Depois da leitura conjunta do livro A playlist da minha vida, enviamos algumas perguntas para a autora Leila Sales para sabermos mais sobre suas inspirações e outras coisas sobre o universo do livro. Dividimos a entrevista entre "Sem spoilers" e "Com spoilers" - então só leia a segunda parte se você já leu o livro ;)
Lembrando que vocês têm até 19/04/2014 para concorrer a três exemplares do livro, basta participar aqui.
Sem spoilers
Clube do Livro da Liga: Como surgiu a ideia de incluir a discotecagem na trama?
Leila: Eu amo a vida noturna e sair para dançar. Isso tem feito parte da minha vida desde que eu tive idade suficiente para frequentar boates. Ao longo dos anos estive próxima de uma série de DJs, e eu procurei contar a história dessas pessoas fascinantes nesse mundo.
CLL: A paixão pela música na trama é algo pessoal?
Leila: Totalmente! A música desempenha um papel enorme em minha vida. Sempre desempenhou. Como Elise, eu tive a sorte de ter um pai que incutiu em mim o amor pela música desde que nasci.
CLL: O que acha da possibilidade de seu livro ajudar a salvar uma vida?
Leila: Ás vezes recebo e-mails de leitores dizendo que meu livro deu-lhes uma nova perspectiva de vida, ou os fez se sentirem menos sozinhos. Significa muito para mim, poder escutar isso. Não posso pensar em um melhor elogio ao livro.
CLL: Você se inspirou em algum local verídico para criar a atmosfera da Start?
Leila: A Start é vagamente baseada em um número de diferentes boates e festas que eu já estive. Listo alguns deles nos "agradecimentos" do livro*.
A primeira boate indie que conheci foi em Boston, e ela realmente era chamada Start. Ela não está mais lá, mas eu queria dar a Elise essa mesma experiência que eu tive de descobrir todo este mundo da música indie e encontrar um lugar para si mesma lá.
* Ramshackle e Klub Kute (Bristol); Motherfucker e Mondo (Nova York); Pill e Start (Boston).
CLL: Você equilibrou a seriedade do bullying e depressão com uma narrativa descontraída. Você planejou desde o começo escrever uma obra young adult?
Leila: Não procurei escrever sobre uma grande "questão" exatamente. Não quis fazer nada maçante. Apenas procurei contar a história de uma garota e como sua paixão pela música a ajuda.
Eu sabia que seria um romance jovem adulto (young adult), porque é para essa faixa etária que sempre escrevo, mas os detalhes foram sendo descobertos conforme eu escrevia.
CLL: Quais atores vocês escolheria para o elenco principal, caso o livro fosse adaptado para a tv ou cinema?
Leila: Eu não tenho ideia, mas existe este site (vocês já viram?) onde os leitores podem votar em quem eles gostariam que interpretassem personagens em uma adaptação para o cinema. É aqui, If List.
Todas essas sugestões são melhores do que qualquer coisa que eu poderia ter sugerido. Conheço muito mais sobre livros e música do que sobre filmes!
Com spoilers
CLL: Elise salvou a si mesma (diferentemente da maioria das histórias), sem um "Príncipe Encantado". Você planejou isso desde o começo ou decidiu durante o processo da escrita?
Leila: Eu sabia que, independentemente de Elise terminar com um namorado ou não, ela precisava ser a única a se salvar. Em sua jornada ela vai se tornando capaz de se autovalorizar, em vez de deixar que outras pessoas determinem o quanto ela é digna. Então, Elise não poderia decidir que ela era boa o suficiente, como resultado de um menino dizendo isso a ela. Ela teve que ver seus pontos fortes por si própria, para andar com suas próprias pernas.
CLL: Você pensou em um final alternativo? O suicídio de Elise, por exemplo?
Leila: Nunca pensei em um final onde Elise terminasse morta, mas experimentei muitas maneiras diferentes para encerrar a história.
Uma vez escrevi uma versão em que ela é presa por ser menor de idade na boate. Em outra vez escrevi uma versão onde ela e Char acabariam discotecando no baile da escola de Elise.
O final do livro é, obviamente, muito melhor! É por isso que as revisões são importantes. Nenhuma história é perfeita durante toda a produção nem logo na primeira tentativa.
Sobre a autora:
"Leila Sales cresceu nos arredores de Boston, Massachusetts. Ela se formou na Universidade de Chicago em 2006. Agora ela vive em Brooklyn, Nova York, e trabalha no mundo dos livros infantis. Leila passa a maior parte do seu tempo pensando em dormir, gatinhos, bailes e histórias que ela quer escrever."
Sobre o Clube do Livro da Liga:
O Clube do Livro da Liga é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Nós Somos:Arquivo Passional | Entre Palcos e Livros | Este Já Li | Leitora Viciada | Leituras da Paty | Livros e Chocolate | Mais que Livros | Meus Livros, Meu Mundo | Meus Livros Preciosos | MoonLight Books | Prazer, me chamo Livro | SA Revista | Segredo entre Amigas |Seguindo o Coelho Branco | Todas as Coisas do Meu Mundo
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gosto de ler entrevistas, me aproxima da autora, da trama!
ResponderExcluirme deixa mais próxima sabe?
acho que a forma leve e descontraída que a autora trabalha um tema sério e cada vez mais preocupante é bem proposto e pela entrevista vejo que foi uma escolha não tão proposital, mas pensada para tal efeito de conscientizar e debater
http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/