Mini-opiniões: Sway - Kat Spears



"Sway é o apelido de Jesse Alderman, por causa de seu talento para conseguir qualquer coisa para qualquer pessoa, como providenciar trabalhos escolares, fazer com que pessoas sejam expulsas da escola, arrumar cerveja para as festas, entre outras coisas, legais ou ilegais... É sabendo dessa fama que Ken Foster, o capitão do time de futebol da escola, pede a ele um trabalho controverso: Ken quer que Bridget Smalley saia com ele. Com seu humor ácido e seu jeito politicamente incorreto de ver a vida, Sway terá que encarar o trabalho mais difícil que já teve: sufocar todos os sentimentos que Bridget desperta nele, a única menina verdadeiramente boa que ele conheceu em toda a sua vida." Sinopse retirada do Skoob.

Sway nas mãos de Colleen Hoover viraria um mar de desgraças, nas mãos de Simone Elkeles viraria um drama de redenção, mas com Kat Spears virou um retrato fiel de um cara ainda no ensino médio, revelando seus pensamentos e rotina, sem a preocupação de ser politicamente correto em seus comentários, sem também incomodar com isso. Sway erra, você acha que ele vai se abrir, voltar atrás nas palavras, de alguma forma reverter uma situação, mas lá esta ele as reafirmando. Jesse - esse é o nome dele - tem um jeito tão natural de ser que não consigo rotulá-lo de badboy ou qualquer outra coisa (ok, talvez ele seja o típico badass), ele é simplesmente daquele jeito e vive a vida fazendo suas coisas (que não aprovo). Tem suas mágoas, suas limitações e sua defesa para não encarar conversas que se voltem para seus sentimentos. Mas nada muito pronunciado e destacado, nada dramatizado. Bridget é uma mocinha certinha, orgulho dos pais, muito responsável, faz trabalho voluntário com crianças especiais, mas não é inocente como as personagens assim costumam ser. Ela também tem um humor ácido, tem uma visão muito clara das coisas e isso me ajudou a gostar dela. Seu irmão é quase mais importante que ela na história e, sério, ele me cativou muito.

Às vezes o que queremos e o que o mundo espera de nós são duas coisas diferentes.

Gostei da atmosfera real que a autora trouxe nas pequenas coisas. O cara que não maltrata a menina, mas também não demonstra afeto; a menina que não insiste, mas se mantém ali para qualquer sinal de aprovação. Não se trata de um romance milagroso, onde o cara mau se "converte" por amor, a mocinha dá uma lição nele e só depois que está tudo perfeito, o aceita. Não, é algo mais real. O cara tem seu jeito, descobre o amor e naturalmente encaixa isso na sua vida. Por outro lado, falta algo que impulsione mais a leitura, que te faça torcer pelos personagens. A experiência de leitura foi boa: é um livro dinâmico, fluido e bom, mas nada tão extraordinário ou intenso como eu esperava pelo tema que trata. O encerramento da história deu um quentinho no coração e foi bem fofo, o que me fez olhar o livro com mais carinho, confesso. Mas, pensando em todos os lados, trata-se de um livro bom, nem extraordinário nem desprezível, sabe? Indico para quem gosta de livros mais leves, aqueles que você coloca entre leituras mais densas.  
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