Não sei como começar essa resenha. A única coisa que eu sei é que eu ainda estou sem ar depois do final desse livro.
Atenção! Esse post contém spoiler do primeiro livro da série. Confira a resenha dele aqui.
"Tudo o você era, a vida que tinha, as pessoas que conhecia... adeus." Ela balança a cabeça e completa com um pouco de firmeza: "Não existe o antes. Só existem o agora e o que vem depois."
Depois de fugir para a selva e ter deixado Alex para trás, Lena se vê em um território desconhecido e completamente perdida. Ela só esteve uma vez na selva, e naquela vez estava com Alex. Agora ela está sozinha e não sabe para onde ir. Lena vaga vários dias, até ser encontrada por um grupo de Inválidos que a levam até o local que eles vivem, apelidado de Lar. Lá, eles cuidam dela até sua recuperação e ela começa então a descobrir como é a vida desse lado da cerca.
Mas é possível construir um futuro a partir de qualquer coisa. Um detrito, uma centelha. O desejo de ir em frente, lentamente, um passo de cada vez. É possível construir uma cidade arejada a partir de ruínas.
A vida na selva é completamente precária. Graúna, a chefe do grupo, cuida de Lena até sua recuperação e explica para ela como tudo funciona na selva. As pessoas que vivem no Lar vivem de caça, e de suprimentos que os simpatizantes e inválidos infiltrados na cidade mandam para eles por um rio. Eles vivem com o mínimo do mínimo, racionam tudo, até mesmo a água. No começo, Lena demora um pouco para entender como tudo funciona, mas pouco a pouco ela vai entrando na rotina de sua nova realidade. E essa necessidade de sobrevivência a ajuda a esquecer um pouco que Alex ficou para trás. Ela sabe que Alex morreu para que ela pudesse viver, e decide não deixar que a morte do seu amado tenha sido em vão. Ela volta a correr, recupera o que pode da sua força e juntamente com Graúna e Prego, ela se junta à Resistência e vai para a cidade, como uma curada.
Lena, Graúna e Prego vão então à Nova York. Lá os três assumem uma nova identidade, como curados, e além de recolherem alimentos, remédios e suprimentos para o pessoal que está na selva. Lena se infiltra na associação America Sem Delíria, ASD, para recolher informações que seja útil para a Resistência, grupo de Inválidos que lutam pela liberdade de poder viver sem a cura. Dentro da ASD, ela tem a missão de ficar de olho em Julian, um importante membro da associação, representante dos jovens na luta pela cura do amor deliria nervosa. Por causa dessa missão, Lena acaba se aproximando mais do que gostaria de Julian, fazendo o rapaz, que ainda não recebeu a cura, se questionar até em que ponto a cura é válida ou não.
Ele fala de um jeito tão gentil que meu peito se parte em mil pedaços. Isso não estava nos planos. Não era pra acontecer.
Bom, pra quem gosta de aventura, Pandemônio é um prato cheio! Lauren nos mostra Lena na sua luta pela sobrevivência na selva e depois sua aproximação com Julian em Nova York, com muitas cenas de ação, perigo. Já a vida na selva, a autora foi bem realista quanto ao modo de vida dos Inválidos. Ninguém lá vive de amor, eles realmente vivem como fugitivos que são, lutando para sobreviver, passando frio, fome. É bem verdadeira e nada fantasiado, o que eu particularmente achei muito legal porque você imagina: Ah, se eu tivesse vivendo nesse lugar, eu ia fugir, viver com meu amor felizes para sempre e blá blá blá. Mas não é tão simples assim. A vida na selva é uma coisa louca. E lá eu só lembro de ter visto um casal que realmente vive junto, tem filhos e etc, que a Lauren deixa claro que eles acabam sendo a exceção da regra na selva.
A narração toda é eletrizantes, dinâmica e faz o leitor perder o fogo. O que pode ser um pouco chato é que os capítulos do livro são alternados entre o Agora, Lena em Nova York, e o Antes, Lena na selva. Quando li outros livros com uma narração nesse estilo, eu achei cansativo, mas em Pandemônio essa característica dá um brilho a mais na história e aguça a curiosidade do leitor, pois no final a maioria dos capítulos acaba com aquela sensação de "OMG! E agora?" e quando partimos pro próximo capítulo nos encontramos em outro tempo, outra situação, e aí temos que ler o capítulo pra chegar logo o próximo e saber o que aconteceu. E assim, tudo vai fazendo você querer ler mais e mais do livro, saber do que acontece depois e quando você vê, acabou!
E quando acaba... Ah quando acaba! Preciso falar que o final desse livro é uma coisa... Inexplicável! Deixem antes eu fazer uma confissão: Assim que eu coloquei as minhas mãos no livro, corri para a última página e li a última palavra do livro. Foi algo que me deixou completamente atônita e o que alimentou ainda mais a minha fome de leitura. Mas o choque eu levei ao ler aquela palavrinha mágica não foi nem um décimo da minha reação ao ler a cena final. Eu li tantas resenhas falando que o fim era OMG!, mas nunca me passou pela cabeça que fosse assim, tão... ARRRGH! POR QUÊÊÊÊÊ? Fiquem sem ar com aquele final. E uns dois dias depois de ter terminado de ler eu ainda ficava sem ar ao lembrar dele porque é muito... Inexplicável! E o pior: a história não tem exatamente um final, porque acaba no meio de uma cena que... OMG!
Pandemônio é um livro eletrizante. Eu particularmente gostei bem mais de Delírio, por toda historinha de Alex e Lena. Não gostei muito de Julian, e muito menos da historinha entre ele e Lena (sou #TeamAlex para sempre), mas ainda assim, o final faz o livro todo valer muito a pena! Pra quem gosta de uma boa distopia e uma boa história de amor, a série é um prato cheio, e já virou de longe a minha série favorita.
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