ADQS - Fabiana Cardoso


Diferente do que eu esperava, mas um livro bem legal.

Cíntia leva uma vida fácil: amante de um criminoso, vive em um apartamento bem localizado em Florianópolis com cartão de crédito à sua disposição. Ela sabe muito pouco sobre o que Walter faz, mas ao presenciar um assassinato cometido por ele, ela se assusta com a frieza e tem noção de quão perigoso ele é/pode ser. Temendo a própria vida, ela decide fugir, mas é impedida por um capanga que a aborda próximo à rodoviária. Na tentativa de se defender, acaba atirando no cara - e, com a confusão, acaba presa pela polícia. 

Então ela recebe uma proposta: entregar seu amante passando todas as informações que sabe e, em troca, assumir uma nova identidade e uma ficha limpa. Ela foi convidada por Henrique a ser uma agente da ADQS - uma agência secreta que investiga crimes que a polícia não consegue resolver. Entre ficar presa sem poder mandar dinheiro para sua irmã (cuja existência ela mantém em segredo) e poder ser morta a mando do ex, ela aceita e passa a se chamar Tais Torres. Ela agora é uma agente secreta solucionando crimes e tentando levar uma vida longe de confusões. 

Depois de ler algumas resenhas positivas e ter me apaixonado pela capa, pude participar do booktour organizado pela Samantha Rosa (Da Imaginação à Escrita) e, apesar de não superar minhas expectativas, foi uma boa leitura. A ideia do livro me empolgou muito - sério, eu queria muito ler sobre agentes secretos no Brasil. Acho que a sensação de familiaridade ajuda muito, afinal eles teriam que trabalhar com a nossa realidade, com as nossas leis... e, num país onde a justiça parece andar a charrete, eu queria ficar confabulando, enxergar soluções para os crimes "rotineiros" daqui. Ou seja, eu tinha lá minhas expectativas, mas nada de mais, já que eu li poucos livros assim e esperava ser surpreendida. De fato, me chegou uma história fácil de ler, de se envolver e de se apegar, mas difícil de engolir. 

De início, o foco é totalmente na Cíntia/Taís e, através desta visão vamos conhecendo a rotina na ADQS. Conhecemos também os outros agentes com quem ela vai trabalhar - todos assumiram novas identidades por conta de um passado sombrio. Aos poucos vamos nos tornando íntimos deles e ficamos curiosos para entender o que os fez parar ali, mas isso é segredo para a maioria. Depois, com o crescimento dos agentes, todos passam a ter destaque e também desenvolvem suas rotinas - de forma que nos apegamos, torcemos e ficamos curiosos. Por algum motivo, eles me lembraram Guardians (Lucy Rangel), onde tínhamos vários personagens - acho que o que têm em comum é o fato de, em ambos os livros, todos serem muito bem desenvolvidos e a capacidade das autoras cuidarem de tantas personalidades diferentes. 

O romance me surpreendeu, pois eu apostava no envolvimento que me parecera óbvio e fui logo "desenhando" toda a história clichê na minha cabeça e quando aconteceu, fiquei com a maior cara de boba e quase ouvi a autora rindo da minha cara no maior "HÁ! PEGADINHA DO MALLANDRO! ié ié". Gostei de como ela conduziu este envolvimento e ri muitas vezes das histórias que eles inventavam para a vizinha futriqueira. 

A divisão do livro também foi bem interessante, pois cada capítulo traz um novo caso (que vão de encontrar um traficante numa escola à prisão de um deputado). É como se o livro fosse dividido em episódios. Gostei bastante desta forma de apresentar e solucionar os casos (sem contar que cada início de capítulo conta com uma ilustração - os detalhes gráficos estão bem bonitos).

O grande problema é que me deparei, inicialmente, com casos interessantes, mas resolvidos de forma simplória. Eu só conseguia pensar no princípio da ADQS e questionar "jura que a polícia não conseguiu resolver isso? Precisa de uma agência secreta?" e logo fui me contentando e fiquei acomodada durante a leitura: a cada capítulo, chegava um novo caso e, por mais tensão que o envolvesse, eu sabia que dali a poucas páginas tudo ficaria bem. Faltou complexidade e seriedade para tratar dos assuntos abordados. Existem várias regras na agência, mas é tão simples quebrá-las. Veja bem, é expressamente proibido namoro entre os agentes, mas eles vivem em um clima de intimidade tão grande que a regra nem parece ser levada a sério. Sei lá, eu imaginava que os agentes seriam bem mais impessoais, sérios e, em pequenos gestos, surgiria uma atração que resultaria em um amor proibido onde ficaríamos apreensivos de verdade, mas, no fim, todos são tão íntimos que parece impossível que alguém não se envolva. Claro, eu gostei de cada agente - toda essa dinâmica deles, as gracinhas, a união tornou-os mais agradáveis e dava vontade de tê-los como amigos, mas não consigo concebê-los como agentes secretos, entende? A localização da agência também foi um obstáculo para mim, mas acredito que isso seja extremamente pessoal. Ela fica em São Paulo, um lugar bem afastado, sem nada por perto. Tipo, onde existe um lugar assim? Eu sei que não conheço nem 80% das cidades que muitas histórias se situam, mas eu esperava reconhecer esta cidade, sabe? Infelizmente a edição deixou passar alguns erros de ortografia e a letra parece ser em negrito (isto no início assusta, mas logo acostumei e não passou de um detalhe sem importância).

Assim que terminei de ler, fui conversar com a autora para saber se teria uma continuação e, felizmente, ela disse que sim. Acabamos conversando e falei tudo que achei da obra e fiquei bem feliz com a receptividade da Fabiana. Estou ansiosa pelo próximo livro e tenho certeza que ele virá ainda melhor. 

A menina que fazia nevar - Grace McCleen


Sabe aquele livro que por mais simples que seja traz nas suas páginas uma história carregada de emoção e questionamentos que te deixam sem palavras?

Judith McPherson é uma garotinha de 10 anos que vive com seu pai. Foi criada por ele sobre as rédeas firmes da religião, com uma rotina rigorosa de leitura de Bíblia e idas à congregação (a qual ele e a mãe de Judith ajudaram a construir). Por ser muito religiosa, não tem muitos amigos na escola e, fora os adultos da congregação, ela não se relaciona com muitos pessoas, levando assim uma vida solitária. Seu passatempo preferido é juntar sucata para ajudar na construção da "Terra Gloriosa", uma maquete de como ela acredita que será o mundo após o Armagedom.

Um dia então, na escola, o valentão Neil Lewis diz a Judith que irá colocar a cabeça dela na privada. A garotinha fica apavorada e acredita que morrerá quando isso acontecer. No domingo então, quando ela vai para a congregação com seu pai, um palestrante convidado fala sobre fé, deixando Judith completamente maravilhada. Ela começa a acreditar que se tiver fé o bastante conseguirá escapar da morte e Niel não colocará sua cabeça na privada. Mas só um milagre pode ajudá-la. E então, pensando em seu quarto sobre como se livrar de Niel, ela pensou na neve. E pensou com vontade, com fé, até que começou a fazer nevar na sua Terra Gloriosa. E quando ela acorda no dia seguinte... está nevando!

Porque a fé é igual à imaginação. Ela vê uma coisa onde não há nada, dá um salto e de repente você está voando.

Judith acredita piamente que a neve foi um milagre que ela conseguiu fazer e começa a se questionar sobre isso. Será que existem mesmo milagres assim? Sua fé foi mesmo tão forte capaz de fazer uma nevasca cair e ela não ter aula? Ela tenta conversar com seu pai, explicar que foi ela que fez nevar, mas ele não dá bola. Então, sem ter com quem conversar sobre esse seu dom, ela começa a conversar com Deus, e ele a responde! E assim, conversando com Deus, aumentando sua fé cada vez mais ela começa a fazer cada vez mais milagres para ter um pouco de paz na escola. Mas esses milagres começam a ter consequências fora da escola. Cada novo milagre que ela faz acontecer, acaba trazendo com ele uma consequência ainda maior. Judith começa a se questionar se esse dom é realmente bom, e se ela deve ou não parar com seus milagres.


(...) então comecei a falar com Deus. Sempre achei que era só uma questão de tempo Ele responder. Pensava nisso como uma chamada telefônica de longa distância. A linha era ruim, havia passarinhos sentados em cima dela, caía uma tempestade, então eu não conseguia entender o que a outra pessoa estava dizendo, mas nunca duvidei de que, no fim, iria ouvir.


A narrativa é simples, emocionante e envolvente. Judith é exatamente como uma criança de dez anos deve ser: inocente, curiosa mas com uma sagacidade única. Ela nos faz ver o mundo exatamente como ela, e como qualquer criança de dez anos vê, sem exageros, sem forçar nada e com uma carga emocional enorme. Muitas vezes durante a leitura me peguei com vontade de pegar a Judith no colo e cuidar dela. Dotada de uma fé singular, a menina faz o leitor perceber que o milagre está muito além de fazer o impossível acontecer, mas sim está presente nas coisas mais simples da vida, como um simples dia com neve.

Acho que as pessoas não acreditam nas coisas porque têm medo. Acreditar às vezes significa que você pode estar errado e, se você está errado, pode se machucar.

Claro que além de toda a questão da fé e de acreditar no impossível, a autora levanta outras questões cotidianas que também merecem seu destaque como o bullyng sofrido por Judith, o relacionamento dela e de seu pai que, apesar de num primeiro momento parecer desprovido de afeto, com o passar dos capítulos percebemos que se trata mais de um equivoco de como demonstrar esse afeto.

Aprendi que nada é impossível e que só parece impossível porque ainda não tinha acontecido.

Por trás de toda simplicidade da história e toda demonstração de fé, a crítica religiosa é uma coisa que não dá pra ser ignorada. Depois de ler algumas resenhas descobri que a autora, Grace McCleen, foi criada na religião fundamentalista dos últimos dias e talvez por isso Judith pode ter um pouco de Grace. Não tem como não questionar alguns pontos como o pai de Judith a cria, mas tudo acaba tendo um porquê e o leitor consegue captar nas entrelinhas os motivos que levaram o pai de Judith a agir de tal maneira.

Por mais que seja um infanto-juvenil, é um livro que qualquer pessoa pode (e deve) ler. É um livro brilhante gente, que nos faz repensar muita coisa sobre a vida, a nossa fé e até mesmo sobre nós mesmos.

A Filha da Feiticeira - Paula Brackston


A história me interessou pela capa, sinopse e pela promessa da leitura cativante, assim como o fato de atravessar tempos históricos. Detalhes que me chamaram a atenção. Só foi mesmo uma pena que eu não tenha me empolgado tanto...

Elizabeth é uma feiticeira que vive nos dias de hoje, e mora isolada e solitariamente não só para que pessoas não descubram sua verdadeira natureza como também para não ser encontrada por seu perseguidor.
Meu nome é Elizabeth Anne Hawksmith e tenho 384 anos. Cada nova era exige um novo diário. Assim sendo começa este Livro das Sombras.
Em 2007 ela é “perturbada” por uma adolescente chamada Tegan. A jovem não tem muita atenção em casa, e baixa auto-estima, então simplesmente grudou na senhora solitária de cerca de 50 anos. Por conta do espírito aberto e arrebatador de Tegan, Elizabeth decide introduzi-la ao mundo da magia, e a história se alterna com o presente e com a feiticeira contando à pupila sobre seu próprio passado.

Dessa maneira conhecemos Bess, uma adolescente que sofre com a perda de sua família para a peste e então em como sua mãe se torna uma feiticeira para salvar a filha que também caiu doente. Quando a mãe é caçada, acusada de bruxaria, uma recomendação é dada à jovem salva da peste: que ela procure Gideon e peça que ele a introduzisse na feitiçaria.

Quando conhece a verdadeira face de seu mentor e é levada também para a prisão acusada de feitiçaria, Bess não apenas foge de sua morte como também do homem que passou a lhe causar arrepios. À partir daí ela passa pelos séculos, sempre se escondendo, sempre solitária, a fim de nunca ser encontrada. Infelizmente Gideon está ao seu encalce, pronta para tornar Elizabeth sua noiva. E ele não está nem um pouco preocupado em quem ou quantos matar para conseguir isso.

Mesmo que a história seja rica, misteriosa e surpreendente, tenho que dizer que é meio monótona. Talvez seja a narrativa, ou simplesmente o enredo, mas não fui cativada tanto quanto gostaria. Para falar a verdade, acredito que o livro tenha tido um desenrolar mais interessante lá pela metade.

Se me arrependo de tê-lo lido? Não. Apesar de tudo, é um livro bom. Não ganha nota máxima, mas é bom. Sabe aquelas pequenas coisas que fazem toda a diferença numa história? Pois então, isso muda tudo. E torna o livro algo que valha a pena passar o tempo.

Bess é mesmo uma personagem forte, que mesmo em meio a decisões difíceis por conta do destino, não perdeu sua essência. Ela viveu como pôde, e sempre tentando ajudar a quem pudesse. Uma mulher marcante, e (por que não?) poderosa. Gideon é o que você pode esperar de um vilão. Egoísta, poderoso, capaz de cometer qualquer crime a se imaginar. E implacável, o que o torna mais indesejável ainda.

O final foi simplesmente certo, nada com o que se possa imaginar. E fiquei feliz que tenha acontecido. Acredito que aqueles que gostam de uma literatura história, com uma pontada de fantasia, vão gostar do livro. Apesar da monotonia inicial, é um livro agradável de se ter em mãos.

[Fotos] Conhecendo a minha estante


Sempre quis muito fazer um bookshelf tour, mas eu tinha um problema: eu não tinha uma bookshelf. Só isso. Tipo, o principal. Vou continuar sem gravar, porque a sinusite está atacada e seria estranho e nojento e... ai, deixa pra lá. Eu guardava meus livros no armário, em nichos, no guarda-roupa... Ou seja, em todos os lugares que cabiam no meu quarto. Ok, hoje não é tão diferente, mas ao menos já tenho duas estantes e agora meus livrinhos tem uma melhor condição de moradia (pfvr, já criaram o bolsa-estante?).

Hoje vou mostrar para vocês como guardo meus livros e como tento organizá-los. Como eu utilizo um cantinho entre os pés da cama e a parede, não dá pra tirar uma foto totalmente "limpa" da estante. Vocês verão que não consigo seguir um critério mesmo para arrumar os livros - culpa da falta de espaço.

Visão geral das estantes















No topo de uma estante coloco os livros das Crônicas de Gelo e Fogo, Lucinda Riley, Nicholas Sparks (tem o livro Morte e Vida de Charlie St. Cloud que não é do Nicholas, mas acho bem parecido, então ficou junto), na frente ficam os paperbacks (esta caixa é a gift-box da Cecelia Ahern com três livros dela), livros de bolso e romances de banca. Na outra estante ficam diversos livros - não tenho realmente um critério para tê-los colocados ali. Os da frente à direita são os próximos livros para ler/lendo etc. Na prateleira ficam os livros pequenos que não couberam na estante. 
Estes são os livros pequenos que cabem certinho nesta prateleira. Coloquei os da Paula Pimenta, Louca por Você e O Pássaro que eu adoro e depois fui colocando outros livros "diversos".

Aqui era pra ser o hall de livros favoritos, mas acabou ficando como livros favoritos e livros que preciso amar (é feeling, eu acho que vou gostar, sabe?). O Noivo da Minha Melhor Amiga, Presentes da Vida, P.S. Eu Te Amo, Um Lugar para Ficar, Até Eu Te Encontrar, Sangue Quente, Extraordinário e Belo Desastre são os que mais amo ♥. Malas, Memórias e Marshmallows ganhei da Amanda e O Céu Está em Todo Lugar ganhei da Thanny.

A prateleira do meio da estante (nesta foto, a primeira) ficam com os livros da Arqueiro, Suma de Letras e Companhia de Letras. A Lista Negra entrou ali no meio, porque cabia (é, aqui é tudo no jeitinho, onde cabe...). As duas últimas ficam com livros da Novo Conceito que não se encaixam nos favoritos nem distopias. Destes só li Garota Replay, Do Seu Lado, O Preço de Uma Lição (shame on me porque eu gostei muito!), Anna e o Beijo Francês (shame on me² porque não curti muito!), Lola e o Garoto da Casa ao Lado, Não Sou Este Tipo de Garota. 
Tem alguns livros "perdidos" por ali que são: O Arquiteto do Esquecimento, O Tamanho do Céu, As Mais, Tudo que é Sólido Pode Derreter, Acanãs, Xadrez, Quinze Dias em Setembro e Além das Fronteiras.   




Estes são os nichos que mantive depois de comprar as estantes. No primeiro, coloco os livros da Meg/Patricia Cabot (só li Pode Beijar a Noiva, mas já me ajudaram lá no Facebook a escolher um da Meg para ler - ainda este ano, I hope). Embaixo ficam livros diversos, mas que quero ler logo, como A Resposta, Procura-se um Marido, O Livro das Coisas Perdidas, A Garota que Perseguiu a Lua e A Filha do Pastor das Árvores. Opa, dali o único que não quero ler é Um Dia - sério, assisti ao filme e chorei de ódio.
No c=nicho menor ficam os livros pequenos e do lado ficam bloquinhos de anotação e outras coisinhas.

Aqui eu colocava só distopias (os livros maiores ficavam deitados), mas acabei deixando só livros pequenos (independente do gênero). Tenho duas coleções de Jogos Vorazes - uma minha e outra para emprestar (agora os dois Em Chamas e um A Esperança estão emprestados). THG, Legend, O Que Não Diz a Lenda e Divergent são meus favoritos. Esta edição de paperback de Divergent vem com conteúdo extra e eu amei (entrevista, manifestos das facções etc etc).

Embaixo daqueles livros pequenos ficam as demais distopias e outros livros. Logo abaixo ficam as prateleiras de séries que acompanho/acompanhava/quero acompanhar. Wake/Fade/Gone são favoritas junto com Beijada por um Anjo (cara, eu sei que tem inúmeros defeitos, mas foi mais forte do que eu e amei, simples assim). Também AMO (demais) a série Hush, Hush e os livros que não estão ali, estão emprestados (também tenho duas coleções - é muito apego, gente!). Na segunda prateleira tem os livros de romance histórico da Saga das Irmãs Wherlock (que não são irmãs e nem todas são Wherlock - coerência, a gente vê por aqui), Série Noite Eterna que me egou totalmente desprevenida e ganhou meu coração (eu não li o último livro, Além da Vida, leia mais aqui) e as Crônicas de Sookie Stackhouse (que deu origem à série True Blood e amo igualmente os dois - livros e série de TV). 
 Esta é a minha coleção de Crepúsculo. SIM, EU AMO A SAGA! Estão faltando livros que foram emprestados e nunca voltaram (#chora), tipo Amanhecer e Crepúsculo. Coloquei A Hospedeira ali porque é da mesma autora, mas não tenho pretensão de ler logo.


Aqui são as coisas que ficam no guarda-roupa: cadernos, brindes, algumas séries e filmes, livros diferentes (tipo A Cabana, A Travessia) e a série de livros Diários do Vampiro que ficam aí só por falta de espaço na estante.
Ainda tenho uma parte de um armário com caixas, marcadores, cartinhas, bottons e livros para sorteio.

Comprei estas estantes nas Casas Bahia mesmo e eu mesmo montei (#CeileMontadora). Eu namorava várias, mas eu só tinha exatos 70 centímetros entre a parede e a cama, então acabei ficando com esta estante mesmo - ela é baratinha (vejam aqui).

Garota Exemplar - Gillian Flynn

O amor é a infinita mutabilidade do mundo; mentiras, ódio, até mesmo assassinato, tudo está atrelado a ele; é o inevitável desabrochar de seus opostos, uma magnífica rosa com um leve cheiro de sangue. - Tony Kushner. The Illusion

Este livro conta a história de Nick e Amy, um casal de escritores desempregados. Nick é um daqueles caras que adora o seu trabalho (até ser visto na rua), foi criado por um pai que reclama de tudo e muito machista e uma mãe que a ama muito, claro que ele não é filho único, ainda tem a sua irmã gêmea Go, aquela garota para quem Nick pode ser ele mesmo, não precisa fingir. Ele é sempre quieto e a maioria das vezes guarda sua raiva e pensamentos para si, fazendo os outros parecerem vilões. Já a nossa querida Amy foi criada por pais amorosos e escritores que sempre a incentivaram e deram o melhor. Ela era virou a protagonista de uma série de livros baseada em sua vida, Amy Exemplar, escrita por seus pais. Tipica garota novaiorquina em busca de um grande amor e um pouco mimada.

Você percebe logo no índice do livro que a história baseia-se na narrativa dos dois personagens, começa com Nick e no seguinte é Amy e assim eles vão se alternando. Nick escreve no tempo presente, já a narrativa de Amy é feita pelo seu diário. Um diário muito bem detalhado e divertido, diga-se de passagem.
É ele (tã, tã, TÃÃÃ!), mas eu ainda não sei se é ele (tã-tã-tããã).
Bem, tudo começa quando no dia do seu 5º aniversário de casamento quando Amy desaparece sem deixar um rastro. Então o livro começa a ficar bom, mas bom demais. As únicas pistas deles são a primeira pista do caça ao tesouro que eles faziam todos os anos em seu aniversário de casado, a sala de estar revirada e suas lembranças. Mas Nick não aparenta sofrer com o desaparecimento da esposa e todos começam a desconfiar dele. As pistas começaram a se voltar contra ele e sua a única maneira de mostrar que não foi ele o responsável pelo sumiço da esposa é ir atrás de Amy.
A cara do Nick, ela diria. Era um bordão dela: A cara do Nick fazer... e o que quer que se seguisse, o que quer que fosse a minha cara era ruim.
 Este livro é muito bom! Ele é um suspense leve misturado com um drama que te envolve do começo ao final  e como sempre o final do livro te surpreende. O livro consegue fazer você desconfiar de todos os personagens por terem características reais e alguns irão te surpreender com algumas revelações. Ai meu deus, eu não quero soltar spoiler!

Apesar de conter muitas páginas, é um livro fácil e rápido de ler. A história te deixa grudada ao livro até que você chegue ao final, e também te faz pensar sobre "O que realmente é uma pessoa exemplar?".

Então esperando o que para ler? Querem que eu diga que Amy fala que a vida sexual dela antes de Nick girava em torno de três tipo de homens? Rsrsrs.

[Promoção] Combo Nicholas Sparks



Quer concorrer a um combo com 6 livros do autor Nicholas Sparks? É muito simples! Basta preencher o formulário Rafflecopter abaixo e cumprir as regrinhas. O premiado irá receber os livros: Um Porto Seguro; A Escolha; Noites de Tormenta; Um Amor para Recordar; Um curva na estrada e Um Homem de Sorte!


Informações:
• É obrigatório curtir a página dos blogs no Facebook;
• Os livros serão enviados pelos blogs participantes e pela Editora Arqueiro;
• A promoção se encerra no dia 12 de maio;
• O vencedor levará todos os prêmios!

Blogs participantes:Book-Addict ; Burn Book ; Este Já Li ; Hooked for Books; In Bookshelf ; Mudando de Assunto ;



Boa sorte!

Sorteio: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista



Qual a probabilidade de você ganhar este livro fofo que está deixando muitas pessoas apaixonadas por aí? Alguns estudos dizem que se você participar muito do sorteio suas chances aumentam em 79%


Para concorrer, preencha o formulário abaixo. A primeira entrada é livre ;)


Observações:
- É necessário ter endereço de entrega no Brasil;
- A promoção termina em 10/05;
- O resultado será divulgado aqui até 4 dias depois do término.

Boa sorte!


ATL: Abandono Temporário de Livro


Uma coisa é fato: se eu conseguisse ler um livro em no máximo dois dias certinhos, com certeza não teria tantos livros sem ler na estante. Óbvio, minha compulsão por compras é maior que a minha capacidade de ler, então a pilha de leitura só vai aumentando. Aí, beleza, quando você acha que vai organizar suas leituras, seguir uma ordem, chega outro livro que você estava louco para ler ou você percebe que, apesar de estar gostando um pouco do que está lendo, não tá avançando na leitura - e, pá, larga o livro fazendo uma promessa de que em breve você voltará a lê-lo. 
 Porque, gente, vamos falar a verdade: quando nós conseguiremos ler aquele livro que não abandonamos definitivamente? Pois é, também não sei... MAAAAAAS, para não deixar o coitadinho achando que foi expulso, mas somente colocado no banco, criei o ATL: Abandono Temporário de Livro. Espero, de verdade, terminar de ler estes livros um dia - e sempre que algum entrar para o ATL, contarei para vocês meus motivos (talvez isso funcione como um exercício, vai que quando eu tiver que justificar, não ache nenhum argumento e continue lendo, né?).

Não vou considerar os livros que li somente as primeiras páginas e deixei para depois, vou listar somente os que li até quase a metade (ou mais ou pouca coisa menos ou... Ah, qualquer um que eu ache que tenha lido o bastante). Passando o olho rapidamente pela minha estante, consegui contar 11 ATLs e para o post não ficar gigante, vou falar de dois por post =)

Belle - Lesley Pearse
Quando este livro chegou, fiquei babando horrores! Achei a capa e a diagramação lindas, então logo comecei a ler... A história estava realmente legal - sério, essa coisa da Belle ser toda inocente enquanto a mãe mantém um bordel em cima da cabeça dela (quase literalmente rs) e depois ser sequestrada por ser a única testemunha de um assassinato e então ser vendida para outro bordel (e então a vida virar de cabeça pra baixo) realmente me interessou. A autora descreve coisas físicas muito bem, mérito dela. Eu conseguia imaginar tudo (a cidade, a casa da fazenda, o hospital, a enfermeira que cuidou dela etc etc), mas eu não conseguia sentir absolutamente nada! E aí estava o problema: achei a escrita da autora crua neste sentido. Ela escrevia as palavras, mas é como se não colocasse o temperinho para me envolver de fato na situação. Por exemplo, o jeito que ela narra a Belle passeando no parque com um amigo é o mesmo que ela narra a mãe da protagonista recebendo a notícia do sequestro, como se deixando somente para o leitor se virar e criar a sensação (chamei esta escrita de muito manual - mas acho que só faz sentido pra mim). Parei na página 182 (prestes a começar o capítulo 14), mas quero voltar em breve (porque já solicitei a continuação para a Novo Conceito e estava gostando mesmo da história).

Feita de Fumaça e Osso -  Laini Taylor

Eu juro que não sei o motivo exato de ter parado este livro! Uma das capas mais lindas da estante, uma narrativa muito fluída, uma personagem totalmente cool, uma história maluca, mas muito envolvente... e... não sei, parei! Talvez seja aquela coisa de momento, sabe? Eu sentia que estava lendo, mas não avançava (quando na verdade, eu estava acompanhando tudo, era só uma sensação). Acho que faltou paixão (aquela coisa do livro ter todas as coisas que te agradam, mas faltar uma coisa subjetiva - talvez a que mais conte na hora da leitura). Eu quero voltar a ler, porque eu PRECISO saber o que acontece com a Karou (sério, fiquei morrendo de dó dela na parte que parei) e também quero conhecer mais o Akiva (não se assuste com estes dois nomes, tem outros bem piores e incomuns).


No próximo post, falo de mais dois livros na mesma situação.

E vocês, quais livros fazem parte do ATL?

A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista

Autora: Jennifer E. Smith


Hadley mora em Nova York, mas está indo para Londres onde agora fica a casa do seu pai. Ela fez de tudo para não ir, mas, relutante e praticamente obrigada, está chegando no aeroporto. Ela chegou no aeroporto 4 minutos atrasada, perdeu o voo e só embarcará no próximo. Acontece que ela está indo para o casamento do pai e já tinha adiado ao máximo o embarque, deixando somente algumas horinhas para se locomover até o hotel, se arrumar e entrar na igreja como madrinha - e este atraso limita ainda mais seu tempo, já que ela pode chegar atrasada na cerimônia (e sem poder se arrumar decentemente).

Enquanto espera pelo próximo voo, ela conhece Oliver - um inglês fofo que estuda nos Estados Unidos e também está indo para uma cerimônia em Londres. Juntos, acabam conversando sobre muitas coisas, sobre a vida, sobre os problemas que enfrentam e descobrem, na prática, mais sobre o tempo (não, não o meteorológico, mas o que é relativo, o conjunto de minutos ou o amontoado de horas).

Há muito eu desejada este livro - quando ele ainda era só uma capa linda com um título enorme em inglês. Mas, finalmente, a Galera Record lançou o livro e... quanta fofura! Sim, eu já esperava por um romance fofo e isso encontrei. A surpresa foi encontrar ainda mais que isso: uma reflexão sobre relacionamentos e julgamentos (não só amorosos homem x mulher).

A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista facilmente entraria na lista de "livros para ler em um dia", mesmo que eu não tenha, de fato, terminado no mesmo dia que o comecei. Acabei lendo as últimas quinze páginas no aeroporto de Congonhas, enquanto esperava para embarcar para o Rio - e meu voo atrasou. Infelizmente não conheci o amor da minha vida lá, o que significa que estou na parte menor das estatísticas.

Este é um daqueles livros que você quer abraçar enquanto está lendo, pois tudo é tão fofinho, mas ao contrário de muitos livros juvenis, ele não é só uma história superficial de uma adolescente revoltada com os pais que acaba se apaixonando loucamente - este livro narra, na medida certa, um dia na vida de Hadley, uma adolescente de 17 anos que não perdoa o pai por não ter voltado para casa depois de uma temporada em Londres (onde foi dar aula) e, pior ainda, por ter trocado sua mãe por outra mulher que ela não conhece e nem faz questão de conhecer. Hadley não é chata e tem seus motivos (mesmo que egoístas) para ter formado uma imagem negativa do pai.

Sabe aquelas histórias de um dia que muda tudo na vida da pessoa? Então... é mais ou menos assim. Um dia que tinha tudo para ser odioso, acaba se tornando instrumento de mudança na vida da protagonista - e de muitos que a cercam, já que enquanto ela vive seus problemas, muitas outras coisas acontecem (felizes ou não) para outras pessoas. Se Hedley tivesse na minha frente, certamente eu conseguiria descrever uma sombra de amadurecimento nos seus olhos, aquele momento em que quase conseguimos ouvir um "click" e tudo muda (e passa a fazer sentido).

O livro possui uma escrita bem gostosa de acompanhar e muitos "quotes quotáveis" (mesmo que eu não tenha separado muitos, faz tempo que não faço isso com meus livros), mas como narra somente um dia (e apesar de algumas surpresas), o livro não foge tanto da previsibilidade e nem traz muito sobre futuro ou desfecho. Eu esperava um pouquinho mais do romance, algo mais "sensível" e avassalador, mas como tem também o foco no relacionamento familiar (algo que eu não esperava), acabou compensando um pouquinho.

Apesar de amar a capa americana, gostei da escolhida pela Galera Record por trazer mais um elemento do livro (pelo menos eu consegui ver hahaha).

O Inferno de Gabriel - Sylvain Reynard


Um enredo brilhante e personagens ainda em rascunho.

Enigmático, sedutor, impaciente, grosseiro e arrogante, Gabriel Emerson é um renomado especialista em Dante. Durante o dia assume a fachada de um rigoroso professor universitário, mas à noite se entrega a uma desinibida vida de prazeres sem limites. O que ninguém sabe é que tanto sua máscara de frieza quanto sua extrema sensualidade na verdade escondem uma alma atormentada pelas feridas do passado. Gabriel se tortura pelos erros que cometeu e acredita que para ele não há mais nenhuma esperança ou chance de se redimir dos pecados. Julia Mitchell é uma jovem doce e inocente que luta para superar os traumas de uma infância difícil, marcada pela negligência dos pais. Quando ainda era adolescente, Julia conheceu o homem dos seus sonhos. Gentil e carinhoso, ele a levou a um pomar abandonado e lhe apresentou a história de amor de Dante e Beatriz, despertando nela o interesse pela cultura italiana. Mas, ao acordar no dia seguinte, ele não estava mais lá. Sentindo-se abandonada e humilhada, Julia não contou a ninguém sobre aquele encontro e se esforçou para tocar a vida. Porém, jamais foi capaz de esquecê-lo. Quando vai fazer mestrado na Universidade de Toronto, ela sabe que reencontrará alguém importante – um homem que viu apenas uma vez, mas que nunca conseguiu esquecer. 
Parte da sinopse retirada do Skoob.

Terminar um livro sem saber se gostou ou não, quem nunca? Não gostei desta sensação, pois ter o livro como indefinido dá uma sensação que ele foi insignificante - até o livro que você odiou tem sua importância, já que ele provocou alguma sensação (mesmo que negativa) em você. E cá estou eu, olhando para este livro de 500 páginas sem sentir amor, mas também sem sentir ódio.

O pano de fundo do livro é realmente interessante: assim como em A Divina Comédia, temos a representação do homem, da fé e da razão. Durante todo o livro, temos uma discussão constante sobre o poema de Dante Alighieri - seja nas aulas do professor Emerson, seja na intimidade de Julia e Gabriel.

Ela é a personificação da bondade, ingenuidade e inocência - ela é como uma Polyana, aquela que enxerga flores em tudo, que sempre acredita no lado bom das pessoas e na redenção. Já ele é o oposto em tudo, rodeado de pecados, se encontra na escuridão - logo, ela acaba sendo a luz. Mas aí é que tá: achei forçado a forma de trazê-los como opostos. Os protagonistas são extremos - não existe uma ambivalência, ou se é puro ou pecaminoso. Acho que isso deixou os personagens pouco humanos e quase não consegui imaginá-los reais (mesmo que seja ficção, é necessário algum traço de verossimilhança, algo que torne real o que está escrito). Pra não falar que não gostei de nenhum personagem, gostei de Rachel, irmã de Gabriel e melhor amiga de Julia que tem um importante papel na hora de aproximar os dois.

Não vi nenhuma necessidade de estender tanto este livro - sério, acredito que em 300 páginas toda esta história poderia ser contada tranquilamente. Apesar da fluidez da narrativa, achei que tudo acontece em câmera-lenta. Sabe quando você lê alguma coisa e vai passando um filme na sua cabeça? Isso acontece aqui, mas tudo bem devagar, lentamente e eu quase via as partículas de pó a cada movimento. A escrita é mais poética, mas muitas vezes se torna piegas - aquela coisa de "banhados pela luz do luar que invadiaZzzZzzzZz", então...

Uma coisa específica ficou martelando na minha cabeça, mas não sei se será spoiler, então quem quiser se arriscar, é só selecionar o espaço abaixo para ler:

Gabriel não lembrava da Julia - a Beatriz que ele teve uma noite de beijos e amassos no pomar, mas se sente estranhamente atraído por ela agora. E numa bebedeira, ele a "enxerga" e faz toda aquela declaração de amor, mas no dia seguinte, não se lembra de nada e volta a se desfazer dela. Mas, eis que num clique, no fechar de portas do elevador, ele a reconhece e tudo muda. E ele muda drasticamente - se torna a pessoa mais romântica do mundo com ela. 
1. Por que diabos ela não contou pra ele?
2. Por que, de repente, ele se apaixona por ela de novo só por reconhecê-la? Como se fosse algo que desse pra escolher - se ele não a reconhecesse, continuaria a ignorá-la?

Enfim, depois de horas tentando escrever esta resenha, acho que cheguei a uma conclusão: eu gostei ao mesmo tempo em que não gostei - e não tenho mais a necessidade de "catalogar" este livro na estante. Gostei de algumas partes (as cenas sensuais são realmente boas - e Gabriel bêbado também), mas não gostei de tantas outras (achei muita coisa forçada como, por exemplo, a capacidade do Gabriel se controlar em alguns momentos e parecer racional demais)... Com certeza vou querer a sequência, afinal ainda tenho esperanças de encontrar mais coisas do que aqui (aqui só teve um momento "rápido" de clímax e, no meio de tantos empecilhos para o romance, achei bem pouco).

Ah, já ia me esquecendo: diferente do que pensei, este não é um livro erótico. Ele tem cenas sensuais, mas, no geral, é um romance apenas.


A Elite - Kiera Cass


Quando li “A Seleção”, me apaixonei logo de início. E essa empolgação continuou ao longo do livro. Com “A Elite” não foi diferente.


Mesmo com o coração dividido, America tem certeza do que quer e finalmente conversa com Maxon. Afinal, ele é um rapaz carinhoso, romântico e a relação deles é quase sincera (pois ela ainda esconde alguns segredos). Porém logo após essa declaração, America sente que o príncipe se distancia um pouco dela e se pergunta se todas as palavras ouvidas não foram falsas. Quando acha que tudo não passou de um mal entendido, um acontecimento inesperado e, tenho que dizer, horrível, põe em prova tudo o que ela sente e pensa de Maxon. Ele era mesmo aquela pessoa nobre que aparentava ser, ou tudo não passava de uma casca de boa aparência? Será que ele e Celeste teriam mais em comum do que jamais imaginou? 

Acho que eu não poderia falar mais da história do livro sem deixar tudo confuso ou soltar algum spoiler. Assim como eu tenho que explicar que a questão do livro não é apenas quem America vai escolher, ou o príncipe (ei, se ela pode ter uma segunda opção, por que ele também não?). Os ataques rebeldes continuam, e os sulistas estão cada vez piores. Seus objetivos ainda continuam um mistério, mas a mensagem que deixam nas paredes é de deixar qualquer um de cabelos em pé.

Felizmente (sim, eu gosto deles, ok!) os nortistas também estão atuando, e um fato curioso deixa a gente com uma sensação... como posso dizer? Como se estivéssemos torcendo por eles. America tem uma ideia do que eles querem, eu eutô com ela nessa opinião, rsrsrs.

Nesse 2° volume também nos aproximamos mais de Marlee e não deixamos de nos comover com o segredo dela. Sim, finalmente sabemos por que ao mesmo tempo em que ela não quer o príncipe quer continuar na competição. E, bem, é melhor eu deixar isso em reticências.

E se no 1° livro o preferido dos leitores é o Maxon, acredito que nesse eles vão ficar em dúvida... Não aquela dúvida linear, mas bem estilo montanha-russa: agora eu prefiro o Maxon, agora estou detestando ele, agora não sei mais o que pensar... É meio isso, tudo por conta das inúmeras reviravoltas e surpresas que o livro traz.

Sabemos mais sobre as castas, sobre o início de Illéa e seu fundador, e também algo bem interessante sobre a Seleção. Aliás, quando se tem o diário secreto de Gregory Illéa, descobre-se coisas que deviam ter sido esquecidas. Ou melhor, que devem vir à tona...

O livro me instigou do começo ao fim, tirando a ideia de ser uma história fútil para nos apresentar uma verdadeira possível heroína.Me admirei com descobertas tanto sobre Maxon como com algumas atitudes da própria America. Além de criar uma certa antipatia com um certo personagem muito, muito, muito, realmente importante. E ao chegar às últimas páginas, foi meio difícil não querer correr com a leitura. Eu particularmente, fiquei me perguntando se America iria mesmo fazer a loucura que eu acreditava que ela iria fazer. Principalmente porque quando as consequências chegassem, seria quase impossível voltar atrás.

Muitas coisas ficaram em abertos, outras explicadas aos poucos, e tudo com grande choque. E, à maneira como o 2° volume finalizou, eu só posso esperar por muitas surpresas no último volume da trilogia.

O lançamento do livro acontecerá no dia 23/04 simultaneamente nos Estados Unidos e Brasil. Você pode comprar o livro na pré-venda (livro com esmalte | somente o livro

Minhas leituras de março


Sim, já estamos quase na metade de abril e aqui estou eu fazendo um post com leituras do mês passado. Mas, gente, eu não poderia deixar de compartilhar minhas leituras no primeiro mês que consegui marcá-las certinhas (o que li, em qual ordem). Sim, pessoas, eu mal consigo lembrar o que estava lendo ontem (mentira, eu estava tentando terminar O Inferno de Gabriel e, UFA!, consegui), mas é fato que eu não conseguia me organizar (aka anotar no caderninho, já que nunca poderia confiar na minha memória). Então, é mais do que válido fazer este post não só para comentar minhas leituras, como também para comemorar o fato de (pela primeira vez na história desse país) eu conseguir anotar o que li!



Este foi o primeiro livro de aventura que li e adorei! Além de contar com personagens muito carismáticos e engraçados, a história me engoliu e eu me vi junto de Dak e Sera tentando corrigir as Faturas numa viagem do tempo. O livro é menor do que parece: são 240 páginas que voam e me fez querer mais. Fiquei muito animada em poder acompanhar uma série com os mesmos personagens, mas nas mãos de diferentes autores (e mal posso esperar pelo volume da Lisa McMann). Cada volume será escrito por um autor diferente e no sétimo (e último), o autor James Dashner volta para encerrar a aventura.

Este livro se resume a sentimentos. Sério, não consigo pensar nele sem lembrar da carga emotiva que veio junto com a leitura. Foi o livro que li mais rápido do mês (acho que menos de duas horas) e quando terminei, foi como cair bruscamente no mundo real de novo. Ele me sugou - fiquei aflita e encantada. Desejei "sair do mundo" por uma semana como Lorenzo e isto me trouxe várias reflexões. Assim como ele, me senti de mãos atadas em um porão, com alguém implorando por ajuda e ele sem saber o que fazer. Enfim, este livro foi uma avalanche em minhas leituras.

O grande destaque deste mês com certeza foi O Que Não Diz a Lenda. Não foi surpresa nenhuma eu me encantar novamente com um livro da Chris e encontrar uma distopia tão bem elaborada, personagens tão bem desenvolvidos só somaram ao favoritismo. Uma história bem complexa, mas muito clara sobre a divisão do mundo entre três potências (Estados Unidos, China e Rússia) e o que a Terceira Guerra deixou de "herança" para a humanidade: ditadura - ou seja, muita repressão, luta por poder e um grupo lutando por liberdade. Alice é uma guerreira e me encheu de orgulho, mas me envolveu tanto em seus sentimentos, que sofri por cada fracasso ou perda. (tá rolando sorteio deste livro + Sob a Luz dos Seus Olhos e acho, só acho, que vocês não podem perder).


Gostei deste livro muito mais pelo que aborda no contexto do que pelo tema (zumbis) - dá pra entender? No começo, achei que seria somente um livro sobre zumbis, mas como as descrições de R sobre tais seres eram bem repugnantes, acabei me prendendo às questões filosóficas e reflexivas de seu discurso, às questões mais humanas neste mundo pós-apocalipse zumbi. É um livro rápido, sem muitas delongas e ainda mais rápido da metade pra frente. Amei mesmo - achei bem perturbador.

Tivemos uma semana inteira dedicada a este livro, então não sei se vocês já estão de saco cheio ou ainda estão loucos para ler. Diferente de A Culpa é das Estrelas, este não é um livro triste - aliás, a situação pode até estar um pouco melancólica para Colin, já que ele levou um pé na bunda da 19ª Katherine e está naquela fase em que precisa fazer alguma coisa para ser especial, não basta ser um prodígio (como era quando criança), mas ao embarcar junto com seu melhor amigo Hassan para uma road-trip, o livro vai para o lado nerd e engraçado da coisa. Eu posso não ter amado Colin, mas é claro que o entendo e me sensibilizo. Para suprir a falta de amar alguém em um livro, tenho Hassan que me envolveu com seu jeito espirituoso e engraçado. 

6. A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista - Jennifer E. Smith
Foi o último livro do mês que na verdade terminei mesmo em 1º de abril, indo para o aeroporto de Congonhas, mas vou considerar como leitura de março, pois em uma enquete no twitter, vi que ler as últimas páginas de um livro no mês seguinte não tira como leitura do mês anterior rs. 
Eu achei que seria só um romance fofo (amor à primeira vista e talz), mas eis que me deparo com (além do romance) um drama de uma relação mal-resolvida entre pai e filha com sentimentalismo suficiente (nem de mais e nem de menos). Por narrar apenas um dia da vida de Hadley, o livro não é tão surpreendente, mas não deixa de ser empolgante, assim como algumas coisas não foram muito aprofundadas, mas não foram superficiais.

Algumas observações das minhas avaliações no Skoob:
- Um livro não precisa ser 5 estrelas para ser favorito. Ele pode apresentar algumas falhas (pra mim), mas pode ganhar meu coração;
- Nem todos os livros 5 estrelas são meus favoritos. Eles podem ser impecáveis, mas nem sempre ganham meu coração (e isso não é algo descritível, é feeling mesmo);
- Quando um livro é 5 estrelas e ainda é favorito, é porque realmente o achei impecável em todos os aspectos (seja pelo meu lado "resenhista" e pelo meu lado sentimental).

Este mês todas as minhas leituras foram satisfatórias (UEBA!) - acho que isso se deve ao fato de eu escolhê-las bem antes de solicitar para a editora (ou no caso da Chris, já ser apaixonada pelas histórias da autora) e também porque estou abandonando os livros que não estão me prendendo (claro que alguns eu termino mesmo assim, btw).


[Filme] Oz, mágico e poderoso


Deixa eu contar pra vocês um pouco sobre a Carol criancinha fofa (-sqn)... Como toda criança, eu AMAVA ver filmes. Amava do verbo: Ficava o dia todo na frente da tv vendo o mesmo filme se deixassem. Já até contei pra vocês minha linda experiência com Rei leão, né? Então... Um dia minha mamãe querida chegou em casa  com uma fita (VHS gente, vocês sabem o que é isso?) do filme "O mágico de Oz" (Aquele musical, antigo, de 1939). Mais que óbvio que a criança aqui amou tudo! Adorava ver os anõezinhos  a Doroty toda fofa, a Glenda, as músicas que eu não entendia pra cantar junto e etc.

Eis então que me sai este ano um filme intitulado  "Oz, Mágico e Poderoso." e nem preciso dizer que eu fiquei louquissima pra ver, né? E então eu calcei meus sapatinhos de rubi (ou quase isso) e segui pela estrada de tijolos amarelos até o cinema... E vi o filme! \o/ Eba! E vou contar um pouquinho dele pra vocês.



No começo do filme, conhecemos Oz, um mágico trambiqueiro do Kansas que seduz algumas garotas para lhe ajudar com o show e ilude a platéia com truques. Ele sonha em ser um homem grandioso, e admira grande inventores. Até que um dia para fugir de um acerto de contas com um fortão do circo, ele entra em seu balão e é levado por um tornado. Com medo de morrer, ele promete que se for salvo será uma boa pessoa e só usará seu poder para o bem. E então, o tornado passa. O filme, que até então era preto e branco, ganha cor e a tela aumenta. O balão de Oz começa a descer em um lugar completamente diferente e o mágico fica maravilhado com a exótica paisagem.

Assim que pousa, ele conhece Theodora. Ela é uma bruxa da  terra de Oz e quando fica extasiada com a sua presença ali. A bruxa conta a ele que a Terra de Oz está sobre o domínio da bruxa Glinda, uma bruxa má que matou o próprio pai para tomar o trono de Oz. Theodora leva então Oz até o Palácio das Esmeraldas e o apresenta à Evanora, sua irmã. Convencido pelas duas irmãs de que a bruxa má é na verdade Glinda ele parte à procura dela para que possa destruir sua varinha e assim tomar posse do trono da Terra de Oz.

No meio de toda essa aventura vamos descobrindo então um pouco mais sobre a Terra de Oz, seus moradores, as bruxas e suas histórias. Muita coisa que vemos no filme original de 1934 é explicada no filme. Conhecemos os Munchikins, vemos como o mágico conseguiu toda a sua fama de poderoso, como e porque ele aparece daquela forma, atrás de uma máquina, entre muitas outras coisas. Coisas que a gente nem sabia que precisava ser justificada, aparece nesse filme.

Preciso dizer que eu amei? Cheguei em casa já baixando o filme original pra rever e pensar: Há, agora eu sei porque isso acontece assim (e cantar as músicas também, claro)! Agora, uma coisa que eu não vi no filme, senti muita falta e achei que os produtores pecaram em deixar de fora foi a história dos sapatinhos de rubi. Eles simplesmente não aparecem no filme e fiquei #xatiada por isso. Mas toda a beleza de James Franco no papel do Oz compensa essa falha! ;)

Então se você gosta do filme original de "O mágico de Oz", corre ver pra descobrir muitas coisas legais sobre ele e amar ele ainda mais. Se você não gosta também, vai ver porque quem sabe desse você gosta. Eu amei e recomendo!

Destino Sombrio - Luís Dill


Esse foi um livro que me chamou a atenção pelo teor de mistério que ele promete. E, bem, digamos que foi uma leitura interessante e diferente...

O livro é dividido em três partes, contadas no passado, presente e futuro. As duas últimas são de Gildo, o personagem principal, e a narrativa do passado é de uma garota. Com o desenrolar percebemos que a garota é um amor dele que não deu certo...

Enquanto no passado a garota conta em como odeia gente velha e o que pensa dos homens, no presente Gildo está dirigindo um carro, pára em um bar e fica aflito quando um policial começa a conversar com ele. No futuro ele está na casa do irmão, pensando no que fazer a seguir e como seus atos passados refletirão no seu futuro.

Ao longo da história nos perguntamos como o relacionamento dele não deu certo com a moça (ou melhor, por que começou, dada a devida moça!), qual o conteúdo do misterioso embrulho no carro e porque faz uma viagem tão longa para encontrar o irmão do qual quase não se relaciona.

Tenho que confessar que não gostei muito da leitura de início. E não, não foi por conta da divisão em três tempos. Na verdade achei isso um recurso muito interessante para o teor mistério/suspense. Só não sei dizer, talvez por que uma coisa não se encaixava muito na outra, não havia fatores a mais para despertar nossa curiosidade. Infelizmente tais fatores só surgiram na metade pro final do livro. Felizmente é um livro de leitura rápida, então não dá para ficar entediado. Terminei o livro em apenas 4 horas!

Acho que pelo livro ser bem curtinho, é uma história que vale à pena. O motivo, como já explicado, é pelo fator mistério só ter sido incrementando lá pela metade da história. Mas o que tornou o livro chocante mesmo foi o final, aquela última frase que muda tudo. E, olha, tenho que confessar, foi muito bem feito. De vez em quando eu voltou para aquela última frase, ainda não acreditando completamente no que aconteceu. No quesito “surpresa” o autor está de parabéns.

A editora também arrasou com a diagramação. Diferente, com páginas inteiras com figuras condizentes com a história, ou apenas postas ali para dar aquele impacto. Algumas páginas também estão coloridas, como se quisesse dar uma cor à narrativa (sabe, o preto para trazer o suspense, essas coisas...). Nunca vi um livro assim, e achei diferente.

Acredito que aqueles que apreciam uma leitura rápida e dinâmica irão gostar do livro, assim como os que curtem um leve suspense. É um ótimo também para quem está começando a adquirir um gosto pela leitura ;)