Era ele. Ele estava com as mãos no bolso da jaqueta de couro, encostado na parede da catedral, olhando com um ar pensativo para o horizonte sem uma gota de tensão em seu corpo. Era como se ele estivesse esperando um ônibus. Só que ele estava a trinta metros do chão, flutuando em cima do nada. Do nada.
Elixir é o primeiro livro de uma trilogia da famosa
atriz e cantora Hilary Duff. Já conhecia de nome, mas nunca havia me
interessado anteriormente por ele. Depois do lançamento dos outros dois
volumes, a Editora iD fez um box incrível e, pela primeira vez, meus olhos
brilharam ao ler os títulos. Mesmo assim, não busquei por qualquer informação
extra, exceto pela sinopse e resolvi arriscar a leitura. Fico muito contente em
poder dizer-lhes que Hilary surpreendeu-me com sua escrita e com um enredo
cativante.
Clea Raymond está às vésperas de seu 18ª
aniversário e tem se refugiado em lugares exóticos desde que assumira um
pseudônimo para conseguir um emprego como fotojornalista. A jovem sempre viveu
sob a luz dos holofotes – pois seu pai foi um renomado cirurgião e sua mãe é
senadora –, mas felizmente não se tornou uma patricinha mimada, nem se
aproveitou da fama para ter uma vida badalada de celebridade. Ao contrário,
Clea disfruta melhor a vida quando está em total anonimato (prova disso é ter
escolhido estudar em casa, ao invés de ir à escola) e ao lado de seus melhores
amigos, Rayna e Ben.
Seu pai, Grant, desapareceu no Rio (isso mesmo,
você leu certo, no Rio de Janeiro) durante uma missão humanitária da GloboReach
– que era uma espécie de ONG – e, após passar anos à sua procura, ela e a mãe
decidiram por fazer o funeral mesmo que isso implicasse em enterrar um caixão
vazio. A mãe desde então não conseguia falar sobre o assunto e depois de assumir
o mandato e o cargo no comitê de Relações Exteriores, a relação entre elas
virou um abismo. Clea ignora, na medida do possível, essa distância e tenta
deixá-la de lado para não magoá-la, porém o lado positivo dessa estranha
relação é a independência e maturidade que ela conquistou.
Além disso, ela também é muito determinada. E essa
determinação jamais a permitiu ficar satisfeita com o desaparecimento
enigmático do pai. Ao chegar de Paris, Clea vai editar e analisar algumas fotos
e percebe que uma pessoa misteriosa e nada familiar está presente em quase
todas as fotos da viagem. De início, imagina que seja um guarda-costas
contratado pela mãe, mas então considera o fato de que ele pode ser um
maníaco-psicopata-assassino e que está atrás dela para sequestrá-la/matá-la ou
algo do tipo. Desesperada, prefere pedir ajuda de Ben e não de Rayna, já que a
amiga apesar de aceitar de tudo na vida, é praticamente uma desmiolada (no
sentido de que pra ela tudo é festa).
Ben, um jovem que, inicialmente, fora contratado
pelos pais para proteger e orientar Clea, passou de seu “carrasco” a melhor
amigo. Não sendo suficiente ser lindo e atraente, o cara em seus APENAS 20 anos
já tem um doutorado, é poliglota e especialista em história e mitologia
(apaixonei de vez). E, claro, sabe de tudo um pouco. Ben revela a amiga que o
homem de suas fotos vem aparecendo desde que ela era um bebê e que seu pai já
sabia disso, o que a deixa intrigada e passa a ser a razão pela qual ela aceita
o trabalho que lhe é oferecido para fotografar o carnaval do Rio.
Decidida que o homem tem uma ligação forte com o
sumiço de seu pai, Ben e Clea embarcam para o Brasil em busca de respostas.
Nessa viagem ela enfim conhece Sage e descobre que a ligação entre eles vem de
vidas passadas e que Ben completa um triângulo amoroso que dura séculos.
Dividida entre o amor do melhor amigo e de sua alma gêmea, Clea precisa
encontrar um equilíbrio e descobrir se o Elixir que o pai acreditava existir
foi, de fato, a causa de seu desaparecimento, ou se a violência das favelas foi
o que o levou a sucumbir.
Gente, parece que eu contei o livro inteiro, mas
acreditem, Hilary é uma pestinha. Essa menina criou uma trama incrível em pouca
páginas, com um tema bem delicado que é reencarnação, fala sobre assuntos
bárbaros (no bom sentido) e tem um conhecimento absurdo sobre certas coisas. É
claro que todo autor que se presa faz uma pesquisa antes de sair escrevendo
qualquer coisa, mas ela tem uma simplicidade nas palavras e uma veracidade tão
intensa, que eu, uma pessoa altamente crítica e chata quando se trata de
livros, simplesmente adorei a história.
Apesar das descrições físicas da personagem não
serem as mesmas da autora, só consegui imaginar a própria Hilary. Hahahaha
Sério, o livro inteiro parecia que eu estava vendo um filme com ela
interpretando a Clea. Hahahaha Ah, embora eu tenha encontrado certa displicência
da editora na revisão de alguns livros, este está ótimo, a diagramação também
está linda e mesmo os capítulos sendo grandes, fiquei muitíssimo satisfeita no
geral. A textura da capa é aveludada e a flor linda que a compõe tem um
significado dentro da trama. Claaaro.
Esse livro deve ser muito legal..Hillary Duff além de ser uma otima atriz(adooro os filmes dela)Otima cantora e como escritora não deve ficar por baixo..Ler eh a minha paixão então não posso ver um livro na minha frente(rsrsrs) adorei o blog querida
ResponderExcluirbjinhos
http://bookmoda123.blogspot.com.br/
Legal saber que a Hilary conseguiu te surpreender positivamente, hein?!?! Mais legal ainda é saber que ela ambientou uma parta dessa trama aqui no Brasil. O que percebi nessa resenha foi que ela criou uma trama bem encaixadinha. Não tem como não se interessar.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
não li nada da Hillary, mas me surpreendi por primeiro essa faceta de escritora e depois por um livro estar em grande parte ambientado em nosso país!
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br
não sou fã das músicas da Hilary Duff, mas fico feliz que ela tenha acertado nessa empreitada como autora. e achei bem inusitado e interessante ter o Brasil na história.
ResponderExcluirmas o tema e por ser uma série, não faz com que eu queira ler.
Confesso que sempre fiquei com um pé atrás com os livros da Hilary Duff. A garota já é atriz, cantora.... e ainda escreve? Parece muita coisa pruma pessoa só!
ResponderExcluirMas pela resenha, achei muito legal e me interessou bastante o livro!!
Muito legal. Parabéns.
Beijos
Gente, desculpa a ignorância mas não sabia que a Hilary Duff escrevi até recentemente... Andando numa livraria, me deparei com um livro dela e fiquei "putz, ahhhh não! Não quero ficar com vontade de ler nada dela... vai que me decepciono" rs. A sua resenha me deixou animada pra ler algo dela agora!
ResponderExcluirOi Sabrina,
ResponderExcluireu li este livro logo que ele foi lançado. Adoro a atuação da Hilary, e quando vi a respeito de um livro dela, fiquei doida para ler na hora.
acho que fui com muita sede ao pote, mesmo só tendo informações através da sinopse, mas me decepcionei demais.
gostei do livro sim, mas não amei ele a ponto de ficar super empolgada com a história e querer ler os outros livros.
falando nisso, eu não fiquei sabendo mais nada a respeito dos outros dois livros. eles já foram lançados?
vou dar uma pesquisada, e tentar ler Elixir novamente... vai que a segunda vez eu goste mais né hehe