É preciso responder a uma série de perguntas, passar por um criterioso processo de seleção e se comprometer a seguir inúmeras regras para morar no nº 1 da Folgate Street, uma casa linda e minimalista, obra-prima da arquitetura em Londres. Mas há um preço a se pagar para viver no lugar perfeito. Mesmo em condições tão peculiares, a casa atrai inúmeros interessados, entre eles Jane, uma mulher que, depois de uma terrível perda, busca um ponto de recomeço. Jane é incapaz de resistir aos encantos da casa, mas pouco depois de se mudar descobre a morte trágica da inquilina anterior. Há muitos segredos por trás daquelas paredes claras e imaculadas. Com tantas regras a cumprir, tantos fatos estranhos acontecendo ao seu redor e uma sensação constante de estar sendo observada, o que parecia um ambiente tranquilo na verdade se mostra ameaçador. Enquanto tenta descobrir quem era aquela mulher que habitou o mesmo espaço que o seu, Jane vê sua vida se entrelaçar à da outra garota e sente que precisa se apressar para descobrir a verdade ou corre o risco de ter o mesmo destino.
Apesar da vontade, eu não costumo ler tantos thrillers que são aclamados por aí, muitas vezes não tenho paciência para esperar a apresentação de cenário, personagens entre outras coisas que normalmente este tipo de história requer - o que acaba por me afastar de fantasias também. Eu sou apressada e já quero ação, já espero um choque nas primeiras páginas, então quando isso não acontece, acabo deixando o livro meio de lado. Claro que é algo a ser mudado, eu preciso ter leituras mais contemplativas, que exigem um pouco mais da minha atenção, mas neste momento as leituras viscerais são as minhas preferidas.
Quem era ela é para leitores como eu: gostam do gênero, mas não são pós-graduados em Sherlock Holmes. Ele tem muitos atrativos para quem está transitando entre os gêneros: capítulos curtos, divididos entre passado e presente, duas narradoras, poucos personagens secundários, mas marcantes e necessários - não exige esforço para lembrar quem é quem -, narrativa bem visual e poucos cenários - isso poderia ser entediante, mas aqui é um ponto positivo, uma vez que não enche o livro de informações desnecessárias, a casa é altamente importante e possui características o suficiente para ser uma personagem protagonista. Há muitas reviravoltas, muitas mesmo, então não dá para prever o final, mas também não dá para criar muitas teorias, tudo é conduzido sem uma aura de suspense ou meias palavras. As informações vão surgindo e vamos descobrindo junto das personagens.
Este livro é um encontro de pessoas problemáticas, todos são, à sua maneira, imprevisíveis, o que vai formando uma teia que envolve passado, mentiras, suposições, descobertas - você não sabe quem está sendo manipulado: a narradora ou o leitor, se as personagens são sensatas, cegas ou ardilosas. A condução da história não me causou desconfiança, mas uma ansiedade de como incriminar o criminoso, qual seria a prova cabal para desmascará-lo, porque tudo aponta para uma pessoa. Mas a todo momento há uma mudança e as teorias vão mudando.
A narrativa é direta e simples, por isso não tive dificuldade de entender os desdobramentos nem fiquei me questionando se tinha entendido direito. Apesar de ser dividido entre antes e depois, os capítulos se completam sequencialmente. Algumas questões que separam as partes do livro me deixaram bem intrigada, porque eu simplesmente não sei o que faria. Foi um livro que li em um dia e meio totalmente presa à história, do jeito que gosto. Meus momentos favoritos estão com a terapeuta Carol - me fascinou, simplesmente. Eu realmente aprendi coisas relacionadas à psicologia lendo. Inclusive, todas as marcações foram de explicações dela. Há coisas relacionadas à arquitetura também, o livro é muito bem trabalhado nas coisas que expõe, gostei muito disso também.
Apenas o final foi um pouco corrido, mas com todas as pontas amarradas. É uma obra sucinta, sem grandes artifícios desnecessários, nada é desperdiçado, sabe? Tem um pézinho no romance, mas é muito mais para explorar as personalidades e comportamento humano, nada para shippar, ok? O clima me lembrou de A garota no trem, acredito que quem gostou de um, pode gostar do outro também. Minha leitura foi totalmente na surpresa, não li sinopse e isso fez muita diferença na experiência, por isso indico que vocês façam o mesmo.
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Participando e torcendo.
ResponderExcluirBeijos
Caroline Garcia
caarol.garcia@hotmail.com
Ceile!
ResponderExcluirGosto muito dos thrillers psicológicos porque realmente envolvem o leitor e nem percebemos se estamos sendo manipulados ou não durante a leitura.
Pelo visto é bem dinâmico e a própria 'casa' é uma das protagonistas diante de tantas mentiras e segredos.
Fiquei muito interessada pela leitura.
Participo e mais tarde sairá divulgação no blog.
Rudynalva Correia Soares
rudynalva@yahoo.com.br
“Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.” (Platão)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Ceile, logo que a editora anunciou este thriller fiquei curiosa sobre sua narrativa, pois é um dos gêneros que mais gosto de ler.
ResponderExcluirDepois de concluir a resenha, percebi que é uma história bem diferente e bastante interessante, além de me parecer ser uma trama muito bem construída pelo ambiente, trama, personagens e segredos.
Adorei ler a sua resenha e adoraria ter a chance de ler este livro também!
Bjs!!
Alessandra Fernandes
sandrinha.icm@hotmail.com
Nossa eu amo esse gênero!! Gosto de livros que me deixam na expectativa e depois me surpreendem!! Fique super curiosa para saber o desenrolar da história, de conhecer Jane!! A capa do livro está atrativa e nos remeta a trama!! Já quero ler!!
ResponderExcluirbeti_bezerra@hotmail.com
Thriller não é meu gênero literário favorito, mas gosto de dar chance. Vai que me surpreende! ;)
ResponderExcluirmaiiira04@gmail.com
Oi! Eu amo thrillers, portanto esse me chamou muito a atenção.
ResponderExcluirTá rolando todo um "bafafá" porque as pessoas tiveram que responder um questionário para ser decidido se receberiam ou não o livro, né? Hoje eu vi no TT da editora uma pergunta mais ou menos assim: se eu salvaria uma estátua ou uma criança morrendo de fome (?) sei lá, acho que eu não estaria apta a receber essa obra hahaha e é por isso que preciso ler!
Amo narrativas intercaladas, capítulos curtos, poucos personagens secundários e esses poucos são essenciais. É meio que normal thrillers terem final um pouco corrido, mas o importante é não ficar nenhuma ponta solta :)
Boa tarde,
ResponderExcluirEsse parece ser um livro bem intrigante, estou curioso, ótima resenha e participando e torcendo....bjs.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Participando
ResponderExcluirRaira.rios@hotmail.com
I AM Raay
Raira Rios