A Caverna das Maravilhas - Matthew J. Kirby

O quinto livro chega, e com ele, a décima segunda (9° fatura) viagem no tempo.

Riq, Dak e Sera saem da Grande Muralha, na China, e chegam em Bagdá, no ano 1258. É nessa época em que os Mongóis vão invadir a cidade, destruindo-a por inteiro, inclusive suas bibliotecas. Um vídeo no SQuare (sim, um vídeo) confirmou o que eles precisavam fazer para corrigir a Fatura daquela vez. Por um lado, a Fatura não era algo grande, como quem descobriria a América, mas sim um pequeno detalhe: este, sim, poderia mudar tudo.

— O SQuare de vocês não tem nenhuma informação sobre a Fatura Fundamental — explicou Mari — porque nós não tínhamos nenhuma quando o configuramos. Caso vocês consigam corrigir a Fratura de Bagdá, teremos essas informações no presente. Isso significa que vocês deverão voltar em algum momento para buscar um novo SQuare.

Os três viajantes no tempo precisavam salvar livros escritos por Aristóteles, livros estes que apontam para a tal Fatura Fundamental, a primeira grande Fatura. Ela seria a missão final deles. O problema é que, para terem informações sobre a Fatura, precisavam voltar para o presente antes do tempo, o que significava um risco ENORME!

O corpo de Riq tremeu inteiro, como se ele tivesse saído de pijama no meio da neve. Como todos os Guardiões da História sabiam muito bem, depois que eles entraram na corrente do tempo, seria perigoso demais voltar ao presente antes de corrigir todas as Faturas. Era impossível prever o que poderia acontecer. Paradoxos. Buracos no tecido da realidade. O fim do Universo. Mas Riq tinha algo mais a temer.

Matthew J. Kirby soube manter as características de cada personagem neste novo livro, o que não deixa de me surpreender: o gosto de Dak por queijo e seu fanatismo em contar cada detalhe da História; a expressão “pelo amor” de Sara e sua constante preocupação com o Cataclismo (que ela presenciou); e os pensamentos de Riq para com a jovem Maia e sua preocupação para com sua existência. Também aprovei a evolução dos personagens: Riq, deixando de ser arrogante; e Sera, se preocupando mais. Apenas Dak não mudou muito, me fazendo lembrar de que é apenas uma criança.

O livro curto não nos deu uma visão muito ampla de cultura e costumes, como foi no último livro, mas também não teve muita importância. A missão, em si, penetrava bem a estória, já que o vídeo no SQuare não podia informar quem era o Guardião da História naquela época, deixando as crianças no escuro. Felizmente eles tiveram uma ajudinha, rsrs.

As pequenas impressões deixadas, as pequenas pistas, e o fato de que um único fracasso pode colocar tudo a perder, nos deixam curiosos para continuar a série. Uma leitura rápida, fluente e simples, que faz se apaixonar conhecedores e leigos em História.
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