Quantic Love - Sonia Fernández-Vidal

Sabe quando um livro é legal, mas tem um "mas" depois de qualquer coisa positiva? Então.

Laila terminou o ensino médio e quer juntar dinheiro para a faculdade, por isso decide passar uma curta temporada na Suíça, onde vai trabalhar em uma cafeteria do CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares). Acontece que ela mentiu no currículo e, na verdade, não tem a menor experiência com a preparação de cafés, e é aí que surge Alessio, um jornalista italiano com pinta da galã que acaba ajudando a preparar seu primeiro capuccino.

No CERN, ela acaba dividindo o quarto com Angie - uma garota um tanto singular, com corpo invejável e um cérebro de gênio. Aliás, ela está rodeada de gênios - ali é o maior centro de pesquisas do mundo. E, durante uma visita guiada pelo campus, ela conhece Brian, um cientista focado em suas pesquisas, mas muito misterioso, de poucas palavras e sem o menor jeito com mulheres. Laila viajou com um objetivo, mas não esperava que nesta curta temporada aconteceriam tantas coisas capazes de mudar sua vida. 

Este livro não é nada do que eu esperava. Isso não é ruim, mas foi difícil assimilar o conteúdo com a minha expectativa. Ok, não sei exatamente o que esperava, mas era algo mais intenso, até mais maduro, mas mesmo assim consegui concluir a leitura relativamente satisfeita.

"- Um autor clássico afirmou que "com o beijo começa isso". Uma história de amor é como um Big Bang, deve ter um início. Depois será preciso ver qual é o universo que essas duas pessoas são capazes de criar."

Até metade do livro, temos várias explicações cotidianas para fenômenos físicos/científicos. Algumas partes são legais de acompanhar, mas outras nem tanto. Eu simplesmente lia, mas não é algo que tenha a acrescentar no enredo, somente para reafirmar a ambientação da história, afinal, estamos cercados por cientistas e estudantes, e a protagonista é totalmente leiga no assunto, então acaba anotando diversas histórias em sua caderneta para depois mostrar para os seus pais. Ela também escreve alguns emails para eles e é notável o afeto que sentem e isso foi uma parte fofa do livro.

Foi interessante acompanhar a evolução de Laila naquele ambiente onde ela se sentia totalmente deslocada. Grande parte disso se deve à colega de quarto, Angie, que se mostra muito mais amável e amiga do que o breve primeiro encontro deixou parecer. O envolvimento de outros amigos de Angie também enriquecem a história, mesmo que eu não tenha me apegado a um, em particular. Laila narra a história em primeira pessoa de forma divertida, dando um ar engraçado às suas constatações.

A protagonista parece sofrer da síndrome de Bella - sempre se colocando para baixo e com uma auto-estima muito negativa. Isso até pode se justificar pelo ambiente em que ela está, mas não faltam pessoas querendo alegrá-la e mostrando o quanto ela é importante. O romance é digno de Malhação (da minha época, pelo menos): a mocinha dividida entre dois caras, um que tem tudo que uma mulher quer, que é galanteador, lindo etc etc e outro totalmente o oposto, somado à falta de comunicação, interpretação precipitada de sinais blá blá blá. Certeza que vocês conhecem isso de cor. Não poderia ser mais clichê, o que é uma pena, pois isso é o que ocupa metade do livro. Neste momento, eu fiquei mais envolvida com a leitura, mas pela facilidade com que a narrativa fluía e foi também onde mais senti falta de alguma coisa realmente relevante para o desenvolvimento da história. 

Enfim, este livro começa promissor, tem um desenvolvimento fácil, mas falta muita, mas muita história consistente para classificá-lo como favorito.

Liberta-me - Tahereh Mafi

Empolgante, surpreendente e de uma narrativa tão meiga quanto fantástica.

Pode conter spoilers do primeiro livro - Estilhaça-me - nos dois primeiros parágrafos.

Se no final de “Estilhaça-me” Juliette estava animada com o Ponto Ômega, agora nem tanto. Sim, as pessoas devem ser legais, Castle é atencioso e agora ela está segura. Porém algumas coisas ainda não mudaram. Como os olhares enviesados, os cochichos quando ela passa, a preocupação e o medo de se aproximarem... São raras as exceções e Juliette não está tão feliz com isso. Depois é o seu treinamento que não está progredindo em nada, principalmente porque Juliette se recusa a aceitar seus poderes. Como fazer isso se tudo o que ela faz é matar com a própria pele?

“Duas semanas desabaram na beira da estrada, abandonadas, já esquecidas. Há duas semanas estou aqui e, em duas semanas, instalei-me em uma cama de cascas de ovo, imaginando quando alguma coisa vai quebrar, quando eu serei a primeira a quebrá-la, imaginando quando tudo vai desmoronar. Com duas semanas, eu devia estar mais feliz, mais saudável, dormindo melhor e mais tranquila neste espaço seguro. Em vez disso, fico preocupada com o que vai acontecer quando se eu não conseguir acertar, se eu não descobrir como treinar da forma certa, se eu machucar alguém de propósito por acidente.“

Porém a heroína não é a única a enfrentar desafios. Adam também está descobrindo seus poderes, e quando é exposto ao leitor sua verdadeira natureza... Digamos que Juliette tem um bom motivo para ficar triste e odiar sua pele amaldiçoada. É como se eles tivessem voltado a estaca zero, e as esperanças parecem novamente perdidas. E quando acham que nada mais podia piorar um sequestro faz o Ponto Ômega entrar num estado delicado e Juliette descobrir que ela está numa situação pior ainda. Com Warner sendo o ponto central dessa trama.

Assim como em Estilhaça-me, esse livro me deixou louca de curiosidade e num suspense daqueles! Caramba, a trama é simplesmente fabulosa e é difícil largar o livro. E mesmo para quem detesta triângulos amorosos (como eu) vai adorar esse: a mocinha sendo disputada pelo herói e pelo vilão. E isso com acontecimentos, mudanças e revelações que vai colocar Juliette naquela corda bamba... Eu já tenho o meu preferido, e sei que o coração de Juliette balança muito para um lado só. Porém e se o que ela sabe sobre Warner for virado de cabeça para baixo? E se eles tiverem mais em comum do que ela imagina?

“Sinônimos se conhecem como velhos colegas, como um grupo de amigos que viu o mundo juntos. Eles trocam histórias, lembranças sobre suas origens e esquecem que, embora sejam parecidos, são completamente diferentes e, embora compartilhem certas características, um nunca poderá ser o outro. Porque uma noite tranquila não é igual a uma noite calma, um homem firme não é igual a um homem estável e uma luz brilhante não é igual a uma luz reluzente, porque a maneira como são usados em uma frase muda tudo.”

Porém acredito que o melhor do livro, e também o mais diferente, é a escrita de Tahereh Mafi. Fora os famosos trechos riscados, nesse livro (pelo menos não percebi no primeiro) ela usa muito de uma linguagem poética. Muitas frases, por exemplo, sem vírgula, o que repassa melhor ainda que estamos dentro da cabeça de Juliette. Em outros trechos, também, as palavras não estão como deveriam estar.
“Eu ofego

e

o mundo

d e s a  p  a   r   e   c    e”

O que mostra que ela está desmaiando. Achei genial, diferente, e aproxima muito o leitor da mente da narradora. Lindo, fabuloso.

É o segundo livro da trilogia, e todos que amam distopias, romances platônicos (e muito fofos), uma mocinha tão forte quanto frágil e uma trama que choca o leitor vão se apaixonar e render pelo enredo. Recomendo que compre logo “Estilhaça-me” e siga Juliette em sua busca por quem ela é até o final. É incrível!

Mini-Opiniões: O Segredo de Emma Corrigan - Sophie Kinsella

Mini-Opiniões é uma coluna original do blog português Estante de Livros, adaptada aqui para o blog.

Já que bastante gente não conhece os livros únicos da Sophie Kinsella, decidi dar uma maior atenção à eles nas "mini-opiniões"! O Segredo de Emma Corrigan é um dos meus livros da Sophie menos preferidos, mas ainda assim, continuo gostando muito de lê-lo.
O livro fala de Emma Corrigan, uma garota de MUITOS segredos. Ela basicamente não vive a vida de forma verdadeira, e sempre esconde algumas coisinhas "não-tão-importantes" das pessoas com quem convive. Acontece que voltando de uma reunião de negócios desastrosa, o avião em que Emma está passa por uma turbulência muito grande e quase cai. Nesse momento, com medo do que pode acontecer com sua vida, Emma desembesta a falar para o homem que está sentado ao seu lado sobre todos os seus segredos mais íntimos, incluindo algumas reflexões pessoais sobre seus colegas de trabalho.
O problema disso tudo é que o avião de Emma não cai, e o homem que está sentado ao seu lado é ninguém mais do que o fundador e presidente da empresa onde ela trabalha. É assim que Emma se mete na maior enrascada de sua vida. Pra resumir bastante minha opinião sobre esse livro, eu até gostei, mas tem algumas coisas nele que não funcionaram para mim... achei o cara desse livro muito canalha! (HAHAHAHA) Emma deu chances demais pra ele, principalmente no final, que pra mim foi o cúmulo. Mas ainda assim, releio sempre que dá vontade, porque afinal, continua sendo Kinsella!

[Resenha+Promo] Cinder - Marissa Meyer

Se existe um curso chamado "Como Terminar um Livro e Deixar o Leitor Desesperado pela Continuação", Marissa Meyer com certeza frequentou todas as aulas e foi uma aluna exemplar com notas máximas. A prova é este livro.

Num mundo dividido entre humanos e ciborgues, Cinder é uma cidadã de segunda classe. Com um passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de conto de fadas com ficção distópica. 

O livro é uma releitura distópica e sci-fi do clássico infantil (ou nem tanto) Cinderela. Aqui não temos um governo totalitário na Terra, mas sim uma rainha lunar doida para dominar o mundo. Isto parece extremamente conspiratório, mas não somos empanturrados com tais estratégias, pois acompanhamos a versão das vítimas, no caso, os humanos e mais precisamente (digamos que a vítima imediata) a população de Nova Pequim (é um efeito dominó. Uma decisão do Príncipe Kai afeta sua vida, então afeta a vida de Cinder - segredos -, depois toda a população de Nova Pequim e então o mundo inteiro). 

"- Imagine se houvesse uma cura, mas encontrá-la lhe custasse tudo. Arruinaria completamente sua vida. O que você faria?"

Ultimamente tenho lido muito sobre contos e releituras e isso já é uma tendência literária desde os lançamentos dos novos filmes da Branca de Neve (claro, já existiam várias releituras, mas elas ganharam força e destaque). É possível encontrar desde livros eróticos até este aqui, futurístico.

No início, achei que me perderia nestas descrições de androides, ciborgues (e lunares), mas a narrativa em terceira pessoa facilmente me envolveu e, mesmo que não tenha sido fácil ilustrar todas essas "máquinas" na minha cabeça (ter assistido a animação Astro Boy ajudou neste momento), eu fiquei perdidamente fascinada por esta história. Assim como na história original, Cinder não tem uma vida fácil e sofre na mão da madrasta, além da meia-irmã, Pearl. São poucos os momentos em que elas estão juntas, mas são suficientes para me embrulharem o estômago e fazerem meus olhos lacrimejarem. Veja bem, consegui sentir mais raiva de Adri (a madrasta) do que de Levana (a rainha lunar que pode iniciar uma guerra épica, dominar o mundo etc). Adri fez uma coisa simplesmente imperdoável, inacietável e eu fiquei MUITO chateada (sério, fechei o livro em choque, sem acreditar). 

Todos os personagens do livro são dignos de destaque (e alguns, de desprezo) e a autora soube trabalhá-los muito bem. A Iko - androide de Cinder - é uma amiga e tanto, dá vontade de pegar no colo e sair carregando por aí, assim como Peony - meia-irmã de Cinder que acaba contraindo letumose, a peste que coloca em xeque a população. O príncipe Kai é encantador, mesmo que eu ainda o ache um mistério. 

Se tratando de uma releitura, o livro tem lá suas partes clichês, que eu já imaginava que aconteceriam, mas o ineditismo fica por conta de como vai acontecer, de tudo que acontece antes e depois daquele fato (que eu já sabia) - o que surpreende. Apesar de saber os "pontos-chaves", não fazia ideia de como a autora traria aquilo à tona. 

Amei este livro! Terminei totalmente em choque e querendo a continuação para ontem - Scarlet será uma releitura da Chapeuzinho Vermelho e vai dar continuidade à história de Cinder de forma secundária. Ok, eu sei que alguns de vocês vão comentar sobre esperar o próximo para ler, mas preciso falar: mesmo tendo uma continuação (e o desespero que isso me trouxe), vale a pena ler este livro antes de saírem as continuações, pois ele carrega muita história.

Sorteio do livro
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Todo Dia - David Levithan

Existem 435 mil palavras no dicionário Aurélio e nenhuma faz jus à grandiosidade deste livro.


Cada dia A acorda em um corpo - ele é um gay, ela é uma suicida, ele é um drogado, ela é popular... as possibilidades são infinitas, a única certeza é que nunca será a mesma pessoa. A não é um garoto ou uma garota, ele simplesmente é aquilo que é. A sabe que não pode fazer mudanças bruscas nas vidas das pessoas, mesmo que fique muito tentado a isso. Até que um dia ele é Justin - um cara normal, mas que despreza a - como A acaba descobrindo - encantadora namorada.

"Enquanto cochilamos, sinto uma coisa que nunca senti. Uma proximidade que não é apenas física. Uma conexão que desafia o fato de que acabamos de nos conhecer. Um sentimento que só pode vir da mais eufórica das sensações: a de pertencer a alguém."

A se apaixona por Rhiannon, mas é simplesmente impossível qualquer romance, pois naquele dia ele é Justin, no dia seguinte ela é Leslie, no outro é Skylar e assim infinitamente. Todas as regras pareciam claras na cabeça de A, mas a cada dia que acordava, seu pensamento era Rhiannon. Até que ficou insuportável e ele faz de tudo para encontrá-la. Todo dia. Mas até onde ela consegue suportar não saber quem vai encontrar?

Este livro me trouxe uma infinidade de pensamentos e acho que cada pessoa vai entender uma coisa, vai se apegar a um fato e isso é, inclusive, uma das minhas teorias sobre ele: nem tudo é uma coisa ou outra. Por que tudo precisa de uma definição? Por que necessitamos catalogar cada pessoa como se fossem espécies em potinhos com etiquetas em um laboratório?

A primeira impressão que temos de A é que é do sexo masculino, pois seus adjetivos são do gênero, mas isso é mais uma impossibilidade da nossa língua do que uma indicação. Normalmente, em inglês, os adjetivos são impessoais e a determinação de gênero se dá pelo sujeito - o que deixa a indefinição de A muito mais clara.

Este livro é algo parecido com genial. Acho que o autor poderia dar qualquer rumo à sua história, eu ainda estaria encantada por suas palavras. Este é aquele livro que eu quero que todo mundo leia, que não se apegue ao amor instantâneo, que não se incomode com a indefinição de A, que não se importe com rótulos. Todo Dia fala de coisas que acredito e nenhuma pessoa próxima a mim pensa. Ele fala de coisas que  nenhuma conversa seria profunda o suficiente para trazer à tona. É um verdadeiro encontro com meus pensamentos. Marquei inúmeras frases e gostaria de compartilhar todas, mas vou deixar para vocês conferirem no próprio livro e marcarem as favoritas. Porém, não poderia deixar de citar uma que fez total sentido para mim e instantaneamente me lembrou do Marcos Tavares (blog Capa e Título), mais precisamente de uma "conversa" que tivemos em dois ou três tweets e, como ele é extremamente especial pra mim, acabei associando esta frase àquele pequeno momento:

"Vamos até uma esquina onde algumas pessoas estão protestando contra a comemoração. Não entendo o porquê. É como protestar o fato de algumas pessoas serem ruivas.
Na minha experiência, desejo é desejo, amor é amor. Nunca me apaixonei por um gênero. Apaixonei-me por indivíduos. Sei que é difícil as pessoas fazerem isso, mas não entendo por que é tão complicado, quando é tão óbvio."

Assim que terminei o livro, conversei com a Mari (blog s2 Ler), porque eu precisava ver se mais alguém tinha entendido como eu entendi, se mais alguém teve a mesma sensação que eu... ah, nem sei como explicar, mas fiquei de queixo caído quando terminei este livro. Chegamos à conclusão que humano nenhum é capaz de ser tão altruísta ou evoluído o suficiente para isso, mas por que, como etc, vocês só saberão quando lerem, o que sugiro que vocês façam o mais rápido possível! (e se precisar externar alguma coisa depois, podem me chamar no twitter ou no facebook)



Uma Garrafa no Mar de Gaza - Valérie Zenatti

Dois jovens, dois povos e um desejo: A Paz

Uma explosão acontece dentro de um café perto onde Tal mora em Jerusalém. Isso a deixa assustada, afinal, uma jovem que tinha vinte anos estava com o pai e morreu antes de finalmente vestir seu lindo vestido branco para se casar. Depois desse atentado, a israelense não para de pensar na morte, nos palestinos, na guerra...etc. Resolve escrever uma carta. Não para uma pessoa conhecida e sim para um estranho do outro lado. No caso um palestino. Na carta ela transmite seu medo, seus sentimentos, suas recordações, sua esperança perante o conflito entre Israel e a Palestina. Depois de colocar dentro de uma garrafa, Tal pediu a seu irmão que é enfermeiro na faixa de Gaza, joga-la no mar. Ela pensa que outra jovem poderia ler sua carta e respondê-la, mas para sua surpresa foi um garoto.

“Sinto muito medo e muita esperança ao escrever para você. Nunca escrevi uma carta para alguém que não conhecesse. Dá uma sensação estranha. Não tenho certeza de estar conseguindo dizer o que quero.” – Tal Levine, 17 anos, Israelense.


O livro é maravilhoso. Ele é fino, só tem 122 páginas, mas é tão pesado, tão carregado de emoção, de verdades, de amor. Fiquei emocionada ao ler esse livro e fiquei horas refletindo a situação dos outros jovens que não conhecemos além do terror da guerra. Só sabemos o que vemos na TV que é ódio, sangue, mortes, destruição. Porém, não é só isso que lemos no livro. A autora conta os dois lados da “moeda”, as duas vidas desses jovens cheios de esperanças.

“Os palestinos não falam hebraico, minha cara, não em Gaza, em todo caso. Você não acredita realmente que nos ensinem a língua do inimigo como língua estrangeira...” – Naim, 20 anos, Palestino.


No inicio, Gazaman que é o pseudônimo do menino nas mensagens, é cheio de ironia, e muitas vezes irrita Tal, não acreditando na esperança ou numa paz. No entanto, isso é apenas fachada. Ele é igual a ela. Naim escreve sobre o medo, a destruição e a morte, ele transmite seus sentimentos no papel, mas como suas ideias são diferentes de outros palestinos, ele queima, joga fora para ninguém ver. Ele é um rapaz que mora no lugar que não tem nada, apenas com ódio e vingança sendo seus vizinhos.

“A Faixa de Gaza é só areia, algumas Oliveiras, e casas cinza, dezenas de milhares de casas cinza apertadas umas contra a outras de maneira sufocantes. Em suma, a lixeira pública da região.” – Gazaman.


Como dois jovens desconhecidos, eles pensam estar apaixonados, mas não passou disso. As cartas e depois os emails, eram marcados por lamurias, preocupações, sonhos, recordações e desejos de paz.

A escrita é brilhante, verdadeira. Podemos imaginar como sendo a menina que quer fazer cinema, e o menino que quer ser médico. A autora toca no assunto tão delicado com maestria e conduz com um final com gostinho de quero mais. É extremamente tocante esse livro. Não é um romance com água e açúcar, não é só história geopolítica, não é apenas aventura. É um gênero a parte.

Não tenho palavras para dizer o quanto eu amei. Vale muito, muito a pena ler a vida de uma Israelense e um Palestino no meio dessa guerra.

OBS: Fizeram um filme também, eu ainda não vi, mas pelo trailer eles modificaram algumas coisas. Como sempre

Mini-opiniões: Três é Demais - Ali Cronin

"Era estranho vê-lo tão confiante e concentrado e saber que em algum lugar daquele cérebro cheio de talento esportivo havia espaço para gostar de mim."
Bem, galera, já dá para perceber que a citação acima é sobre um dos personagens que mais me encanta neste livro. Por quê? Simples, não é só porque se trata de um menino, mas alguém sensível, preocupado com os seus amigos, além de parecer ser lindo *-* e tímido.
Por onde começo esta resenha? Posso dizer que este livro, já pelo nome, imaginei que se trata-se da vida de Cass. Afinal ela é aquela do grupo que chamamos de nerd, além de ter uma família rica, um namorado lindo e blá blá blá.
A vida nem sempre é como sonhamos, já que Adam (namorado de Cass) não se dá bem com o seu grupo e vice-versa, mesmo ela tentando fazer de tudo para eles se acertarem. Especialmente Adam e Jack!
A leitura desse livro, por mais que ela seja igual aos anteriores (rápida, fácil e tudo mais) eu demorei para terminar pois ou andava com o livro na mão para ler, ou tinha que muitas vezes colocar o celular para lembrar de pelo menos ler um capitulo por dia. O que ocorria é que eu não consigo ler apenas um capítulo, sempre no final de cada capítulo te deixa com gostinho de quero mais, ai você acaba lendo mais um e depois mais um e assim por diante. Confesso que no meio do livro eu li a ultima linha do livro pra saber como terminava, mas não entendi então resolvi ler do modo tradicional mesmo.
Pelo que eu estava vendo o quarto livro se chama Lições de Amor, já imagino de quem conta a história e imagino que vocês também. Então nos vemos na próxima resenha! =D

Fica a dica!

Infinity Ring: Dividir e Conquistar - Carrie Ryan

Esta é uma resenha dupla - a opinião da Ceile está com esta cor e a minha, com esta.
Uma ótima combinação entre computadores e livros, e uma estimulante chamada aos adolescentes a entrar de cabeça numa boa história.
Achei estranho o livro começar com Sera, Dak e Riq em Paris de 885, e não na Revolução Francesa, como acaba o último livro. Esperei fazer qualquer menção àquele acontecimento, mas nenhum detalhe. Foi então que me lembrei dos jogos, mas vou falar deles mais tarde... Bem, voltando..., eles usam o Anel do Infinito para viajar até a Paris medieval, entrando no meio de um “debate” entre Vikings e francos, a fim de obter a rendição de Paris para aqueles “brutamontes” (porque, cá entre nós, eles são mesmo grandes). Uma grande trapalhada de Riq e outra maior ainda de Dak (sim, ele consegue ser capturado porque quis ver um barco viking perto demais) faz com que Sera acredite que algo está muito errado. Afinal, as Reminiscências estão cada vez piores, o que quer dizer que não estavam conseguindo consertar a tal Fratura. Mas será que eles estão mesmo no lugar certo e na hora certa?

Quando vi que um autor diferente iria escrever um livro, me senti meio com um pé atrás. Não queria gostar de um livro porque gostei da escrita de um autor, e odiar outro pelo motivo inverso. Mas até que Carrie Ryan não me decepcionou. Embora tenha sim uma escrita própria, não foi nada que comprometesse muito a história, e até achei esse enredo mais trabalhado.

Eu fiquei mais curiosa para saber como seriam as diferenças nas narrações, mas não notei algo realmente gritante que fosse possível diferenciar um autor do outro - algo que acho que será impossível não acontecer no próximo volume, já que Lisa McMann tem uma narrativa absolutamente peculiar. 

Como eu não sabia nada do ataque Viking e nem pesquisei sobre (por causa do livro) fiquei tão cega quanto os personagens sobre o que eles deviam fazer. Ou seja, novamente a expectativa do que devia acontecer, as dúvidas sobre certas escolhas (né, Dak!) e principalmente o desenrolar dos acontecimentos. E quando achamos que tudo havia acabado, vem a autora e dá aquele “tahdah!”. E, assim como no primeiro livro, o final de “Dividir e Conquistar” foi, bem, interessante...

Algo que me chamou atenção no primeiro livro e eu tenho a impressão que foi mais atenuado neste são as cenas fortes. Veja bem, não há uma carnificina, mas as cenas do trabalho do trio no navio em Um Motim no Tempo foram bastante realistas e quase palpáveis (sério, meu estômago embrulhou); desta vez há mais cenas fortes, mesmo que não descritas detalhadamente (não há uma lupa em cada morto, mas acontecem umas mortes bem cruéis). Eu fico imaginando a faixa etária a qual o livro se destina, mas ao mesmo tempo isso me deixa confortável ao ver que, em nenhum momento, a autora (os autores) subestimam a maturidade do leitor (e a inteligência dele, já que a série tem como base fatos históricos). Até então, achei que as histórias seguiriam um caminho mais didático e com foco nos fatos, mas fiquei feliz em me sentir, de fato, dentro daquele cenário (e não só uma espectadora) com o trio - e, cara, Dak sabe se meter em encrencas! Ainda espero mais informações sobre a SQ - algo que eu acho que deveria ter no primeiro livro. 

Sobre os jogos... Não, eu não cheguei a jogar (o computador não permitia), mas eu dei uma olhada na proposta. O primeiro jogo se passa na Revolução Francesa, o que explica a falta de detalhes dela. E nele nós temos que ser mesmo Guardiões da História e impedir que a SQ controle a família real e torne a Revolução um fracasso. Acho que foi uma ótima maneira de unir aqueles apaixonados por computadores e jogos aos livros, e também uma forma, acredito eu, bem eficaz de interação com a estória.

Por isso recomendo essa série especialmente aos adolescentes, tanto pela linguagem leve do enredo quanto pelo fato deles poderem “entrar” na estória e ajudarem a escrevê-la. Uma ideia muito bem utilizada, novamente e que acho que pode dar certo.

Infinity Ring: Um Motim no Tempo - James Dashner

Esse livro já foi resenhado aqui no blog pela Ceile, mas como estamos na semana especial da Editora Seguinte e vamos postar uma resenha do livro 2 dessa série no Domingo, mais uma resenha do livro está entrando aqui! Através de muita confusão e informações históricas, James Dashner nos fez entrar de cabeça nessa aventura.

Dak Smyth e Sera Froste são dois grandes amigos e gênios. Ele sabe todos os detalhes da História (não estou exagerando), e ela adora física, num nível que ultrapassa professores universitários. Como eu disse dois gênios, porém de áreas completamente diferentes, mas que acabam por se combinar perfeitamente nesse livro.
Acontece que o mundo está uma desordem, por assim dizer:

Não era só com os desastres naturais que ele estava preocupado. Ou com os apagões. Ou com a falta de comida. Havia também as Reminiscências. Todos os dias, ao chegar em casa, Brint olhava para a fotografia pendurada acima da lareira — ele e sua mulher sentados à beira de um rio, o sol refletido na água atrás deles — e sentia um nó no estômago. Uma espécie de vazio se instalava em sua mente e o deixava extremamente desconfortável. Faltava alguém naquela foto. Não fazia o menor sentido, mas ele tinha a mais absoluta certeza de que faltava alguém ali.

No meio de todo esse desastre, os pais de Dak viajam e ele dá um jeito de ficar com a chave do laboratório deles. E para Sera não há nada mais fascinante do que descobrir no que tanto os pais de Dak trabalham. Por isso a empolgação dela com aquela informação e mais ainda quando entra no laboratório e fica “fuxicando” o que tem por ali. Sério, a garota pega uma invenção quase concluída, realiza uns cálculos, fica concentrada por horas a fio e então consegue terminar o que os pais do garoto não haviam conseguido: descobriu a peça faltante para fazer o Anel do Infinito funcionar e poder, assim, viajar no tempo.
Logo em seguida eles descobrem a maior missão da vida deles: consertar o tempo. Porque, afinal, ele não está mesmo funcionando como deveria.

Por fim eles terminaram de dar a volta e retornaram ao salão das Explorações, onde ficaram parados durante o que pareceram longas horas, assistindo a uma exposição sobre a descoberta do continente americano pelos célebres irmãos Amâncio. Todo mundo já conhecia essa história, e o guia deixou de lado a melhor parte — o destino terrível do homem que os irmãos heroicamente rebeldes deixaram para trás em sua jornada, Cristóvão Colombo. Na verdade, Serasó tinha ouvido falar de Colombo porque Dak gostava muito de contar aquela história. Seu nome jamais havia sido citado em uma aula, ou durante as comemorações do feriado dedicado aos Amâncio.

Uma história bem leve, e muito curiosa também. Principalmente por causa de todas as distorções que houve na história. Apesar de ser um livro pequeno e de pouco enredo (confesso que realmente não há muito conteúdo) a história é empolgante, cômica e divertida. Como eu disse, é um livro leve, e perfeito para relaxar e relembrar fatos históricos. E, como todo bom livro, o final foi uma ótima e ansiosa deixa para o próximo volume.
Gostei desse autor, porém acho estranho cada livro da série (7 livros) ser escrito por um autor diferente. Estou em dúvida se as escritas serão semelhantes ou algum livro vai desagradar por ser de um autor diferente. Ainda assim achei a ideia bacana. Acredito que é uma história que vale a pena conferir. Esse leva minha nota máxima.

Falando sobre A Seleção

Hoje vou falar um pouco sobre os livros da série A Seleção. Como a Kiera Cass, autora dos livros, virá para o Brasil agora em Outubro, decidimos que seria legal juntar todas as informações que temos sobre a série, as datas e algumas polêmicas em um post só, pra facilitar tudo pra vocês.

Essas são as capas dos dois livros lançados até hoje!
Pra quem não conhece (e provavelmente mora dentro de uma caverna), a trilogia distópica fala da vida de uma garota, America, que é selecionada junto com outras 34 garotas para "A Seleção", um programa criado para escolher a futura esposa do príncipe de Illéa, o novo nome dos Estados Unidos no futuro. A Pâmela, aqui no blog, já resenhou os dois volumes lançados até agora, e o link para a resenha de "A Seleção" é este aqui e o link para a resenha de "A Elite" é este aqui. Se você quiser saber mais sobre a trilogia, leia os dois posts!

O primeiro livro foi lançado no Brasil em Setembro do ano passado, e se chama "A Seleção". O segundo, lançado simultaneamente no Brasil e nos EUA em Abril desse ano, chama-se "A Elite".

Capa de "O Príncipe"
A autora dos livros também escreveu um "spin-off" (um livro que se passa no mesmo universo) de A Seleção, dando uma visão breve de Maxon, o príncipe, de alguns acontecimentos anteriores à Seleção e de uma pequena parte do começo do mesmo livro. Ele se chama "O Príncipe", e foi lançado no Brasil (e pode ser baixado gratuitamente no site da Editora Seguinte nesse link) no dia 5 de Março, apenas como eBook (assim como nos Estados Unidos). 

Outro "spin-off", dessa vez com a visão de Aspen, será lançado em Fevereiro do ano que vem, dessa vez com os fatos de "A Elite", e se chamará "The Guard" (O Guarda, em português), novamente apenas em eBook. A Editora Seguinte lançará o eBook em português simultaneamente, e também será gratuito!

A novidade foi que nos Estados Unidos, será lançado um livro físico que irá conter os contos O Príncipe e O Guarda chamado "The Selection Stories", e a Editora Seguinte já anunciou que também irá lançá-lo aqui no Brasil ao mesmo tempo, também em livro físico. Será mais ou menos em Fevereiro do ano que vem. Esperemos!

ESSA CAPA É FANMADE!
Uma pequena dúvida foi gerada quando um fã fez essa capa aí do lado para "The One" e jogou no Tumblr, deixando todo mundo um pouco confuso se aquela seria ou não a capa original. A Kiera Cass já disse, por meio de seu twitter, que essa NÃO É A CAPA ORIGINAL, e que a original será lançada em breve.

O terceiro e último livro da trilogia, "The One" (o nome em português será "A Escolhida", como já oficializado pela Editora Seguinte), será lançado simultaneamente no Brasil e nos EUA, e está previsto para 6 de Maio de 2014. É longe, pois é, mas estou com uma impressão de que toda essa demora vai valer a pena! Os livros até agora foram bem legais, super rápidos e divertidos.

E AGORA, a parte que todos estão esperando! Mas quando é que Kiera Cass vem pro Brasil e quais são os dias oficiais da visita dela?

- Dia 25 de Outubro (sexta-feira): Kiera Cass irá para Cachoeira (BA), para o Flica.
- Dia 28 de Outubro (segunda-feira): Kiera Cass irá para o Rio de Janeiro.
- Dia 29 de Outubro (terça-feira): Kiera Cass irá para São Paulo.

Os locais ainda não foram divulgados, mas devem ser anunciados em breve, dado a proximidade das datas. Fiquem ligados no Facebook da Editora Seguinte para mais informações!

É isso, pessoal! Como final, eu só posso dizer: CORRE, LEIA A SELEÇÃO, VALE A PENA E AINDA DÁ TEMPO DE CONSEGUIR UM AUTÓGRAFO!

Laços de Sangue - Richelle Mead

Das todas séries que já li sobre esses famosos vampiros (House of Night/ Crepúsculo) nenhuma das duas se igualou com o primeiro volume de Bloodlines, que é spin-off da série Vampire Academy.

Sidney é uma jovem alquimista designada para proteger a princesa e vampira Jill a fim de manter o equilíbrio na corte Moroi. Para ela o único motivo para que a princesa precise de proteção é o fato de a mesma estar correndo um perigo de vida, uma vez que ela já foi vítima de um ataque. Nessa nova missão, Sidney vai desvendar mistérios inimagináveis, e o que ela pensava ser apenas mais uma tarefa rotineira se mostrará uma descoberta surpreendente, com mentiras e grandes revelações. 

Como falar de vampiros sem soar clichê? Muitos leitores devem se perguntar isso quando uma nova série surge abordando o tema. Posso afirmar com absoluta certeza que Richelle Mead soube dar seu toque especial em Laços de Sangue mantendo as características comuns como pele muito branca, beleza e caninos aparentes. Os Moroi e Strigoi, por exemplo, me deixaram fascinados e interessados para saber mais a respeito de ambos. A primeira raça é de vampiros mais “pacíficos” enquanto a segunda é mais sanguinária, não tolera a luz do sol e se alimenta das suas vitimas até tirar a vida das mesmas. 

Como muitos leitores sabem, a série é derivada de Academia de Vampiros, e traz vários personagens já conhecidos. “Mas, Lucas, será que eu não vou ficar sem entender alguma coisa por não ter lido a outra série?” Creio que não, até porque eu mesmo não li e consegui entender muito bem o primeiro volume desse spin-off. Claro, existe um spoiler de Vampire Academy em Laços de Sangue, mas não me incomodei. Aliás, não saberia qual é o spoiler se não tivesse perguntado para quem já leu VA. 

Sidney, a protagonista, é muito bem construída. Palmas, Richelle. Gostei muito da personalidade da garota, que apesar de jovem é valente e pensa muito antes de tomar qualquer atitude. E o Adrian então? *suspira* Além de lindo de morrer, como todos os Moroi, ele é muito sarcástico e conseguiu me tirar boas risadas ao longo da leitura. 

A narrativa é ótima também. O que me impressionou foi que além da velocidade, Richelle parece ter um jeito próprio de avançar a trama ao decorrer das páginas. Em um paragrafo estamos num dia e determinado dialogo e no seguinte a história já avançou consideravelmente para um dia ou semana mais a frente, se atendo apenas ao que interessa.

Laços de Sangue foi uma leitura marcante. Li o livro sem expectativa nenhuma e ao final pensei: E agora, cadê a sequência dessa história maravilhosa? Apesar de não trazer um tema inovador, Richelle Mead soube conduzir a trama prendendo minha atenção do começo ao fim. O final tem ação numa dosagem bem grande para satisfazer o leitor e o ressurgimento de um personagem de Vampire Academy.

Esta resenha foi feita pelo Lucas a convite do blog e você pode conferir mais resenhas (e outros posts) dele no blog Descobrindo Livros.

Semana Especial Seguinte: Informações e Sorteios



Hoje começa uma semana especial aqui no blog e... hm... errr... eu não sei como fazer a abertura de uma semana especial porque eu nunca fiz uma x.x Queria começar com uma frase genial, mas, bem, não rolou. Vamos logo às informações desta semana:

Entre os dias 18 a 24 de setembro, teremos uma semana inteira dedicada à Editora Seguinte com resenhas, informações e sorteios (este post é do sorteio, por exemplo).


a Rafflecopter giveaway
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  • Os sorteios terão 14 dias de duração e quem comentar em todos os posts, acumulará mais pontos. Os pontos extras para comentários já estão liberados, mas, por favor, não preencham antes de comentar. Cada dia sai um post novo e só depois dele é que você poderá completar, ok?
  • A primeira entrada no sorteio é livre, todas as outras chances são opcionais;
  • É necessário ter endereço de entra no Brasil;
  • São dois livros = dois formulários = dois ganhadores. O prazo para responder o email é de 72 horas, após isso, será feito um novo sorteio.
Boa sorte a todos e espero que gostem desta semana (e de todas as outras *cof cof*)

Alguns produtos para quem ama ler

Alguns links deste post estão desatualizados, mas fizemos um novo cheio de coisas igualmente lindas para quem ama ler, veja aqui. Alguns produtos para quem ama ler

Quem não pira quando vê algum produto relacionado ao seu livro favorito? Desde que vi algumas almofadas de Crepúsculo e Jogos Vorazes, minha vontade é sair comprando todas e encher meu quarto delas. Além das almofadas (que não achei para colocar aqui *fuéin*), existem outros produtos como camisetas e bijuterias lindas!

1. Camiseta - O Guia do Mochileiro das Galáxias
2. Camiseta - Clube da Luta
3. Camiseta - George R.R. Martin
(nesta loja, além das camisas geeks, tem vários pôsteres)


4. Camiseta Jogos Vorazes
5. Camiseta Jogos Vorazes - Tordo
6. Camiseta A Culpa é das Estrelas - Infinitos
7. Camiseta A Culpa é das Estrelas - Okay
(nesta loja também tem fronhas ♥)



8. Caneca Crepúsculo - Bella
9. Caneca Jogos Vorazes - Katniss
10. Caneca Game of Thrones - Stark
(esta é uma das lojas mais completas que conheço. Tem MUITA coisa legal lá - e várias delas, personalizáveis)




11. Colar Relíquias da Morte
12. Colar Mini Livro Divergente
13. Chaveiro Mini Livro A Culpa é das Estrelas
14. Pulseira Anna e o Beijo Francês
15. Pulseira A Culpa é das Estrelas
16. Pulseira Harry Potter
(todos os produtos dessa loja são artesanais e você encontra vários modelos de chaveiros e bijuterias)

Alguns produtos que eu já comprei e indico:


Os bottons do blog eu fiz com o Rafael (twitter dele aqui) e indico muito pelo preço (achei muito barato) e pela a qualidade (sério, adorei!). Já os da foto foram feitos por duas pessoas: os de livros são da Camila (twitter dela aqui) e os pequenos são da loja Taste of Ink Store.



A Helana faz coisas lindas com feltro. Por mim, eu teria um de cada produto, sério! Eu comprei marcadores de feltro e uma bolsinha para livros (que não está na foto). Ela também faz capas para livros e eu tô louca por uma com alça *------* Vocês podem ver os detalhes e mais produtos aqui.

Espero que tenham gostado e se tiver alguma loja para indicar, só deixar aí nos comentários ;)


Mini-Opiniões: Sonhos - Alyson Noël

Mini-Opiniões é uma coluna original do blog português Estante de Livros, adaptada aqui para o blog.

Sonhos foi minha primeira experiência com a autora Alyson Noël e devo dizer que foi bem bacana. Apesar das letras serem irritantemente pequenas, o que me fez levar uma semana inteira para lê-lo e ter tido muitas dores de cabeça, gostei do livro. É um tema diferente e que foi explorado de forma fantástica pela Alyson. A narração em primeira pessoa é feita pela protagonista Daire, um adolescente descendente de uma poderosa linhagem de xamãs, chamados de Buscadores de Almas. Claro que a garota não sabia de nada disso, mas após um “surto” em plena praça pública no Marrocos, os médicos não veem solução a não ser interná-la. Daire sabe que não é maluca e sua mãe, Jennika, também. No entanto, ela não sabe o que fazer para se livrar da visão dos corvos e das pessoas “brilhantes”. Sem opção, Daire é levava para a casa da avó e nem faz ideia de que ela tem grandes segredos para revelar. Como era de se esperar, a garota acha tudo a maior loucura e tenta fugir da cidadezinha, até que ela sofre um acidente e é obrigada a ficar mais tempo do que imaginava. O que ela não contava, é que fosse gostar de estar naquele lugar. A partir daí o livro se torna bem interessante, envolvendo magia, coisas místicas e grandes descobertas. O texto é riquíssimo de informações, nos leva para um mundo pouco explorado e a experiência é ótima. Em alguns parágrafos a autora repete palavras – que a meu ver não seriam necessárias -, mas felizmente é fácil ignorar. Como todo livro, a mocinha vai precisar combater os vilões. Porém, as coisas ficam mais complicadas quando seu inimigo é irmão gêmeo do garoto que ela está a fim. Uma batalha que já dura há gerações, mas que entrou em desiquilíbrio quando o pai de Darie faleceu e não atendeu ao seu chamado. Agora, é ela quem deve lutar para manter a paz e os inimigos afastados. Como disse no início, o tamanho da fonte utilizada incomoda bastante e, se você tem algum “problema de vista”, vai achar péssimo. No mais, é uma leitura agradável, a protagonista não é uma chata (mas tem seus momentos), tem um romacinho, suspense e sobrenatural tudo na medida certa. O segundo livro, Ecos, foi lançado nessa Bienal do Rio e já está na minha lista de compras.

[Resenha+Promo] O Jogo da Mentira - Sara Shepard

Por favor, cadê a continuação disso aqui? É uma necessidade!

Emma não teve uma vida fácil. Fora abandonada pela mãe ainda criança e, desde então, fica passando de casa em casa, vivendo com famílias provisórias. Ela está agora na casa de Clarice com o meio irmão Travis que acaba armando para ela. Emma realmente gostaria de ficar naquela casa até terminar os estudos, mas depois que ele mostrou um vídeo na internet de uma menina idêntica a ela sendo estrangulada "de brincadeira", não há outra saída a não ser abrir mão dos seus planos.

Ao pesquisar na internet, ela encontra Sutton no Facebook. Será que ela tem uma irmã gêmea? Será que a mãe entregou esta irmã para adoção? É a oportunidade de conhecer alguém da sua família, quem sabe até viver em uma verdadeira família.Depois de uma rápida troca de mensagens, elas combinam de se encontrar. O problema é que Sutton foi assassinada e Emma acaba assumindo, sem querer, o lugar da irmã. Ela agora tem uma família - rica, algo totalmente diferente do que estava acostumada -, amigas um tanto quanto cruéis e superficiais e um mistério a desvendar: quem matou sua irmã?

"Nós duas tínhamos segredos. Nós duas estávamos muito sozinhas."

Meu interesse por esse livro surgiu depois de ler essa resenha da Ni e, como não ganhei a promoção, solicitei para a editora. Eu já sabia (mais ou menos) o que esperar e, mesmo assim, o livro me surpreendeu.

Eu estava ávida pela ação, pelo suspense, mas como temos duas pessoas que não sabem de nada, isso demora um pouco a acontecer. Sutton, a irmã morta, é quem narra esse livro - olha que legal: ela narra em primeira e terceira pessoa, sem qualquer separação. Isso indica, também, que ela desconhece a "Sutton" que todos conhecem. Ela não era o tipo de pessoa que alguém (em sã consciência) se orgulhasse de ser. Ela não se lembra do que aconteceu, tampouco quem a matou; ela só tem alguns - poucos - flashbacks de situações específicas. Emma sabe tanto quanto Sutton: NADA. E isso é tudo que prende a atenção neste primeiro momento: Emma levando uma vida que não é dela sem fazer ideia do que houve com sua irmã gêmea. Depois as coisas começam a ficar muito mais tensas e os perigos passam a ficar "mais reais".

Gostei desse livro pela leveza de uma trama adolescente, mas tratando de perigos tangíveis - pfvr, alguém MATOU a menina! Desconfiei de todas as pessoas possíveis, bem, Sutton era odiosa, principalmente pelo Jogo da Mentira (mistério, mistério), mas quem teria coragem  de realmente matá-la? Além deste suspense, o livro tem base no relacionamento familiar, por mais que seja algo sutil. Emma precisa sentir o afeto familiar e, além dos nomes que ela dá às estrelas e a busca pela irmã, ela faz várias referências à mãe biológica, algumas lembranças que ela tem de momentos bons (ou nem tanto, veja bem, os parâmetros dela são outros). Isso me tocou bastante, confesso.

Eu não li Pretty Little Liars, assisti somente alguns episódios avulsos da série televisiva, mas já consigo imaginar que seja o mesmo clima; as amigas, o jogo, os segredos... Bem, este livro atiçou minha vontade de ler PLL.

Ok, The Lying Game é uma série de livros e eu simplesmente PRECISO do próximo!

Sorteio do livro
Quer concorrer a um exemplar de O Jogo da Mentira? Preencha o Rafflecopter abaixo - a primeira entrada é livre e, para mais chances, preencha as demais opções. Boa sorte e boa leitura ;)

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Não Conte a Ninguém - Harlan Coben

Devo confessar que, embora adore os livros do Harlan, comecei esta leitura de forma tão despretensiosa que quase chegou a ser um insulto ao mestre do thriller. Sim, mestre. Fiquei horas tentando reunir palavras para elaborar esta resenha e espero que esteja à altura de como realmente me senti lendo esta obra e, antes de iniciar, quero dar um conselho: não subestime as - APENAS - 256 páginas.

A história narra a vida de David Beck e sua frustrada tentativa de superar a morte da esposa. Após esse fatídico acontecimento, David nunca conseguiu entender o porquê e culpava-se por não tê-la protegido. E nem poderia. Ele foi golpeado e quando recuperou a consciência, Elizabeth já se fora. Os anos se passaram e mais nada de extraordinário aconteceu. Até aquele dia. O dia em que uma mensagem misteriosa aparece em seu computador.

Com uma narrativa concisa,  mas cheia de nuances e mistérios, Harlan nos faz mergulhar de cabeça (com roupa e tudo) na trama. Nos sentimos verdadeiros detetives ao tentar entender e desvendar as novas pistas que surgem no decorrer das páginas e tudo vai fazendo sentido conforme as peças desse enigmático quebra-cabeça começam a se encaixar.

O mistério envolve, basicamente, o motivo pelo qual um caso - aparentemente - já resolvido, volta à tona. O assassino foi preso. A vítima "vingada". Mas será que isso foi o suficiente? Por que David é obrigado a reviver os momentos de dor que jamais conseguiu esquecer? O que ganham com isso? Por que não o deixam em paz? Ele já não sofreu o suficiente?  Essas e muitas outras perguntas surgem durante a leitura.

No entanto, nada se compara àquele último capítulo. O autor nos presenteia de forma magnífica, pois ele praticamente escreve "dois" finais. Quando você pensa que todo o mistério foi solucionado, uma grande revelação é feita e você fica... WHAT? Não é óbvio, não é previsível. É simplesmente surpreendente. Um thriller eletrizante e que vale à pena cada página.

Talvez leitores mais jovens estranhem certas descrições e sintam um excesso de revelações num único capítulo, fazendo com que sintam meio perdidos, mas a meu ver essa foi a grande jogada. De repente, você acha que sabe tudo e que não vê nada além de um homem perturbado pelo fantasma do seu passado... E então o autor abre a porta da esperança e uma enxurrada de informação é liberada. Maravilha.

Li o livro rapidamente (e ele nem estava na minha lista de prioridades) e me arrependi. Pensei: devia ter deixado para lê-lo depois. No bom sentido... Afinal, ainda estou tão "chocada" que vou precisar de alguns gêneros diferentes para curar a "ressaca".

Para você que é fã de romances policiais, Harlan Coben rocks. Não Conte a Ninguém é uma leitura marcante e daquelas que você lê numa "sentada" e, mesmo já sabendo o final, você deseja ler novamente.