Não sei por onde começar... Posso resumir?
Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros… Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.
Hazel Grace é uma garota de 16 anos com pulmões de araque. Ela foi diagnosticada com câncer aos 13 e, apesar do Milagre da diminuição do tumor, sua vida é um infinito muito menor do que ela gostaria. Como paciente terminal que carrega pra onde vai seu cilindro de oxigênio,ela frequenta um grupo de apoio (quase que obrigada pela mãe) e lá conhece um cara
Este é primeiro livro que leio de John Green e já estou tentando arrumar espaço na minha estante
Os personagens são terrivelmente delicados e cruelmente cientes do que são. Não existem palavras suficientes para descrever Hazel. Ela é exatamente o que imagina ser - não existe uma idealização, um sonho impossível. As mesmas coisas que passam pela cabeça dela, são as mesmas coisas que acontecem em seu dia-a-dia. E isto é um reflexo real da sua condição: não existe esperança para o amanhã, não existe tempo para depois. Isso não significa que Hazel seja dramática, muito pelo contrário. Ela é realista, divertida...
“Se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é, na melhor das hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato… na boa…”August ou Gus, como prefiro, perdeu uma perna por conta do câncer e é aquele cara direto e ao mesmo tempo fofo. É o cara realista que diz coisas lindas. Por isso, e muitos outros motivos, acabei o assimilando muito com Cole da trilogia Os Lobos de Mercy Falls (não significa que sejam iguais, porque também consigo enumerar muitas diferenças entre eles, acho que foi porque Cole estava recente na minha cabeça, btw). Isaac, o melhor amigo de Gus, perdeu a visão por conta do câncer e com isso, perdeu também a namorada. Conseguem imaginar a fragilidade da história?
O livro conta com o mesmo "artifício" usado em Quarto: as coisas mais simples da rotina, viram nome próprio. Isso evidencia como Hazel tem pouco tempo: talvez ela tenha tão poucas coisas que as coisas mais simples tornam-se coisas muito importantes. Um exemplo é quando seu tumor diminuiu. Poderia ser um milagre, mas para Hazel e sua família aquilo tornou-se o Milagre.
"Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso."John não contente em nos contar os poucos dias do infinito dos personagens, também envolve a família deles (no caso de Hazel e Gus). Isso me matou, gente. Eu estou bem no meio do caminho: sou mãe e também sou filha. O mesmo sofrimento que eu poderia passar, eu também poderia causar. E esse sofrimento, Hazel também deixa claro: ela se sente como uma granada que pode explodir a qualquer momento e machucar todos que estão próximos.
Sofridamente triste, mas impecavelmente encantador. LEIAM, LEIAM, LEIAM!
Uma palavra para definir o livro: OK.
Sorteio do livro:
Depois de ler este livro tão maravilhoso, minha vontade é que todo mundo faça a mesma coisa. E, por isso, vou sortear DOIS exemplares de A Culpa é das Estrelas. Para concorrer, comente na resenha e preencha o Rafflecopter. Se quiser mais chances, complete as chances extras ;)
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Boa sorte ;)