Bom, antes de falar sobre o texto, quero enfatizar
o quanto a arte deste livro me encantou. Muitas pessoas não gostaram, mas eu
simplesmente AMEI essa capa. Sem contar que a diagramação ficou a coisa mais
fofa desse mundo. É um livro digno de exibição na estante. Agora vamos ao que
interessa: o conteúdo.
Como é de se imaginar, O Presente tem como pano de
fundo a festa natalina. É narrado em terceira pessoa e conta a história de dois
“protagonistas”. Por que as aspas? Explico. O livro começa com o adolescente
chamado apenas de O Garoto de Peru,
que está detido numa delegacia em pleno Natal após atirar um peru congelado e
estraçalhar a janela da casa de seu pai. Eis o motivo do tal nome. O garoto é
um típico adolescente revoltadinho, insatisfeito com a separação dos pais e com
a construção de uma nova família (da parte do pai).
O sargento Raphie vai interrogá-lo e, ao perceber
que o garoto precisava de uma lição, decide contar-lhe uma história. É aí que Lou Suffern torna-se a personagem
principal. Ele é um executivo que leva uma vida extremamente corrida e que
tenta estar em dois lugares ao mesmo tempo. Não, ele não tem poderes especiais,
mas o cara é tão ocupado que nem sei se ele tem tempo para suas necessidades
fisiológicas (leia-se: não tem tempo para mais nada e mais ninguém exceto ele
mesmo – o que significa nem para família). Aff!
Certo dia, Lou conhece um mendigo chamado Gabe que,
inicialmente, o deixa intrigado. Porém, após dar-lhe um cargo em sua empresa e
tirá-lo das ruas, o ex-mendigo parece estar sempre em dois lugares ao mesmo
tempo (ê ironia) e sempre o “encurralando”. Então Lou percebe que sua presença
o está perturbando, pois ele fala sobre coisas que – supostamente – não deveria
saber. Logo, Lou percebe que Gabe é algum tipo de “anjo” (?) e que será
testado/provado/desafiado.
O Presente tem como objetivo uma mensagem de
caráter totalmente reflexivo (a própria autora faz questão de enfatizar isso no
primeiro capítulo), não tem uma super história, o texto é simples e achei um
pouco paradinho, já que prefiro os livros com tramas elaboradas coisa e tal. Achei
interessante, mas não morri de amores pela história. Este livro é daqueles para
presentear alguém que realmente precisa parar um pouco e avaliar o que está
sendo prioridade em sua vida: trabalho ou família.
É claro que poderíamos tomar como lição para nós
mesmos, mas se todos – nós resenhistas e vocês leitores – temos tempo para ler
e vir aqui no blog compartilhar nossas experiências de bookaholic, então não
estamos perdidos. Hahaha! Não concordam? Eu até comprei um exemplar para
presentear uma amiga, pois ela vive tanto de trabalho que nos vemos apenas duas
vezes por ano. E olha que moramos cerca de 15 min. de distância.
Então, aproveitem que a edição especial (em que o
livro vem numa caixinha para presentear) ainda está nas livrarias e, além de
comprar o seu, compre também para alguém que considere um workaholic de
carteirinha. Ah, deixei a quote para o fim porque tem um tamanho bem
significativo, mas foi a melhor que li durante toda a leitura.
Uma lição encontra um denominador comum e nos une uns aos outros, como os elos de uma corrente. No final dessa corrente, há um relógio, e a passagem do tempo é registrada no mostrador do relógio. (...) Cada segundo deixa uma marca na vida de cada pessoa; vem e vai, desaparecendo silenciosamente sem qualquer alarde, evaporando no ar como o cheiro de um bolo de Natal que acabou de sair do forno. Quando há bastante tempo, sentimo-nos aquecidos; quando nosso tempo acaba, ele nos abandona ao frio. O tempo é mais precioso que ouro, mais precioso que diamantes, mais precioso que petróleo ou quaisquer tesouros. É o tempo, o que nunca temos em quantidade suficiente. É o tempo que causa a guerra dentro de nossos corações. Devemos usá-lo com sabedoria. O tempo não pode ser embrulhado para presente e deixado embaixo de uma árvore na manhã de Natal. O tempo não pode ser dado. Mas pode ser compartilhado.
gosto dos livros da Cecelia por que me fazem refletir sobre vários aspectos
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Quero ler esse livro, mas vou guardar a leitura para a época de Natal ou quem sabe no inverno? Não sei ainda haha
ResponderExcluirAchei ótima a sua ideia de presetear, se a reflexão do livro for tão boa quanto vc diz, realmente vale a pena!
Bjs
Eu gosto bastante dos livros da Cecelia por conta disso: Ela sempre nos deixa reflexões interessantes em relação as nossas atitudes. Confesso que livros "paradinhos" não me chamam tanto atenção, mas os da autora me agradam bastante. Mais um que quero ler.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Não gostei de PS Eu Te Amo e desde então fujo dessa autora... maaaaas a capa é linda e eu gostei da sua resenha, então quem sabe futuramente ele entre pra minha lista ;)
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