[Clube da Liga: Resenha+Promo] A playlist da minha vida - Leila Sales

"Elise Dembowski nunca foi popular na escola. Ninguém conversava com ela na hora do intervalo nem a convidava para sair no fim de semana. Pior. Ninguém jamais se interessou em saber o que tanto a ela escutava em seu iPod: playlists com o melhor da música pop, único território em que Elise se sente confortável e confiante.
Diante de seu desajuste em relação à maioria, a adolescente tenta de tudo – inclusive a mais radical das saídas, felizmente sem sucesso. No auge de seu solitário desespero, o acaso a leva até a porta de uma balada noturna, via de acesso para um mundo completamente novo, cheio de som e diversão, no qual sua veneração por música funciona como senha para inclusão em um inédito círculo de amizades.
As festas noturnas do Start – o melhor clube underground do mundo – tornam-se o lugar onde a felicidade, a aceitação social e até o amor são possíveis para Elise. Não demora muito para que um misterioso bullying eletrônico e a habilidade da garota como DJ coloquem em confronto este universo com a dura realidade cotidiana." Sinopse retirada do Skoob.

A Playlist da Minha Vida mistura duas coisas maravilhosas: literatura e música. A partir daí vocês imaginem como estava minha expectativa. Esse é aquele livro que dá muito certo com adolescentes, porque trata de assuntos bem pertinentes ao universo deles. Eu não me identifiquei muito com a protagonista por diversos motivos, mas Playlist foi bom para me colocar no lugar do outro e me tirar da zona de conforto.

Elise tem o desejo de ser alguém legal, de ter amigos e "ser normal". Claro que não é fácil mudar o próprio jeito e ser alguém totalmente novo. Suas tentativas de se enturmar são um fracasso e o negócio só piora. Durante uma de suas caminhadas noturnas, ela encontra Pipa e Vicky - responsáveis por apresentá-la a Start, uma balada underground. É aí que um novo mundo surge para Elise e tudo ganha um novo sentido. 

A primeira coisa que admirei em Elise foi sua racionalidade e a capacidade de pensar numa situação como um todo. Se eu me identifiquei um pouco com ela, foi por isso. Gostei da forma sincera que ela conta a própria história e o quanto é consciente da situação. É muito triste pensar no quão cruel a "sociedade escolar" é e na quantidade de gente que sofre por não ser aceito como se é. A autora mostra muito isso através dos olhos da "vítima" e, apesar da história triste, a protagonista não se torna amarga.

É interessante ver que a autora falou bastante da estrutura familiar e na dinâmica dela. Ao contrário do que eu esperava, não se trata de uma família fracassada, mas mesmo assim, Elise ainda busca seu lugar nela - apesar de: isso acontece em todo lugar, ela está procurando onde se encaixar na própria vida. 

Os personagens secundários dão uma animada no enredo levemente melancólico. Eles são bem reais, com seus defeitos e qualidades sempre bem expressados. O desenvolvimento do livro não tem grandes viradas, apesar do ambiente mudar bastante após a descoberta da Start. A narrativa é linear com vários devaneios da protagonista e eu senti falta de uma grande surpresa, uma reviravolta mais radical - e a autora tinha oportunidade para dar uma enfeitada na história, viu? A escrita de Leila Sales é bem fluída e gostosa de se ler. As cenas na Start são bem visuais e realmente me transportaram para junto de Elise.

Ainda que o livro não tenha me surpreendido e ganhado um ♥ de favorito, recomento muito a leitura, pois sei o quanto o drama da personagem é familiar para tantas pessoas (infelizmente).  O livro - visualmente falando - está muito bonito, a capa tem muito a ver com o conteúdo e a cada início de capítulo tem um pedacinho de alguma música (que tem a ver com o que será narrado).

Sorteio do livro



Regras:
- É necessário ter endereço de entrega no Brasil.
- Deixar um comentário relevante nesta resenha.
- Serão três sorteados e cada um ganhará um exemplar de A Playlist da Minha Vida.
- Cada ganhador terá até 48 horas para responder o contato, após este prazo um novo sorteio será realizado.
- Os livros serão enviados até 30 dias úteis após o recebimento dos dados.
- Não nos responsabilizamos por eventuais extravios ou avarias dos Correios.

a Rafflecopter giveaway

Sobre o Clube do Livro da Liga:
O Clube do Livro da Liga é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Nós Somos: Arquivo Passional | Entre Palcos e Livros | Este Já Li | Leitora Viciada | Leituras da Paty | Livros e Chocolate | Mais que Livros | Meus Livros, Meu Mundo | Meus Livros Preciosos | MoonLight Books | Prazer, me chamo Livro | SA Revista | Segredo entre Amigas | Seguindo o Coelho Branco | Todas as Coisas do Meu Mundo

Uma Escolha Imperfeita - Louise Doughty

Uma Escolha Imperfeita narra a história de Yvonne Carmichael, uma geneticista bem-sucedida, casada e com dois filhos adultos. Certo dia, durante uma a apresentação de um trabalho na Casa do Parlamento, Yvonne conhece um homem misterioso e, movida pelo impulso, envolve-se num caso ardente e perigoso com este indivíduo. A relação secreta que ela mantinha com este homem seguiu-se portsemanas, mas após um fatídico acontecimento, seus planos cuidadosos se transformaram em um terrível pesadelo.

Basicamente, é isso. O livro se resume em antes do caso, durante o caso e depois do caso. Vejam bem, não posso dizer muita coisa ou acabo contando o que se passa com a protagonista. Fiquei extremamente decepcionada com a história, achei a escrita fraca, desinteressante, em nenhum momento tive sentimento de compaixão (ou qualquer outro) durante a leitura e, sinceramente, não via a hora de acabar.

Ao ler a sinopse, o “thriller” que colocaram ali estrategicamente, aguça a curiosidade de quem é fã do gênero. Então, o que se espera da leitura é, de fato, um enredo que faça jus ao nome. Todos os acontecimentos são consequências de uma mulher infiel que, segundo o narrador, tinha uma vida perfeita e que, sem mais nem menos, se entrega para um cara que nunca viu na vida. Todo mundo sabe que mentira tem perna curta. E também sabe que, nos dias de hoje, fazer algo “escondido” é quase impossível com tanta tecnologia acessível. Assim como cometer um crime e querer sair impune.

Os capítulos são, em sua maioria, cartas digitadas por Yvonne que nunca foram entregues ao destinatário, mas que ela gostaria. Páginas e páginas de choramingos e enchimento de salsicha. Pelo amor de Deus! Tédio define. Perdi as contas de quantas vezes interrompi a leitura por não conter os bocejos e olhos lacrimejantes... 446 páginas sem conteúdo. Não, pera, a autora vai me apedrejar. Hahahahaha

Gostaria de dizer lindas palavras para vocês, mas sou muito verdadeira em relaçaõ aos meus sentimentos ao ler um livro. Li alguns bem ruins este ano, inclusive um deles foi para o post inaugural de ADL (Abandono Definitivo de Livro). Uma Escolha Imperfeita só não entrou no segundo post porque minha curiosidade foi maior. Tinha que saber o desfecho. E... péssimo, como o livro inteiro.

Uma palavra para definir o livro: MAÇANTE. Foi o pior livro de thriller psicológico que já li na vida. Não recomendo, mas o importante é que cada um de nós tem uma experiência diferente com a leitura. Então, já sendo repetitiva, leia e tire suas conclusões. Boa sorte e boa leitura!

As melhores leituras de fevereiro

Quem acompanha o blog há bastante tempo já viu algumas tentativas minhas de falar sobre as leituras do mês. Eu adoro este tipo de post, mas como minhas leituras não estão rendendo o suficiente para um post exclusivo, propus para a equipe do Este já li contar qual foi a melhor leitura de fevereiro. Abaixo vocês conferem quais livros eles elegeram:

Eu e a Sabrina tivemos a mesma melhor leitura, mas como eu já falei bastante na minha resenha de A morte de Sarai, vou deixar vocês só com a opinião dela:



Sabrina: A Morte de Sarai
Esta foi minha melhor leitura de Fevereiro por inúmeras razões. A mais importante delas: é um livro que você não consegue largar. A escrita/narração da autora neste livro em particular é simplesmente incrível, ao contrário dos outros livros dela que eu li. São bons, mas não tanto quanto este. Me senti lendo um roteiro de cinema. É intenso, dinâmico, fluido, tenso... Tudo ao mesmo tempo. Definitivamente uma leitura ímpar.

Em primeiro lugar, eu não conseguia parar de ler o livro. Tanto que, mesmo tendo 456 páginas, li em menos de 48 horas! Em segundo lugar, eu adorei a cultura matriarcal presente na obra. Afinal, em Fells, não há Reis, há Rainhas. Dentro desse padrão, as personagens femininas têm bastante autonomia, seja de liberdade de escolhas, seja de liberdade sexual (nenhuma é tachada de prostituta, por exemplo, por ficar com vários rapazes). Grandiosamente espetacular!


Renato: Fangirl
Fangirl foi a melhor leitura de fevereiro porque trouxe tudo o que uma leitura gostosa, rápida e agradável traz: uma história envolvente, personagens divertidos e uma escrita deliciosa. Um livro pra ser lido de uma sentada, recheado de fanfic e de romance. Vale a pena, até pra curar aquela ressaca literária que não passa!

Juliana: Maybe Someday
Acho que nunca tinha encontrado um livro que mexesse tanto comigo como Maybe Someday. Eu já esperava um ótimo livro, porque estamos falando de Colleen Hoover, né? E todo mundo sabe que ela só escreve livros perfeitos. Só que Maybe Someday parecia ter sido escrito pra mim. Eu ri, chorei, me decepcionei e me apaixonei... e sofri mais um pouco, porque a Colleen é uma drama queen, rs.
Vivi cada sentimento dos personagens como se eu fosse parte daquela história, como se aquela fosse a minha história. Nunca, nunca, nunca senti algo tão forte lendo um livro. Não tenho palavras pra descrever... Apenas, leiam! LEIAM!


Carol: Billy e Eu
Billy e eu foi uma leitura deliciosa e divertida. Apesar de ser um romance com uma história clichê, não deixa de ser envolvente. Consegui ler ele em um dia, e é o tipo de leitura que te diverte, distrai e ainda te faz suspirar. Tem coisa melhor?

Brigs: Viva para Contar
Essa foi a minha melhor leitura de fevereiro, pois esse livro traz todo aquele suspense de trama policial e um tema sobre crianças com distúrbios psicológicos. Pode parecer um tema não muito legal de se fazer uma estória, mas a autora soube muito bem criar um suspense policial em cima disso. Simplesmente um dos melhores livros que já li.

E para vocês, qual foi a melhor leitura do mês passado?

A Rainha Exilada - Cinda Williams Chima

Resenha anterior: O Rei Demônio 
Contém spoilers do primeiro livro.

Uma estória que me empolgou do início ao fim!


Han Alister, agora um mago, precisa chegar a Vau de Oden, junto com Dançarino de Fogo, a fim de estudarem a magia. Eles não estão completamente satisfeitos com a novidade (e que novidade!), porém, obviamente, não têm escolha, e seguem seus caminhos. É claro que, se eles não conseguiram deixar de arrumar confusão enquanto vão até a Academia, imaginem quando chegam lá! Aliás, a presença dos irmãos Bayar e o fato de Micah querer acabar com a vida de Han não ajuda muito no sucesso do nosso herói.

"— Eu não fiz nada — reclamou Han, o refrão de toda a sua vida. Era bem típico da sorte dele se meter em uma briga de bar em um reino estranho e ser jogado na cadeia. Isso significaria um fim rápido à carreira de feiticeiro mercenário dos clãs. Ele decepcionaria Dançarino, que teria que viajar sozinho. Qual teria sido a última coisa que o amigo tinha dito para a ele antes de subir para dormir? Não arrume confusão."

O caminho não está fácil para Raisa também, pois também está indo para Vau de Oden, porém sob uma falsa identidade. Se apenas desconfiarem que ela é a princesa herdeira... Todo o seu plano, ou até mesmo sua própria vida, pode descer buraco abaixo. Depois dos grandes problemas que atravessou em seu caminho, precisa cuidar para que ninguém, principalmente Micah Bayar, a reconheça como a princesa herdeira Raisa Ana’Marianna.

"— Ele precisa ouvir isso — falou Raisa. — Ele vai nos matar de qualquer forma, então o que importa se ele não gostar de ouvir? — Ela se pôs de pé e caminhou de um lado para o outro, batendo o punho na palma da mão para dar ênfase. — Vocês sabem que não somos seus inimigos. Vocês sabem que não representamos perigo para vocês. E sabem que nos matar não vai manter o exército de Fells longe de seu território. A única razão para nos matar é a vingança, para diminuir a dívida que vocês sentem que a rainha de Fells tem com vocês."

Fazia muito tempo que eu não lia um livro tão empolgante, tal como foi com o primeiro da série. Eu simplesmente não conseguia parar de ler, principalmente porque acredito que a autora não conhece a palavra “monotonia”, rsrs. Han e Raisa são simplesmente cativantes, fortes e muito bem decididos. E eu adoro o envolvimento entre os dois. Fora que eu estou apaixonada pela visão de mundo do livro, tão diferente do que estamos acostumados a ler em fantasia. Para dar como exemplo, o reino de Fells, onde vivem nossos protagonistas, é de uma cultura Matriarcal. Ou seja, mulheres fazendo o que bem querem não é um problema, muito menos mal vistas (e vocês sabem do que eu estou falando). O contraste com a visão patriarcal é bem representada quando povos de outras nações criticam esse ponto de vista de Fells, deixando as coisas bem interessantes.

Os encontros e desencontros entre certos personagens também foram feitos na medida certa, com o suspense e apreensão necessários. A autora sabe como nos deixar agarrados na estória. E, Deus, como eu fiquei sem fôlego, ansiosa por algumas cenas. O cenário “escola” também me cativou muito, porque faz o meu estilo e eu gosto bastante. A única coisa que eu lamento é o triângulo amoroso (Raisa, Han e Amon), porque eu realmente não gosto de triângulo amoroso. Porém, acredito que ele seja apenas de enfeite (eu realmente espero que seja), então talvez esteja ok.

Ops, acho que falei muito, mas não dei informações concretas sobre o livro, não é? Acontece que, se eu desse maiores detalhes da estória, ou seria spoiler, ou seria complexo demais para falar aqui (sim, porque a autora montou uma trama muito, muito boa). Então, o que eu tenho a dizer: o livro é fabulosamente maravilhoso! Empolgante, divertido, romântico (não daqueles puros) e, puxa, de tirar o fôlego. Espero que vocês se apaixonem por esta série tanto quanto eu!

O que eu quero ler - 08 a 15 de março

Essa coluna é inspirada na Meta da Semana do blog Estante da Nine

Ultimamente, tenho lido pouquíssimo, mas fevereiro bateu o recorde. Li somente dois livros (Mentirosos e A morte de Sarai) e quero saber o que fiz com todo tempo que eu tinha disponível para ler + os livros desejados que tenho aqui + a vontade de lê-los. Não sei dizer se foi bem uma ressaca literária, porque eu realmente queria ler os livros que peguei, mas o negócio simplesmente não avançava. O objetivo é diminuir a procrastinação que está minha vida e me dedicar mais às coisas que gosto - tirando as que são da "vida real", ler e blogar serão as prioridades novamente, porque eu realmente tô sentindo falta disso (e eu nem sei em que momento eu relaxei nisso, mas quero retomar). Por isso, vou aderir à Meta da Semana, mas isso não quer dizer que eu vá sempre cumprir com a proposta, mas acho legal a ideia de separar as leituras que quero fazer em determinado período.

A intenção dessa semana é terminar a atual leitura e retomar as que acabei deixando de lado em fevereiro.


O primeiro livro que terminei em março foi Vai sonhando, um que achei fraquinho pela quantidade de livros que a autora já tem publicado. É legal, rápido de ler, mas não é como se as coisas fossem bem exploradas, além de trazer personagens muito caricatos. Porém, a escrita da autora foi o que mais me decepcionou. Conto mais detalhes na resenha que deve sair essa semana (se eu cumprir a parte de não procrastinar). 

A playlist da minha vida é o livro de março do Clube da Liga - um clube do livro que faço parte com algumas amigas também blogueiras. Já tinha começado a ler no mês passado, mas parei para fazer a leitura em conjunto com o Clube. Agora estou na página 116 e gostando bastante da mistura música + livro, acho este o principal diferencial do livro que aborda ainda bullying e aceitação. Acredito que consigo terminar no máximo amanhã (#oremos).



As leituras que pretendo retomar são: Não olhe para trás, Duas verdades e uma mentira, Despedaçada e A catastrófica história de nós dois. Eu sei que não vou terminar todos esses livros - a menos que aconteça um milagre divino, claro -, mas esses são os que comecei mês passado e não terminei. O que eu não terminar agora, vai ficar para a próxima semana e assim por diante (por favor, que não passe da próxima semana, né?). Duas verdades e uma mentira é um livro confortável para mim, pois estou acostumada com o ritmo da série e realmente gosto do enredo, apesar de saber que qualquer pista que eu acreditar, vai ser descartada no final do livro. A catastrófica história de nós dois tem uma pegada engraçadinha, apesar do ponto de partida meio trágico. Ele será a leitura de um dia de preguiça total - coisa que eu sempre tenho. 

Despedaçada é uma leitura mais densa e tensa, pois, além de fechamento de uma trilogia, é uma distopia. Estou com um pouquinho de dificuldades para lembrar qual personagem é o quê na história, mas estou bem familiarizada com o ambiente e eu realmente amei o volume anterior, Fragmentada, então as expectativas estão altas. Não olhe para trás é o livro que mais avancei, porque tem um clima de suspense muito bom, apesar de não saber muito bem onde ele quer chegar. Assim como a protagonista, estou captando pistas e tão curiosa quanto ela para saber o que aconteceu - o mais legal é que todo mundo parece suspeito de alguma coisa na história, então acabo prestando atenção em tudo e desconfiando de todos.

E vocês, o que leram e o que pretendem ler essa semana?

Eugénie Grandet - Honoré de Balzac

Li esse livro pra faculdade, mas decidi que precisava fazer uma resenha dele! Achei o livro bem legal e divertido pra quem quiser ler um romance histórico bem importante.

Eugénie Grandet é uma menina doce e inocente de 22 anos, filha do Sr. Grandet, um homem riquíssimo e terrivelmente avarento. Ela vive uma vida bastante miserável em sua casa, em Saumur (interior da França), sem muita perspectiva além de servir o pai, fazer pequenos serviços domésticos com a mãe e receber os poucos convidados que o pai tinha para pequenas festas para não ter muitos gastos. Sendo ela uma moça de herança rica, já tem pretendentes que lutam pela sua mão na cidade.

Tudo muda, entretanto, com a chegada de Charles Grandet, primo de Eugénie, vindo de Paris. O pai de Charles, irmão do Sr. Grandet, era muito rico mas acaba indo à falência e vê no suicídio a resposta para todos os problemas. Dessa forma, envia Charles para a casa de seu irmão sem dizer ao filho o motivo para a partida e se mata logo depois, deixando apenas uma carta com os motivos para o Sr. Grandet, que Charles deveria entregar diretamente em mãos, sem ler. Charles vai à Saumur e chega à casa de seu tio esperando um castelo, mas se vê em uma casa miserável pela avareza. Entretanto, faz o coração de Eugénie bater mais forte.

Só li esse livro porque era um dos livros obrigatórios do semestre, e se não fosse por isso nem passaria pela minha cabeça lê-lo. Mas acontece que, esperando um livro maçante, fui surpreendido com um livro cheio de acontecimentos, romance, histórias, reviravoltas e hilário em algumas partes. Não tem muito mais o que falar! É Balzac, um grande escritor, então você com certeza não vai se decepcionar com a escrita. Além disso, esse livro tem uma importância história gigantesca (Friedrich Engels, um dos fundadores do pensamento socialista, disse uma vez em uma carta à Marx que Balzac retrata melhor a sociedade francesa da época do que qualquer outro economista da época que ele tenha lido.) Esse livro faz parte da série "A Comédia Humana", do Balzac. Nessa série, ele criou vários personagens que apareciam em outros livros às vezes, então acho que foi o primeiro a usar uma espécie de "easter egg" nos livros.

Acho que o mais legal de ressaltar nesse livro é a questão da avareza do Sr. Grandet (que segundo os críticos é o personagem mais avaro da literatura) colocada em perspectiva com Eugénie, que luta pelo amor e é apaixonada pelo primo e etc. É bem legal ver a evolução dos personagens e é gostoso acompanhar a história e ver tudo rolando. Sem contar que é uma crítica gigante à sociedade em alguns pontos e também traz muito à tona a forma como a mulher, o casamento e a religião eram tratados na época. Mas o melhor é que o livro não fica chato e nem maçante por isso! (Acreditem em mim, sério.) O final! Ah, o final. Dá pra perder uma tarde só falando sobre o final! (E sobre o livro todo também.) Mas não quero dar spoilers, portanto o desfecho final de Eugénie e Charles você só descobre lendo.

Gostei bastante dessa tradução e edição da LPM Pocket, embora a letra seja pequena. Com certeza todo mundo que gosta bastante de romance histórico vai curtir esse livro, vale a pena! Entrou pra minha lista de favoritos.

[Promoção] 5 anos do Who's Thanny? ♥

O Who's Thanny está completando 5 anos e está fazendo uma mega festa de aniversário! Além deste sorteio, no site tem outras 4 formas de ganhar prêmios, veja aqui e participe. O WT é um dos meus amores desde o meu início na blogosfera, então é bem especial fazer parte dessa comemoração ♥

Serão 5 livros para o primeiro sorteado, 2 para o segundo e 1 para o terceiro. Os sorteados irão escolher o livro pela ordem do sorteio e para participar basta seguir as instruções do formulário abaixo. Não há regras obrigatórias, mas quanto mais você curtir, seguir e compartilhar, mais chances terá de ganhar ;) É necessário ter endereço de entrega no Brasil e o prazo de envio é de 30 dias úteis após o recebimento dos dados. Não nos responsabilizamos por avarias ou extravios por parte dos Correios ou retorno dos livros.


  a Rafflecopter giveaway Blogs participantes: My Dear Library, ConversaCult, Na Cabeceira da Cama, Este já li, Amargareska, Leitor Sagaz e Passaporte Literário

Com você - Laurelin Paige

Resenha anterior: Por você 
Sem spoilers
A resenha de hoje vai ser curtinha, porque não quero dar spoilers e, sobre observações gerais, já falei na resenha do livro anterior.

Em Com você, a jovem Alayna precisa novamente lidar com suas obsessões. Afinal, ela não se acha capaz e nem merecedora de dividir o mesmo teto com alguém como Hudson Pierce – um homem bilionário e sedutor disposto a realizar todos os seus sonhos, inclusive sexuais – e vive atormentada por dúvidas, culpa e desconfianças. Mesmo ligados por uma conexão física vital, a relação dos dois é posta à prova quando segredos do passado vêm à tona. Sinopse retirada do Skoob.
 
Com você é todo melação - algo que eu adoraria em qualquer outro livro, mas que eu odiei por ainda não estar convencida de todo esse amor do casal. E olha que não faltam páginas. Mas aconteceu algo lá atrás, quer dizer, não aconteceu. Sabe a diferença de uma casa sem alicerce para uma bem estruturada? Então, faltou uma base mais forte neste romance, eu sinceramente não sinto segurança na relação, parece tudo lindo ali, mas é como se eu soubesse que não vai funcionar a longo prazo e não vai durar. E ainda, para piorar, tem aquele machismo* disfarçado de cuidado, amor, demonstração de carinho. Sério, em certos momentos a mocinha tenta mostrar que percebe isso, mas depois simplesmente deixa passar. Pelo amor de Deus, cadê seu girl power

Mas vamos falar de coisa boa (oi, Tekpix!), vamos falar de TRETAS! Quando tudo é melação e não é o fim da série, pode ter certeza que TRETA IS COMMING! Pior que tudo tá tão na cara que, meu Deus, como a Alayna simplesmente não vê? Quase consegui ver a sementinha da discórdia sendo plantada e posso dizer que se eu li o livro rápido (assim como o anterior) foi por isso - eu queria que chegasse logo a hora que o castelo desmoronasse. E ele se mostrou como eu desconfiava: ser de areia. Aí foi legal porque a protagonista conseguiu deixar muito claro a diferença de confiar/acreditar e apoiar/aceitar. E mais: ela conseguiu se manter firme nisso - quer dizer, dentro do possível naquele universo dela, né? Quando o grande momento chegou eu garrei no livro e só larguei quando terminei mesmo! Foi, de longe, a parte mais empolgante das quase 400 páginas. Algumas reviravoltas são até cômicas, mas esse não é o tipo de livro que consigo levar muito a sério, então tá tudo certo.

THE TRETA HAS BEEN PLANTED
O livro peca nos imediatismos e naquele romantismo de muitas palavras e poucas ações, mas expõe problemas familiares e tem uma vilãzinha que dão um ânimo nas últimas páginas - o suficiente para ler o próximo e último livro da trilogia Fixed. A escrita da autora é fluída e a trama é fácil de acompanhar, apesar de, neste livro especificamente, ter uns momentos forçados e cansativos - mas pelo que já falei aqui: a coisa romantiquinha demais, perfeitinha demais. Quem não leu muitos livros do gênero e quer se aventurar em romances um pouquinho mais quentes, pode apostar nesse aqui, mas quem já está achando muito repetitivo, não acho que vá curtir tanto.

*Sabe, esse assunto em particular é algo que pode ser abordado com a maioria dos romances eróticos atuais, pois a linha entre o príncipe encantado zeloso e machista controlador é muito tênue e algumas autoras não são cuidadosas o suficiente e ultrapassam a linha o tempo todo - o pior é que nós (leitoras e protagonistas) quase não percebemos, pois tudo está mascarado com palavrinhas certas e sexo espetacular. Mas não é algo que vou abordar aqui, a Joana já falou um pouco disso aqui. Eu sempre digo que esses caras só funcionam na ficção por causa disso: os que ainda estão no time do príncipe-encantado-zeloso estão a um passo de virar o homem das cavernas e isso não é nada fofinho e romântico, né? Claro que isso não me impede de me apaixonar por eles, mas basta um passinho na margem e eu já quero esganar.

3 filmes que não deveriam, mas me fazem chorar

Eu sou muito chorona, de verdade, então não é muita novidade eu me emocionar com algumas coisas. Mas tem alguns livros (outro post) e filmes que fazem isso comigo de uma forma desumana. Antes que vocês me achem exagerada ou dramática, pensem que com estes filmes listados aqui eu choro de forma totalmente absurda mesmo. Vou tentar fugir dos óbvios (P.S. eu te amo, Titanic, Toy Story 3) e nem vou comentar sobre Paixão sem limites e Sou louco por você, porque já falei deles aqui. Então o título correto do post seria mais algo do tipo "3 filmes improváveis que me fazem chorar loucamente".

Atração Perigosa

Não, gente, para, posso nem ouvir falar. Sabe quando você se apaixona pelo cara-nada-politicamente-correto da história? Então. Ben Affleck é Doug, líder de uma quadrilha de ladrões de bancos (e afins). e, durante um assalto, o bando leva Claire (Rebecca Hall) como refém (por precaução) para depois libertá-la. O problema é que a gerente mora no mesmo bairro que o bando e, com o FBI tentando prendê-los, acaba se tornando uma ameaça. Doug então se aproxima de Claire e eles começam a se envolver, mas ela não faz ideia que ele é um dos caras responsáveis pelo seu maior trauma. E aí surge aquela incoerência de torcer pelo que você sabe que é errado. O CARA É ASSALTANTE DE BANCO! Ele tem que ser preso, ele é uma ameaça para a sociedade - eu sei, eu sei, mas o que acontece quando assisto esse filme? Fico lá igual a uma besta com o coração apertado com o que pode acontecer e apaixonada pela ligação do casal protagonista. Sério, aquilo não é só uma relação beijos-e-cinema, são olhares, são risadas bobas, são códigos. Só tenho que lembrar que o filme tem bastante ação, tiro, porrada e bomba (beijo, Valesca!), mas é óbvio que eu morro de chorar por causa do romance, me apego nisso e ele tá na lista. Só bem depois de ter assistido que fiquei sabendo The Town (título original) é baseado no livro Prince of Thieves de Chuck Hogan.

Alemão

Alguém aí é psicólogo e consegue explicar a razão de eu chorar tanto com um filme sobre a ocupação do Morro do Alemão? Eu gosto muito de filmes nacionais - desde Muita calma nessa hora até Tropa de Elite, então quando vi Alemão no Telecine, já reservei para assistir. Como não sabia exatamente sob qual perspectiva o filme seria, fui surpreendida ao me deparar com os cinco policiais encurralados após o traficante Playboy (Cauã Reymond) descobrir a verdadeira identidade deles. Eles viviam infiltrados no Complexo do Alemão como parte da estratégia para a invasão policial do morro, mas são obrigados a se esconderem num abrigo até que sejam resgatados na operação. Aí você pode se perguntar o que me levou a chorar tanto num filme assim, né? Então, eu fui chorar lá no final, porque eu tenho sérios problemas com finais não tão clichês - eu ainda tinha esperanças para uma outra saída, aquela coisa improvável de alguém se dar bem num cenário desse e tudo mais. Boba eu? Imagina. Apesar de não ser um filme tão espetacular, me fez pensar na quantidade de "reféns que vivem soltos" nas comunidades e em toda crueldade que acontece todos os dias nessa guerra infindável. 

Um Dia

TIREM ESSE FILME DA MINHA FRENTE! Me faça chorar por ser triste, me deixe arrasada, mas não me faça chorar de raiva. Que ódio que fiquei de Um dia. A premissa é simples: Emma e Dex se conhecem numa festa no dia 15 de julho e, assim, por 20 anos, acompanhamos o cotidiano dos protagonistas neste dia. e  De todos os filmes que chorei na vida, este foi o único que não me comoveu ~romanticamente falando~, mas em compensação, ele me fez chorar de frustração. Já tinha desistido de ler o livro depois de uma amiga levar quase um mês pra ler e falar o quanto a história era cansativa, porém achei que seria um daqueles casos em que o filme seria melhor, as coisas fluiriam mais. Cara, tem Anne Hathaway como protagonista! De fato, o filme parece um pouco mais promissor e apesar da sensação de "aimeudeus, isso nunca avança, cadê a paixão?", rola uma pontinha de esperança que as coisas mudem, mas aí acontece uma coisa e... tudo que consegui fazer foi chorar. E prometer nunca mais assistir (não sei vocês, mas eu amo reassistir  (?)filmes).