Com você - Laurelin Paige

Resenha anterior: Por você 
Sem spoilers
A resenha de hoje vai ser curtinha, porque não quero dar spoilers e, sobre observações gerais, já falei na resenha do livro anterior.

Em Com você, a jovem Alayna precisa novamente lidar com suas obsessões. Afinal, ela não se acha capaz e nem merecedora de dividir o mesmo teto com alguém como Hudson Pierce – um homem bilionário e sedutor disposto a realizar todos os seus sonhos, inclusive sexuais – e vive atormentada por dúvidas, culpa e desconfianças. Mesmo ligados por uma conexão física vital, a relação dos dois é posta à prova quando segredos do passado vêm à tona. Sinopse retirada do Skoob.
 
Com você é todo melação - algo que eu adoraria em qualquer outro livro, mas que eu odiei por ainda não estar convencida de todo esse amor do casal. E olha que não faltam páginas. Mas aconteceu algo lá atrás, quer dizer, não aconteceu. Sabe a diferença de uma casa sem alicerce para uma bem estruturada? Então, faltou uma base mais forte neste romance, eu sinceramente não sinto segurança na relação, parece tudo lindo ali, mas é como se eu soubesse que não vai funcionar a longo prazo e não vai durar. E ainda, para piorar, tem aquele machismo* disfarçado de cuidado, amor, demonstração de carinho. Sério, em certos momentos a mocinha tenta mostrar que percebe isso, mas depois simplesmente deixa passar. Pelo amor de Deus, cadê seu girl power

Mas vamos falar de coisa boa (oi, Tekpix!), vamos falar de TRETAS! Quando tudo é melação e não é o fim da série, pode ter certeza que TRETA IS COMMING! Pior que tudo tá tão na cara que, meu Deus, como a Alayna simplesmente não vê? Quase consegui ver a sementinha da discórdia sendo plantada e posso dizer que se eu li o livro rápido (assim como o anterior) foi por isso - eu queria que chegasse logo a hora que o castelo desmoronasse. E ele se mostrou como eu desconfiava: ser de areia. Aí foi legal porque a protagonista conseguiu deixar muito claro a diferença de confiar/acreditar e apoiar/aceitar. E mais: ela conseguiu se manter firme nisso - quer dizer, dentro do possível naquele universo dela, né? Quando o grande momento chegou eu garrei no livro e só larguei quando terminei mesmo! Foi, de longe, a parte mais empolgante das quase 400 páginas. Algumas reviravoltas são até cômicas, mas esse não é o tipo de livro que consigo levar muito a sério, então tá tudo certo.

THE TRETA HAS BEEN PLANTED
O livro peca nos imediatismos e naquele romantismo de muitas palavras e poucas ações, mas expõe problemas familiares e tem uma vilãzinha que dão um ânimo nas últimas páginas - o suficiente para ler o próximo e último livro da trilogia Fixed. A escrita da autora é fluída e a trama é fácil de acompanhar, apesar de, neste livro especificamente, ter uns momentos forçados e cansativos - mas pelo que já falei aqui: a coisa romantiquinha demais, perfeitinha demais. Quem não leu muitos livros do gênero e quer se aventurar em romances um pouquinho mais quentes, pode apostar nesse aqui, mas quem já está achando muito repetitivo, não acho que vá curtir tanto.

*Sabe, esse assunto em particular é algo que pode ser abordado com a maioria dos romances eróticos atuais, pois a linha entre o príncipe encantado zeloso e machista controlador é muito tênue e algumas autoras não são cuidadosas o suficiente e ultrapassam a linha o tempo todo - o pior é que nós (leitoras e protagonistas) quase não percebemos, pois tudo está mascarado com palavrinhas certas e sexo espetacular. Mas não é algo que vou abordar aqui, a Joana já falou um pouco disso aqui. Eu sempre digo que esses caras só funcionam na ficção por causa disso: os que ainda estão no time do príncipe-encantado-zeloso estão a um passo de virar o homem das cavernas e isso não é nada fofinho e romântico, né? Claro que isso não me impede de me apaixonar por eles, mas basta um passinho na margem e eu já quero esganar.
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