome, por mais tola que pareça, pode ter consequências nas vidas de muitas outras pessoas.

Por mais que eu fale e fale não vou conseguir expressar em palavras o quão surpresa e maravilhada este livro me deixou, então a única coisa que eu tenho a dizer é: Leiam! É um livro brilhante, uma história sensacional, que vai fazer você chorar, se apaixonar, pensar e refletir sobre muita coisa.

Deixo-lhe um pensamento, um pensamento sobre o amor que me levou a passar por muitos fracassos: o grande amor perdura ao tempo, à mágoa e a distância. E mesmo quando tudo parece perdido, o verdadeiro amor vive.



Mini-opiniões: Desastre - S.G. Browne

Mini-Opiniões é uma coluna original do blog português Estante de Livros que eu adaptei aqui para o blog.

Primeira coisa: Este não é um livro de anjos. Quando comprei, estava na onda desses romances e procurando me apaixonar pelo maior número de seres portadores de um par de asas - e esta capa me entregou exatamente isso. Mas só a capa. A história é uma das mais geniosas que li na vida. Desastre é o tipo de livro que te deixa de queixo caído - ele parece emanar inteligência.
Imagina que todos os "sentimentos, caminhos e valores" são seres vivos (ok, não sei definir certinho, mas eles usam uma bela embalagem - a roupa humana). O narrador desta história é Fado - humanamente conhecido como Fábio - e ele é o responsável pelo... hum... fado das pessoas ("esse fado pesado" e tal). E o autor deu vida para todos os outros - Destino, Morte, Carma,  Vaidade... são muitos e todos têm uma personalidade singular. Alguns me deram raiva, outros me fizeram rir... O grande problema que desencadeia uma série de outros surge quando Fábio se apaixona por uma humana - Sara, sua vizinha (e a primeira regra é muito clara: não se envolver com humanos). Ai, não quero contar mais x.x O livro é um tapa na cara da sociedade, sério! É irônico, engraçado, surpreendente e muito emocionante (pfvr, chorei tanto, tanto, tanto!). Vira e mexe ele está em promoção no Submarino e só digo uma coisa: aproveitem!


[Resenha+Promo] Easy - Tamara Webber

Por que, gente,  por que tem que acabar?

Jackie era a namorada de Kennedy. Seus amigos eram os amigos dele. Ela foi para faculdade para acompanhá-lo. A única coisa que ela não acompanhou foi fazer parte de uma fraternidade. Qual não foi o choque quando ele decide terminar com ela para poder "viver a vida" sem estar traindo alguém. Parece correto e muito político da parte dele, mas isso abala muito a mocinha que acreditou que levaria a vida sempre à sombra de seu namoro perfeito que já durava três anos.

Duas semanas depois, ela é Jacqueline - a mesma que era antes de se tornar Jackie - e, ao sair de uma festa da fraternidade de sua amiga de dormitório, Erin, ela é atacada por Buck (melhor amigo do namorado de Erin) e o estupro só foi uma tentativa pois Lucas, um cara que ela nunca tinha notado, apareceu e conseguiu salvá-la. Agora ela precisa conviver com a ameaça iminente de Buck, se recuperar em Economia após perder duas semanas de aula, além da presença constante de Lucas - que parece estar em todos os lugares, o que dificulta segurar a curiosidade por esse rapaz misterioso que faz questão de guardar seu passado.

Só me dei conta de quão envolvida estava com Easy quando o esqueci no mercado da minha mãe. Parecia impossível dormir sem virar a madrugada lendo - e eu ainda estava (mais ou menos) na página 60. Claro que no dia seguinte fui buscá-lo e daí não larguei mais. Vou tentar explicar o que me encantou neste livro.

Por ser narrado em primeira pessoa, fui rapidamente envolvida pela vida de Jacqueline e me senti tão estranha quanto ela nessa fase pós-Kennedy. Ela mal sabia como agir! Então esse é um dos primeiros pontos positivos do livro: a evolução de uma personagem que tenta voltar à vida normal - mesmo que ela ainda não se sentisse normal onde está (onde foi parar). Jacqueline não é o tipo de mocinha que acumula traumas de infância, mas acabou de passar por uma situação que marcará pra sempre sua vida.

Não sei se foi pela velocidade que li, mas o livro para por várias coisas de forma rápida - não sei dizer se foi aprofundado mais na violência que a protagonista sofreu (e a discussão que isso gerou) ou no segredo do Lucas (fato MUITO forte que marcou seu passado), mas fato é que a autora tocou em situações delicadas sem apelar ou se estender muito, sem colocar um milhão de frases de efeito. Ela toca na ferida de forma simples, direta, quase inofensiva, mas que me deixou desconfortável e com náusea - principalmente durante uma discussão/reunião de grupo. Através de um diálogo que parece descompromissado, é exposto a hipocrisia e egoísmo que, mesmo sem perceber, as pessoas cometem. Gostei da autora não usar recursos altamente apelativos neste caso, não expondo absolutamente tudo e deixando mais a cargo do leitor. Sei lá, deu uma profundidade "suficiente" para um livro de entretenimento. Já o segredo do Lucas é algo mais fácil de se comover/emocionar pela situação ser mais concreta, um fato que pode tocar qualquer um na mesma intensidade (acho que a situação da Jacqueline é mais sensível para mulheres, por motivos óbvios).

Os personagens não estão competindo para saber quem sofreu/sofre mais, mas algo no passado do Lucas marcou-o de forma a mudar toda sua vida e comportamento. Ele, apesar da aparência de bad boy (coisa que ele nem chega perto), é o que apresenta maior resistência para se relacionar com as pessoas, apesar de ser dele o primeiro passo (mas, ok, era algo reprimido e tal). Independente de tudo que aconteceu, ele é um cara forte, protetor e carinhoso. Não é aquele que fica pelos cantos, com medo dos outros - as feridas são visíveis somente quando alguém chega muito perto (o que, obviamente, Jacqueline faz). Lá estão também os personagens secundários que são MUITO importantes para o desenvolvimento do enredo e eu destaco o professor de Estatística, Dr. Heller, que é o que carrega a importância de "segundas chances".

Pode parecer, mas o livro não é todo trabalhado no drama, como eu disse, a autora aborda os temas de forma objetiva e deixa bastante espaço para o romance *suspira*. Essa parte costuma ser a minha preferida e aqui não me decepcionei. Tudo acontece de forma gradual e ao mesmo tempo intensa - me conquistou de cara! Com certeza este é um livro que me deixou com saudades no momento em que fechei e vou reler minhas partes favoritas de vez em quando.

Sorteio

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Playlist: Músicas inspiradas em livros

SelzART, “Week 37:52” - by *Gingershots (C)This Picture...
Oi oi gente, então, esses dias eu resolvi prestar atenção de verdade nas letras das músicas que escuto, e percebi que várias delas contam histórias, ou simplesmente fazem referência a algum livo. Entãããão eu resolvi dividir essa descoberta BOMBÁSTICA com vocês. Selecionei só algumas das delas, se não ficaria cansativa. Então peguem os fones, o Pai Google pra quem não sabe muito de inglês, e sentem que lá vem musica boa!

The Police - Don't Stand So Close To Me
A inspiração dessa musica foi o livro Lolita, de Vladimir Nabokov. O livro conta a historia de um professor que se apaixona por uma aluna e que acaba correndo riscos por causa disso. E a letra de Don't Stand So Close To Me conta exatamente isso.



 Angra - Wuthering Heights
A musica foi gravada por Kate Bush, mas foi regravada pela banda Angra, e prefiro a regravação. Em Wuthering Heights, Kate se inspirou no livro "Morro dos Ventos Uivantes", colocando os nomes dos personagens e até uma citação do livro.

The Cure - Killing An Arab
Killing An Arab foi inspirada no livro, O Estrangeiro de  Albert Camus, que conta a historia de um homem, Meursault, que mata um árabe em uma praia. Mas, o livro não serviu de inspiração apenas para essa musica não, na lista também temos: A Revolta dos Dândis I, da banda Engenheiros do Hawaii, e há rumores, de que tenha inspirado também a canção Bohemian Rhapsody do Queen. 

Skrillex - Bangarang
Apesar de não ter muita letra na musica, até porque é uma musica eletrônica, dá pra perceber a qual historia ela se refere. Quem não conhece a historia dos garotos perdidos? Pois é, estou falando de Peter Pan (que inclusive, é uma das minhas paixões na vida), gosto muito das musicas do Skrillex, e eles tem uma musica que refere à uma das minhas historias preferidas, é muito magico né? *--* (ok, parei).

Iron Maiden - The Phantom Of The Opera
Um dos primeiros clássicos da banda, assim como já diz o titulo, foi baseada no livro "O Fantasma da Opera", de Gaston Leroux. Essa não é a unica musica da banda que foi inspirada em livros.
 

Então gente, é isso, espero que vocês tenham gostado da minha ideia de mostrar as músicas que foram inspiradas em livros, que às vezes passam despercebidos por nós. Como eu disse, essas são apenas algumas musicas que eu conheço que sejam inspiradas em livros, se vocês gostarem muito da ideia, peçam nos comentários e eu tentarei fazer um "Parte II". Espero que tenham gostado do post, e claro, das músicas. 


O Projeto Rosie - Graeme Simsion

Eu já tinha lido várias coisas desse livro, como basicamente todos os lançamentos da Record. Já tinha ouvido falar sobre o quanto ele era romântico, cômico, divertido, maravilhoso... mas ter essa experiência pessoalmente? FOI SENSACIONAL!

Don Tillman é um homem de 39 anos, PhD em Genética, que vive uma vida perfeitamente controlada - basicamente, ele controla e planeja sua vida calculando para não desperdiçar nem um minuto. Ele tem um horário para cada coisa, nunca está atrasado e nem adiantado, tem dias certos para comer certas coisas e nunca, NUNCA, sai do seu cronograma.

O problema é que Don decide que quer se casar. Depois de passar por algumas desventuras amorosas, decide que quer achar a mulher ideal e esposa perfeita. Assim como toda a sua vida e seu cronograma, a mulher ideal precisa se encaixar de forma perfeita em sua vida. Ela tem que ser exatamente da forma como ele espera, e não pode desviar nem um pouquinho de seu ideal. Para selecionar as candidatas, Don decide criar o Projeto Esposa, que envolve responder um questionário (que contém todo tipo de pergunta relevante para ele, como por exemplo "Você come rins?") e esperar por uma análise minuciosa.

Só que Gene, seu melhor amigo, percebe que Don está sendo muito criterioso, e decide que ele mesmo vai apresentar Don para uma garota que ele ache boa o bastante. É assim que Rosie, uma garota que é totalmente o oposto do que Don procura, entra em sua vida, e faz um tremendo rebuliço. Nenhum dos cronogramas é seguido quando Rosie está por perto. Ele poderia muito bem sair com ela apenas uma vez e descartá-la da lista - mas não consegue, porque ela causa "algo mais" nele. E além do mais, ela tem um problema muito fácil para Don, um professor universitário de Genética, resolver: quer descobrir quem é seu pai biológico. Dessa forma, Don e Rosie começam uma conturbada e cômica relação, que pode ser tudo, menos romântica.

Eu JÁ ESTOU me excedendo nessa resenha, mas não tem como eu explicar o que é esse livro sem alguns parágrafos a mais! Tudo nele faz com que a gente não pare nem um segundo de apreciar cada vez mais a vida de Don e seus cronogramas. Acho que me identifiquei tanto com o personagem porque... bem, eu acho que sou parecido com o Don. (Não exatamente na parte totalmente planejada, mas na parte da interação social. Não, eu não tenho Asperger, e não tem nenhum problema se você tiver).

Pelo fato de ser um romance mais ou menos no modelo chick-lit (e aqui eu ressalto o MAIS OU MENOS) com um narrador homem (sendo que o escritor também é homem, o que conta bastante na hora do personagem masculino ser convincente), eu já logo me interessei. Sempre fico meio grilado com essa ideia bem tosca de que meninos não leem romance. Isso é a maior besteira. Eu acredito que essa denominação "chick-lit" é bem seletiva, preconceituosa e nada verdadeira, e esse livro, não com sua história mas sim com o seu significado, provam exatamente isso para mim. A capa é de chick-lit, o título é todo estilizado para parecer uma letra cursiva bonitinha, organizada e o tipo de capa que faria qualquer garota que busca um romance folhear o livro numa livraria. Até a palavra "ROMANCE" vem grafada na capa do livro.

E quando a garota fosse abrir o livro - BAM! - iria estar ali um narrador homem, com uma linguagem e com pensamentos bem diferentes de tudo aquilo que a gente lê nos romances narrados por uma mulher (eu devo dizer que foi bem legal ler um livro no qual a protagonista não fizesse aqueles comentários tipicamente femininos e, ok, engraçados, mas que me deixavam um pouco sem graça?) e assim mesmo, seria um ROMANCE, como bem especificado na capa. Esse livro, por mais que tenha uma capa toda feminina e com um coração e flores - desnecessário - narra de forma muito boa a busca de um homem por uma mulher compatível com tudo aquilo que ele procura. E sim, Don tem alguns problemas psicológicos, mas ainda assim, qual é o problema nisso?

Achei a relação dele com Gene algo que falta nos romances: amigos homens, que tomam cerveja, que conversam sobre coisas masculinas, que não são o estereótipo de cara perfeito que algumas autoras colocam em seus livros. Porque - me desculpem garotas - nem sempre os homens vão ser da forma como vocês esperam, porque muitas vezes eu, e acho que quase todo homem (a não ser os machinhos alfa que andam por aí dizendo que "nunca leem livros porque são caras das Exatas", mas que na verdade tem medo de barata e choram quando estão com medo), não sei como agir muitas vezes perto de garotas, bem como Don. É normal. Esperar que todo mundo aja da forma como a gente quer é exatamente o que Don deseja, e exatamente o que o livro diz, indiretamente, ser impossível.

Graeme Simsion, o cara que escreveu o livro, me fez ficar feliz em perceber que não sou só eu que fico meio grilado quando alguém vem todo me desdenhando por eu estar lendo um romance romântico. A Record foi um pouquinho infeliz em dar uma capa toda feminina pra um livro que não é tão feminino assim (vide capa em inglês, que por acaso parece muito com as capas dos livros do Nick Hornby), mas é superável.

Enfim, isso tudo pode ser muita "brisa" minha, mas eu juro que precisava comentar sobre tudo isso antes de prosseguir essa resenha. O livro, portanto, é narrado em primeira pessoa, e tem Don como narrador. Ele é bem divertido, principalmente porque fica no ar - isso não é dito com todas as letras - que Don tem a Síndrome de Asperger, um transtorno do aspecto autista (se você não sabe o que é, clique aqui) e, portanto, ele tem dificuldade em entender emoções e reações dos outros. Os pensamentos e planejamentos dele deixam o livro super cômico.

A relação de Rosie e Don, como eu já disse, é bastante peculiar. Pelo fato de Don ser um zero à esquerda quando o assunto é sentimentos alheios e Rosie ser uma garota super emotiva, fica óbvio que eles não funcionam da mesma maneira. Ver tudo o que vai acontecendo e entendendo como o amor vai nascendo ali é algo sensacional.

O livro é recomendado para todo mundo. Todos podem ler O Projeto Rosie e se entregar ao romance peculiar e todo cheio de contradições de Rosie e Don. Ele fala várias vezes de sexo com seu amigo Gene, o que pode fazer com que ele não seja TOTALMENTE levinho, mas não tem nenhuma cena explícita, portanto são só menções mesmo. Recomendadíssimo, e é daqueles que entra pro seu TOP melhores livros da vida facilmente!

A Menina Que Brincava Com Fogo - Stieg Larsson

O livro é de uma intriga emocionante, forte e absolutamente revoltante. Um choque de realidade e jogos sujos.

O dr. Nils Bjurman está indignado com Lisbeth Salander. E daí que ele a tinha estuprado violentamente? Lisbeth, segundo sua visão, não tinha o direito de ameaçar sua reputação com a prova de seu crime. Para ele, não era justo. Então precisava findar com essa ameaça, mas para isso tinha que descobrir sobre o passado da jovem misteriosa. A descoberta de um relatório policial datado de 1991 e o encontro com um gigante loiro abre o desenrolar de toda uma trama.

Em contrapartida, Mikael Blomkvist está quase publicando outro livro polémico. Mas não, não é de sua autoria, e sim de Dag Svensson. Seu livro consiste na denúncia de prostituição de meninas menores de idade, raptadas de suas cidades e vendidas como escravas. Junto com sua namorada eles querem jogar tudo isso no ventilador e processar policiais, promotores, juízes, jornalistas e etc que estão envolvidos nisso.
"Ganham, sim — respondeu Mia Bergman. — Para pôr panos quentes, dão a elas uma parte do bolo. Elas trabalham, em média, uns dois ou três meses antes de poderem voltar para casa. Em geral, levam uma bela quantia: vinte, até trinta mil coroas, o que em moeda russa representa uma pequena fortuna. Infelizmente, também voltam com graves problemas de álcool ou drogas, e um nível de consumo que faz com que torrem rapidamente o dinheiro. Conclusão, o sistema é autossuficiente; depois de algum tempo elas retornam, por assim dizer, de livre e espontânea vontade, para o seu carrasco."
O livro está quase finalizado quando uma tragédia muda tudo. Agora Mikael não apenas se pergunta onde se meteu Lisbeth Salander, que não vê há quase dois anos, como também que relação ela teria com o triplo homicídio e como eles se relacionam entre si.
O jornalista, além de tentar encontrar Lisbeth, precisa provar a inocência dela, descobrir uma ligação entre os crimes e o verdadeiro assassino. E tudo aponta que um tal de Zala pode ser a chave desse mistério.

O livro é empolgante, mas não daquela maneira “oba, que legal”, mas do tipo que você vai querer xingar a cada página. Ok, não foi a minha melhor expressão, mas acredito que isso vai fazê-los entender. Nos revoltamos, indignamos, a cada capítulo, a cada descoberta. É simplesmente nojento a maneiro como alguns homens, diga-se esses criminosos sexuais, se comportam, por exemplos. Quando se veem na possibilidade de suas atividades obscuras serem descobertas, eles não lamentam o que fizeram e sim culpam a p* (as garotas são chamadas assim ao longo de todo o livro, até mesmo quando não é pejorativo. Acredito que seja mais comum dizerem p* do que prostitutas) por sua situação. O mistério foi bem amarrado até as últimas páginas, principalmente sobre a ligação entre os assassinatos. Até mesmo o leitor é levado a acreditar que Lisbeth poderia ter alguma culpa, principalmente por que na parte mais importante do livro (desde os assassinatos até à caçada à “psicopata doente mental) Lisbeth não aparece, nem mesmo para narrar sua parte. Isso só nos deixa ainda mais curiosos para sabermos o que ela estava fazendo durante o crime e como se deu tudo aquilo.

Já falei, mas eu gostaria de repetir: o mistério foi muito bem amarrado. Simplesmente magnífico, e o autor sabe escrever de maneira que nos prenda e envolva. E a revelação ao final é para nos deixar ainda mais chocados, principalmente ao descobrimos a relação de Zala com a história toda e também a grande conspiração que envolve a vida de Lisbeth Salander. Nunca imaginei tamanha injustiça, mas aconteceu com ela. E isso só nos mostra o quanto um governo, ou a polícia, ou qualquer órgão pode ser capaz para proteger seus interesses. E alguém sempre tem que pagar o preço, mesmo que seja inocente.

Sobre os personagens, só posso dizer que são muito fora do comum. Os “mocinhos” não são desonestos, mas com certeza fariam (ou fazem) coisas que deixariam muitas pessoas de cabelos em pé. E se Mikael é um herói fora do padrão, mais ainda Lisbeth (já falei que adoro a garota?). Com seu visual punk e seu jeito antissocial ao extremo, ela faz um país inteiro acreditar que é uma perfeita debi-mental. Mas qualquer um que a conhece de verdade sempre fala dela com um tom de admiração e admite que ela “é mais inteligente que nós dois juntos”. Simplesmente demais, sabendo se proteger apesar de sua estatura e se mostrando valente mesmo contra um gigante assassino. De uma moral inabalável ela é uma personagem bastante contra-versa: afinal, ou ela é amada, ou ela é odiada. Não há meio termo.

Não vou me estender muito ou isso deixa de ser uma resenha e se transforma em livro. Aliás, queria dizer bem mais, porém vou deixar para surpreender vocês. O livro é incrível, sombriamente incrível. Aqueles que adoram um bom mistério, ou simplesmente uma crítica avassaladora contra a sociedade, vão adorar (ou odiar) a história. Arrepiante, questionadora, cheia de contraste e quebras de estereótipo. Diferente e muito ousado, é como posso definir essa trilogia.


Minhas leituras de julho

A primeira (e até então última) vez que consegui marcar os livros que li no mês foi em março (veja aqui) e eu já tinha ficado feliz por conseguir este feito. Mas, claro, ele não durou muito e, no mês seguinte, tudo desandou. Li pouquíssimo e não me lembro quais li quando, sabe? Tudo mudou quando resolvi fazer uma lista com vários livros que quero muito ler e colei na porta do meu quarto. Aí, toda vez que termino uma leitura, vou lá e coloco a data de conclusão. Pronto! Criei o meu Skoob manual - que tem sido muito mais eficiente, diga-se de passagem (por favor, para mudar isso, só quando eles fizerem um aplicativo para Android).

Imaginei que julho seria um mês perdido, afinal, cheguei até o dia 20 com somente UMA leitura concluída. UMA. Li Simplesmente Ana no dia 1º e depois disso, fiquei dias e dias perambulando pela estante, sem me apegar a nada. Felizmente isso mudou e acabei lendo mais do que nos meses anteriores. Confiram as minhas leituras do mês passado:

Simplesmente Ana - Marina Carvalho
Depois dessa resenha da Carol, fiquei muito curiosa para ler o livro. Ela odiou! Minha experiência não foi tão ruim assim, ufa! A história é um clichê sem tamanho, mas eu gosto deles. O livro tem uma narrativa envolvente e uma história fofinha, mas quase não tem base - o que sustente a história caso você pense um pouquinho mais a respeito. Tem vários furos e algumas coisas muito cômodas, que me fizeram pensar que a autora tava me chamando de boba ou sei lá o quê. É o tipo de livro que vai agradar muita gente - levinho, delicinha e tal, mas nada muito profundo ou que requeira muito esforço para compreender.

A Torre Invisível - Nils Johnson-Shelton
Quando pedi este livro para a Intrínseca, estava precisando de uma leitura mais juvenil e achei que uma aventura iria bem. Mas eu demorei, aproximadamente, três meses para ler o livro. TRÊS MESES! Eu não sei apontar o que ele tem de errado, mas simplesmente não consegui me envolver. A estrutura familiar é interessante, apesar de simples, gostei da dinâmica entre o pai e os dois filhos, achei fofo, mas não conseguia me sentir motivada a ler. Enrolei, mas me obriguei a terminar. É, só terminei.

Cretino Irresistível - Christina Lauren
Ah, esse livro é como o nome diz: Irresistível! Recebi a prova do livro e comecei a ler imediatamente. Mas juro que era pra ler só as primeiras páginas como faço com todos os livros que chegam. Mas quem disse que eu consegui? Impossível largar antes de terminar e assim o fiz. ADOREI! É um romance erótico, mas com um bom romance. Espero fazer a resenha bem em breve para poder contar mais.

Baile de Gelo em Nova York - Fabrice Colin
A resenha deste livro saiu dia 05/08, então vocês podem conferir minha opinião completa aqui. Ele ainda é uma grande interrogação (não sei se gostei ou não), mas o autor conseguiu mostrar como a morte é seduzente e algumas coisas são questão de escolha mesmo. Ele só faz sentido na última página, então até que vale a leitura para ficar encucada depois.

Métrica - Colleen Hoover
Ah, esse livro! Foi o primeiro da Maratona Literária e foi difícil não me emocionar. Fiquei apreensiva durante a leitura e torci tanto para as coisas darem certo, mas tudo parecia ir contra. Adorei o livro que trouxe umas lições muito boas, além daquele delicioso (e sofrido) romance proibido.

Apimentando - Janaína Rico
Eu queria tanto este livro que não resisti quando a Jana colocou na Amazon por um precinho camarada. Comecei a ler despretensiosamente, entre uma leitura e outra, mas chegou um momento em que foi impossível deixar para depois. Adorei o livro! Eu ri muito no começo e achei que o livro seria inteiramente assim, imaginem a minha surpresa quando comecei a me sentir angustiada pela situação da protagonista? É daqueles livros que a gente torce para que as coisas se acertem, mas também para que a mocinha aprenda a lição.

Ela é uma Fera - Marina Carvalho
Mais um livro da Marina Carvalho que mantém o mesmo estilo do primeiro: legalzinho, envolvente... MAS... sempre um MAS ali no meio. Pretendo falar sobre este livro mais na resenha, mas basicamente o que mais me incomodou foram as contradições dos personagens. Me apeguei mais da metade pra frente, aí li de uma vez. Terminei satisfeita, até começar a pensar. E é sempre esse o problema: pensar um pouquinho já estraga tudo (ou não).

Cretino Irresistível - Christina Lauren

Por favor, um gif para ilustrar este livro:


Chloe Mills atualmente é estagiária na Ryan Media Group - ela precisa apresentar um projeto para seu MBA e sua base é uma conta milionária da empresa. Sua vida não é das mais fáceis se for pensar que o chefe dela é Bennett Ryan, um cretino. Mas um cretino irresistível. Ele é extremamente exigente, seco e não tolera gracinhas ou conversas pessoais no trabalho. Ele também é lindo e muito, mas muito sexy. 

Acontece que eles não se suportam. Chloe sabe o quanto é importante no cargo que desempenha e é a única que aguenta/responde o chefe. O que falta de sintonia no ambiente profissional, sobra quando estão se pegando - no trabalho. Essa atração irresistível pode custar muito alto para ambos, pois Sr. Ryan tem um nome a zelar e Srta. Mills tem uma carreira pela qual quer seguir por mérito e não porque está dormindo com o chefe. Essa relação de amor e ódio pode acabar mal para os dois e alguém vai precisar ceder - ou os dois.

PEGAÇÃO. PEGAÇÃO EVERYWHERE. É mais ou menos assim que é Cretino Irresistível, mas entre o mais e o menos, existe um romance muito bem desenvolvido, mesmo que seu ambiente explorado seja relativamente pequeno.

As autoras optaram por não trazer traumas, passados nebulosos e outros dramas para este romance, deixando o impasse para o envolvimento dos protagonistas bem claro desde o início. Desta forma, todo o desenvolvimento do livro está concentrado no presente - o que torna a obra um pouco diferente. Só um pouco, porque, veja bem, a história ainda é aquela de duas pessoas que não se suportam, mas tem uma química incrível. Ok, outras diferenças também se destacaram: a mocinha não é submissa (YAY!), ela é extremamente independente e decidida - coisa que mexe ainda mais com seu par (?), não há uma possessão descabida e louca (YAY!²), ambos tem plena consciência que aquilo é errado, tem que acabar, MAS...

A química. GENTE, O QUE É AQUILO? A coisa começa já no primeiro capítulo e é impossível parar de ler até terminar. As cenas de sexo são bem realistas, sem aquelas descrições que ao invés de tornar a leitura envolvente e prazerosa (hm) acabam sendo cômicas. Tudo foi escrito para envolver (e muito!) o leitor, sendo impossível ficar indiferente à leitura. E, claro, falando em sexo, isso existe muito neste livro! A cada encontro, somos remetidos a uma sessão de gemidos contidos, mão ali, boca lá... não é nada cansativo (afinal a leitura é frenética) ou repetitivo, mas se você realmente não gosta de ler este tipo de coisa, passe longe.

Não diria que este Cretino Irresistível é um livro erótico. Ele é um ROMANCE erótico. Existe uma história de amor que move tudo isso (que, inicialmente, é motivada pelo sexo), mas não é nada meloso, cheio de promessas... não, nada disso! Eu diria que se trata de uma rendição. Ambos os narradores (sim, os capítulos são intercalados. YAY!³) precisam abrir mão de alguma coisa - mesmo que seja abrir mão do que estão vivendo juntos. Bennett é apaixonante assim como Chloe me ganhou pela sua determinação - assim, ficou impossível não gostar tanto deste livro.


3 livros que falam de relações familiares


São raros os livros que não falem sobre relações familiares. Alguém sempre é citado e, normalmente, tem alguma responsabilidade no desenvolvimento do protagonista - seja um trauma, seja pela criação exemplar... Hoje nós vamos falar de 3 exemplos aqui e, com certeza, poderíamos indicar muitos outros.

A Última Música e outros romances do Nicholas Sparks por Ceile
É muito fácil encontrar um livro do Sparks que trate - mesmo que de forma secundária - relações familiares. É algo quase obrigatório em seus romances e podemos encontrar dos mais variados tipos. Seja o filho pequeno que não aceita que o pai se relacione com outra mulher (Um Porto Seguro), o pai que quer sempre que o filho seja melhor em algo e acabe frustrando a criança (Um Homem de Sorte), o filho que apenas aguenta o pai, já que não há - aparentemente - muita interação e esforço do pai (Querido John), o pai protetor que faz de tudo por sua filha (Um Amor para Recordar), a mãe preocupada com a filha que precisa superar a perda do marido (Noites de Tormenta), a mãe que não aceita o romance da filha com um jovem humilde (Diário de uma Paixão), o cara que se sobressaiu em uma família marcada pela criminalidade (O Melhor de Mim), a filha que perdeu os pais e acaba grudada em sua avó (O Milagre e À Primeira Vista), o homem que vê seu casamento ruir e se espelha no casamento dos sogros para salvar a própria união (O Casamento)... Um dos que mais destaca esta relação é A Última Música, onde Roonie vai passar as férias com seu pai - aquele que pouco a conhece, muito pelo distanciamento dela, que não o tolera. Apesar da fórmula pronta, é sempre possível se emocionar e tirar boas lições destes romances.

Confie em Mim - Harlan Coben por Renato
O Harlan é um dos meus autores prediletos da vida, e ele escreve romances policiais. Esse livro narra a história da família Baye, que tem uma relação bastante conturbada. O filho de Mike e Tia Baye, Adam, é um adolescente problemático com um trauma gigante: o suicídio de seu melhor amigo, Spencer. Acontece que Mike e Tia ficam preocupados com a saúde mental do filho, que parece em uma depressão eterna, e resolvem hackear seu computador pra saber o que tem acontecido em sua vida, quando descobrem uma mensagem "Fica de bico calado que a gente se safa". Ao mesmo tempo, a mãe do amigo de Adam, Spencer, descobre algumas coisas sobre a noite do suicídio do filho e começa a querer puxar os fios e descobrir aonde eles vão dar. Tudo piora quando Adam desaparece e uma caçada se inicia, juntamente com a investigação de um crime muito mais complicado do que todos imaginam. O livro é MUITO bom, super rápido e muito real, mostrando muito do que muitas famílias com adolescentes vivem hoje. A relação familiar da família Baye é muito legal de ser acompanhada, e Harlan narra com uma maestria impressionante esse tipo de livro. 

A Pousada Rose Harbor - Debbie Macomber por Renato
Esse livro nos leva para Cedar Cove, um pequeno vilarejo onde Jo Marie decide recomeçar sua vida. Depois da morte prematura do marido na guerra, Jo pega todo o dinheiro deixado por ele de herança e adquire uma pousada, batizada de Rose Harbor por ela mesma, uma homenagem à ele. Lá, ela hospeda Joshua Weaver, que deseja que sua passagem seja o mais rápida possível pela cidade. Ele precisa prestar ajuda ao padrasto moribundo, que o expulsou de casa há alguns anos e fez tudo para deixar sua vida um inferno. Além de Joshua, Jo também hospeda Abby Kincaid, que volta para a cidade para o casamento do irmão, mas se culpa pela morte de uma amiga de Cedar Cove há muito tempo. Ela acha que toda a cidade a julga pelo acontecido e quer passar o mais despercebida possível pelo evento. Todos precisam superar problemas, e a pousada pode ser o palco desses finais. A Debbie Macomber é uma escritora muito boa, e escreve romances de uma forma deliciosa. Adoro as descrições de comida que ela faz (hahahaha) e todos os personagens me encantaram demais! Gostei bastante desse livro.



A Pousada Rose Harbor - Debbie Macomber


Com uma narrativa leve e rápida, A Pousada Rose Harbor foi um livro que me surpreendeu MUITO, positivamente. Ele é daqueles livros que você não dá nada pela capa, mas a história te conquista.

O livro começa com Jo Marie Rose, uma recém-viúva que acaba de adquirir uma pousada. Com pouco tempo de casada, o marido militar foi convocado para uma guerra no Afeganistão e acabou falecendo. Jo recebe uma boa quantia de herança, e decide recomeçar sua vida e superar o trauma em Cedar Cove, uma cidade interiorana.

Na pousada, batizada de Rose Harbor em homenagem à Paul, seu falecido marido, Jo hospeda duas pessoas: Abby Kincaid e Joshua Weaver. Abby é uma garota que está em Cedar Cove rapidamente para o casamento do irmão, e quer distância da cidade. Tudo porque há algum tempo, sofreu um acidente com uma das amigas de ensino médio enquanto dirigia, que resultou na morte da amiga. A família da garota a culpa pela morte, e ela nunca mais quer rever as outras amigas, porque acha que elas também a culpam pela perda. Já Joshua, que também quer distância de Cedar Cove, veio visitar o padrasto moribundo apenas para pegar algumas coisas que eram de sua mãe. Ele odeia o padrasto, pois após a morte da mãe, ele arranjou uma desculpa para expulsá-lo de casa, e eles trocavam farpas desde antes de ela morrer. Porém, Joshua percebe que precisa ajudar o padrasto e ignorar todo o passado.

Achei que a história flui muito bem e de uma forma super rápida. Gostei dos personagens, porque afinal eles são super gostáveis. Esse livro tem aquele tipo de romance profundo, com um pouco de drama, mas sem muito melodrama e nem enrolação. Acho que, pelo fato de gostar de ver a relação entre as pessoas, eu tenha gostado demais do livro. A escrita da autora é muito boa, ela narra muito bem, e constrói os personagens e seus dramas e seus complexos muito bem também. Ela descreve de um jeito delicioso, e eu até brinquei que adorei as comidas que a Jo faz durante o livro, porque adoro quando as autoras narram pessoas fazendo comida. Me dá fome, mas ao mesmo tempo parece que eu estou comendo... é bem legal. Sophie Kinsella faz muito isso em Samantha Sweet, Executiva do Lar, e se você já leu Samantha Sweet e gostou, provavelmente vai curtir A Pousada Rose Harbor.

Joshua e Abby são pessoas bem legais, bem como Jo. Acho que os capítulos mais legais eram os do Joshua, mas os da Abby e da Jo também eram bons. Eles não interagem muito entre si, mas ainda assim parece que conhecemos a fundo cada um. A narrativa dos capítulos do Joshua e da Abby são em terceira pessoa, mas os da Jo em primeira. Achei bem legal a forma como cada um deles vai superando o próprio problema e vendo em Cedar Cove um verdadeiro lar aos poucos. O livro tem algumas coisas puxadas para o espiritismo, mas eu não vi isso como um empecilho para a leitura.

A Novo Conceito deu um tratamento todo especial ao livro, ele é muito bonito! Aquelas rosas decorando as páginas do livro foram um pouco de exagero e me irritaram durante a leitura, mas ainda assim, é ignorável. Acho que quem mais vai gostar desse livro são as pessoas que curtem romances com um pouco de drama e personagens superando grandes traumas e vivendo experiências novas. Chamo esse tipo de romance de "romance de superação" (hahaha) mas é a melhor definição. Por mais que não goste muito do gênero, gostei bastante desse livro! Ele não tem nenhuma cena +18, nada picante, e as cenas são bem levinhas mesmo, portanto não tem censura. Recomendado.

AH, vale a pena lembrar que esse é o primeiro livro de uma série de, até agora, 3 livros, mas com mais por vir. O Hallmark Channel (um canal da TV paga) produziu uma série desse livro chamada "Cedar Cove", e eu nunca assisti, mas pra quem interessar, o trailer está abaixo. Pelo trailer, não tem muito a ver com o livro, mas quem sabe!