Espero que gostem.
PS.: Não vai ter nada de spoiler de A Escolha e nem de A Seleção e nem de nada. É só uma fanfic one-shot mesmo. Meu casal preferido também não é America/Aspen, mas decidi escrever porque fiquei com vontade!
Sweet Fifteen
Era o dia do aniversário de America. Abrindo vagarosamente os olhos, a garota de cabelos flamejantes sorriu ao lembrar-se de que, naquele dia, ganharia um presente de uma pessoa especial. America colocou um pé depois do outro no chão e sentiu a empolgação crescer internamente enquanto saía da cama. Correu pelas escadas, pulou os últimos degraus e foi até a mesa da cozinha para tomar o café-da-manhã.
- Mas já acordada, America? - sua mãe sorriu ao vê-la, enquanto enxugava com cuidado um prato.
- Sim! Estou feliz - America sorriu de volta, pegando a garrafa de café e colocando um pouco na própria xícara. - O que você vai fazer hoje para o jantar?
- Bem... acho que hoje poderíamos abrir uma exceção e perguntar isso a você, America - a mãe sorriu ao ver que a garota gostara da ideia.
Naquele dia, America completaria quinze anos. Estava muito feliz porque finalmente Aspen, aquele garoto seis mais velho que parecia um bad boy perigoso, estava falando com ela. Desde pequena America o via pelas ruas, sempre com um sorriso malandro no rosto e um jeito meio descontraído, filho de uma família conhecida. America não sabia o que tinha acontecido consigo mesma, mas algo dentro dela pulava quando ela via o rapaz. Há duas semanas, Aspen começara a dirigir pequenos olhares e frases para ela, e há uma semana já estavam conversando e combinando de se encontrar depois dos afazeres, na pequena casa da árvore do quintal de America. Algo bom explodia dentro de seu peito, e a fazia querer ficar mais e mais perto daquele garoto tão misterioso... e perigoso. Nada poderia desgostar mais sua mãe do que America, uma cinco, casar com Aspen, um seis.
"Casamento, America? Você tem apenas quinze anos! Não sabe ao menos se Aspen está realmente querendo algo com você! Não se iluda. Viva o hoje."
- America? - a mãe da garota a olhava fixamente para o outro lado da mesa, com a panela a meio caminho da prateleira em que pertencia, encarando America. - Está tudo bem?
Percebendo que estivera momentaneamente fora do ar, America tentou disfarçar a vergonha. Devia mesmo parar de pensar em Aspen.
- Sim - ela riu, fingindo normalidade e aparentando nervoso.
- E então...? - a mãe falou, gesticulando com a panela que deveria guardar.
- Então... o quê?
- O que teremos para o jantar, America? - a mãe respondeu, estranhando a situação desconfortável. Começava a perder a paciência.
- Acho que... macarrão? - ela falou, sorrindo novamente de nervoso.
- Pode ser - a mãe de America semicerrou os olhos e guardou a panela na prateleira finalmente, ainda olhando fixamente para a garota. - Aconteceu algo que queira me contar?
- Não! Não... não - America riu, pegando um pedaço de pão de cima da mesa e levantando-se. Já era hora de se mandar dali. E fazer lembretes mentais, nas próximas vezes, de não se abobalhar tanto com coisas do tipo. - Imagine. O que poderia ter acontecido?
- Bom, então está bom. - a mãe de America desviou o olhar da garota para o relógio de parede e continuou fazendo os serviços que precisavam ser concluídos.
Naquele dia, os serviços pareciam infinitos. Nada fazia com que o dia passasse mais rápido, para que a garota pudesse correr logo para a casa da árvore e ganhar a tão esperada surpresa de Aspen. "Não vai ser nada muito bom" o garoto dissera, "Eu não tenho dinheiro para comprar nada muito bom". America, que sabia da situação financeira de um seis, sabia disso. "Eu não ligo" America tinha dito naquele dia, quando finalmente e por acaso, a mão de Aspen fora repousar em cima da dela e ficara por ali, massageando com cuidado a parte de cima da mão da garota. "Eu sei que o que você puder me dar, será especial. E de coração." Aquele contato físico havia sido o máximo em que os dois algum dia haviam chegado.
Depois de um macarrão divino, America esperou que todos se dispersassem e correu para a casa da árvore. Subiu rapidamente as escadas e, quando chegou lá, Aspen já a esperava. Ao vê-la, os olhos do garoto se encheram de felicidade, e os dela de empolgação.
- Que bom que conseguiu vir! - America sorriu, um pouco vermelha. Os cabelos ruivos não a ajudavam em nada nesse quesito.
- E você acha que eu não viria? - Aspen ainda tinha um sorriso bobo no rosto, que logo se transformara em um sorriso travesso.
- Sabe... hoje é meu aniversário. - America falou, ainda encabulada. - Acho que você tinha mencionado algo sobre um presente, na última vez que nos vimos?
- Ah, é. Isso. - Aspen passou a mão pelos cabelos e continuou com o sorriso travesso e o porte de bad boy. - Mas antes, uma piada.
America riu enquanto Aspen procurava uma piada em seu repertório.
- Qual é o cúmulo do egoísmo, America? - ele encarou os cabelos da garota, vermelhos vívidos. Estava imaginando como seria tocá-los.
A garota fingiu que pensava, rindo com ele pelas caras e bocas que fazia.
- Ok. Desisto. Qual é o cumulo do egoísmo?
- Só eu sei, não vou te contar! - ele riu da própria piada, e fez com que ela risse também. Enquanto riam, America derrubou um brinquedo de sua irmã que estava por ali no chão da casinha da árvore, fazendo um barulho surdo e alto. Olhou para a cara de Aspen assustada. Quando constataram qual fora a causa do barulho, desataram a rir novamente.
Aspen estava sentado, encostado na parede de madeira. America se aproximou, sentou-se e, num ato de coragem, encostou a cabeça no ombro largo e forte de Aspen. O garoto perdeu o fôlego quando sentiu que ela, a garota pela qual ele estava afim, estava tão próxima dele. Colocou a mão sobre a mão dela devagar. Ela não reclamou e permitiu.Depois de um suspiro longo, America colocou a mão devagar por sobre o peito de Aspen. Os dois ficaram ali, compartilhando aquele pequeno momento por algum tempo. Até que finalmente, tomado de um impulso, Aspen segurou as bochechas de America em sua mão e, lenta e delicadamente, aproximou seus lábios dos dela.
No início, America parecia com bastante medo. Sentia medo de se entregar totalmente naquilo, medo do que poderiam pensar, medo do que poderia acontecer consigo. Aspen se manteve impassível, os lábios colados ao dela com muita gentileza. Foi quando America se deu conta de que o que sentia era forte demais que se entregou.
Jogando os braços em volta de Aspen, America retribuiu ao beijo com intensidade. Devagar, foi se aproximando mais e mais de Aspen, chegando a sentar-se em seu colo. A experiência para America era única, nova e totalmente deliciosa. Aspen era tudo o que ela sempre quisera, tudo o que sempre buscara até ali, e ela retribuía tudo isso no beijo com mais e mais intensidade.
Aspen estava no céu. America finalmente estava ali em seus braços. Sentiu o mundo rodando e America ali, com ele, em seu colo. Queria protegê-la a todo custo, queria poder dar mais do que um beijo de presente de aniversário. Queria poder assumir que estava com ela e andar de mãos dadas na rua.
- Ah, a propósito - America falou, entre um beijo e outro - Esse foi o meu melhor presente de aniversário de todos. Muito obrigada.
- Por nada, America. Por nada. - Aspen colou novamente seus lábios nos dela. "Não fizeram nada além de se beijar naquela noite¹".
¹ Escolhi essa última frase para fechar o conto porque foi como a Kiera Cass terminou a pergunta sobre o beijo de America e Aspen na entrevista, e por isso vou colocar a citação: CASS, Kiera. Contos da Seleção - O Príncipe & O Guarda. 1. ed. São Paulo: Schwarcz, 2014. 257 pp.
Espero que tenham gostado! Se gostaram, comentem aqui embaixo e, quem sabe, eu faça mais textos para o blog.
resisto até a alma... Aspen nãaaaaaaaaaaoooooooo
ResponderExcluirrsrrs
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