Oi, leitores(as)! Tudo bom com vocês? Bem, cá estou eu de novo, com mais um romance de banca para o nosso Bau de Romance (*-*). Trouxe, dessa vez, um romance da Sabrina, bem leve, da série A Cegonha Chegou - sim, pode dizer, essa série é de não sei quantos milênios atrás! Não me importo de gostar de coisa antiga (rs). Tudo bem, vamos à resenha, então? Desculpa se ela sair longa demais, é que adoro falar sobre os livros que leio ( [; ).
Autora: Laurie Paige
Editora Nova Cultura
Sinopse: Um bebê forte e saudável!
Stacy Gardenas ia dar à luz a qualquer instante! E estava isolada pela neve no chalé de seu patrão nas montanhas, sem um hospital, ou futuro marido, por perto. Isso significava que o bonito e taciturno advogado Gareth Clelland não tinha outra opção a não ser fazer o parto ele mesmo, quer gostasse ou não!
Mas quem seria o pai?
Com um recém-nascido nqs braços e cercado de fraldas por todos os lados, Gareth já não parecia tão intimidador como de costume. Stacy sabia que ele não era o tipo de homem que cantaria cantigas de ninar ou falaria na linguagem tatibitate dos bebês, porém, o parto inesperado o obrigara a agir como um pai orgulhoso. E isso a fazia ter esperanças de ouvir um inesperado pedido de casamento!
Resenha:
Não sei se li muitas estórias com um teor tão leve e ingênuo. Verdade seja dita, eu esperava muito mais do livro - não sei se pelo título ou se pela capa fofinha -, mas, mesmo assim, achei-o adorável. Para mim, que sou acostumada com livros com mais ação, o livro pareceu um pouco parado... Muito dramático... Mas a estória é realmente bonita. è muito agradável acompanhar as brigas constantes de Stacy e Gareth (rs).
Stacy é viúva e está grávida, porém, ainda trabalha (mesmo estando no final da gravidez). A verdade é que ela é um elemento insdispensável no escritório de advocacia de Gareth, e, por isso mesmo, ela decidiu não parar de trabalhar. Seu marido morreu há mais de oito meses, e ela ainda sofria com o vazio provocado pela perda tão repentina... Um dia, seu marido estava lá, sorrindo para ela, no outro... Estava morto. Quando esse fato da vida dela foi contado, me senti tocada pelo seu sofrimento. Ela, agora, seria uma mãe solteira, e, muito na verdade, tinha medo de toda essa nova situação. Já amava o filho que esperava, maas isso não impedia com o medo estivesse presente - amor não é igual a segurança, afinal. Mesmo assim, ela não esperava que um único fato, uma escolha ao acaso, a fizesse mudar tão drasticamente de vida... Ela resolvera, num dia, ir entregar os documentos do seu chefe Gareth ela mesma, mesmo com toda a ameaça de nevascas, na casa de campo dele (ou algo assim); e entrou em trabalho de parto bem no meio do caminho! Conseguira chegar à casa do chefe antes do trabalho de parto entrar em um estágio elevado, mas, para azar dela e de Gareth, não podiam contar com o auxilio de ambulância ou atendimento médico qualquer...
Gareth teria de fazer o parto ele mesmo.
Coitado, ficou mais perdido que pinto no lixo! Imagine só o choque que ele levou ao ver sua melhor secretária bem ali, em sua frente, no meio de uma nevasca, e em trabalho de parto! Quase que teve um troço, creio eu. Apesar de toda a dificuldade, e desespero bem escondido, ele conseguira fazer o parto (Que homem corajoso, e gentil!). Mas, não conseguira evitar de sentir-se triste, melancólico, ao ver a cena de mãe e filho juntos, ali, bem em seu quarto. Ele perdera a sua noiva, que estava grávida de dois meses, há três anos atrás, num acidente de carro. Sua vida estava tão vazia, quando se referindo ao amor, quanto o de Stacy; só que esta ultima, agora, tinha ao menos alguém em quem depositar algum afeto, e recebê-lo também: seu filho recém-nascido. Gareth não tinha ninguém. E nem conseguia ter. Na verdade, ele se fechara para o amor de tal forma, que nenhuma mulher conseguia satisfazê-lo. Ele descobriu isso durante os três anos que se seguiram após a morte de sua esposa, quando ele tentara desesperadamente esquecê-la nos braços de outra. Não deu certo. Com nenhuma. Mas que sentimento era aquele que ele sentia por Stacy....?
Gareth, talvez por sua vida sem amor, é um cara indeciso - tão indeciso, que até dói. É estranho... Numa hora, ele parece estar bem, feliz; em outra, é novamente aquele Gareth distante das pessoas, gentil, mas frio. Uma falsa cordialidade sempre tingia seu sorriso, e este era constante. Porém, Stacy o vira revelar-se verdadeiramente várias vezes, após o nascimento de seu filho, e essa mudança de humor - de personalidade, eu diria - que Gareth sofria, a deixava confusa. Ela já sabia que o amava. E também sabia que esse seu amor não seria suficiente para tirar de Gareth sua dor passada.
Já eu, acho que os dois são perfeitos um para o outro, e soube disso desde o inicio do livro. Não é porque eles são os personagens principais de um romance de banca, mas por suas histórias de vida... Pelo que sofreram. Ambos perderam as pessoas amadas, e ambos não sabiam mais, muito bem, como amar. Apesar disso, as mudanças constante de (personalidade) humor de Gareht, sempre estragava qualquer clima que pudesse haver entre ambos! Uma hora, lá estava ele, se jogando em cima dela, mostrando-se preocupado com seu bem-estar; em outro, ele a tratava como se ela fosse uma conhecida distante! Nunca vi um cara tão indeciso. "Ou quer, ou não quer!" - tive vontade de gritar isso para ele, durante mais ou menos 70% do livro (rs).
O final, apesar disso, foi o melhor. Não havia como a escritora ter feito um tão bem feito! Não parecera tão forçado - como muitos romances de banca pecam em fazer -, e foi agradável, mesmo assim. Já os personagens, sempre são muito confusos. Se você me perguntasse as caracteristicas principais de Gareth, por exemplo, eu não saberia dizer. O homem é um completo camaleão - muda feito um, pelo menos. Não houve um aprofundamento muito grande no que ambos sentiam, quero dizer; só o suficiente para não tornar o livro sem sentido, mas, mesmo assim, não é como se nós nos sentíssemos dentro da pele dos personagens. Acho que o livro ficaria perfeito se a narração fosse feita em primeira pessoa, com alternação de capitulos entre Stacy e Gareth. Seria menos impessoal. O livro seria mais valorizado.
Recomendo-o, por sua beleza e simplicidade - ingenuidade. Não posso garantir que ele agradará à todos, e já disse o por quê: é bem puxado para o drama, e os personagens (lê-se: Gareth) são um tanto confusos, inconstantes, e, apesar disso, muito impessoalmente descritos. Mas, quem gosta de um romance inocente, pode investir que não se arrependerá. Eu não me arrependi.
Beijos e boa leitura!
Ass.: Arine-chan