Uma das minhas trilogias favoritas chega ao fim e eu ainda não consigo acreditar que ela acabou (literalmente)! Atenção, esta resenha contém spoilers de Delírio e Pandemônio.
Depois de acompanharmos Lena na sua descoberta do amor, e sua aventura pela selva e por Nova Iorque, vamos com ela descobrir como será a sua vida agora, de volta à selva, desta vez com Alex e Julian ao seu lado. A vida na selva está ainda mais precária, e apesar de todos os reguladores, o movimento da revolução está ainda mais forte. Descobrimos em Réquiem que o número de inválidos lutando por sua liberdade é muito maior do que se imaginava.
"Bem vinda ao mundo livre. Damos às pessoas o poder de escolha. Elas podem até escolher fazer a coisa errada. Lindo, não é?"
Em contra partida, acompanhamos também o mundo dos curados, pelo ponto de vista de Hana, melhor amiga de Lena que agora, curada, começa a viver a vida que a ela foi planejada. Prestes a se casar com FULANO, o futuro prefeito da cidade de Portland. Apesar da cura, Hana ainda é assombrada pelos fantasmas do passado, das festas que ia com Lena antes da cura, do dia em que Lena e Alex foram pegos. As vésperas do casamento, Hana ainda tem muitas dúvidas, e sentimentos que ela não entende. Ela vê crescer dentro dela uma indignação com a situação do mundo e muitas dúvidas sobre o que é certo ou errado.
Pela primeira vez vemos a história por um ponto de vista diferente do de Lena, e a alternância entre o mundo dos curados e da selva dá um dinamismo interessante à história. Porém, ao contrario de Pandemônio, não há todo aquele suspense ao final de cada capítulo. As histórias vão acontecendo paralelamente, sem muita pressa para descobrir o que levou a isso ou àquilo. O que não significa que a ação foi deixada de lado, muito pelo contrário. Com a revolução cada vez mais eminente, o governo e a ASD ficam cada dia mais rigorosos. Os inválidos por sua vez, com uma situação ainda mais precária que antes, estão sedentos por justiça e liberdade e se unem em prol dos seus ideais. A ação (e a tensão) na história só aumenta.
"As lembranças trazem, como sempre, uma dor profunda lá dentro de mim. Mas já estou acostumada com essa dor, e apenas espero que ela passe."
Juntamente com a busca pela revolução, vemos Lena travando sua própria batalha, ao ver Alex e Julian junto dela. Apesar de Alex ser o seu grande amor, ela percebe que ele não é o mesmo Alex por quem ela se apaixonou. E além disso tem Julian, que desistiu da sua vida confortável, para viver na selva com Lena, deixando seu coração ainda mais em duvida sobre o que fazer em relação aos dois. E mesmo quando depois que a escolha é feita, algo dentro dela ainda a faz se perguntar se ela fez a escolha certa.
"E ninguém ama, não inteiramente, se não for amado também."
Porém, apesar de toda ação, a revolução iminente, a dúvida de Lena entre Alex e Julian, quando cheguei ao final da história encontrei o que eu mais temia: um final decepcionante. Ou melhor, eu não encontrei o final. Apesar de toda ação que acontece no final do livro, eu senti muita falta de um fim, um fechamento mesmo. A autora acabou enfatizando uma coisa, e deixou meio no ar o que aconteceu com cada personagem. Isso acaba fazendo com que o leitor suponha que aconteceu isso ou aquilo, mas sem saber de fato se o que realmente aconteceu. E pra mim isso foi algo extremamente decepcionante. Uma trilogia que me encantou tanto no primeiro livro, me prendeu no segundo e me deixou mega ansiosa pelo terceiro, acabou não tendo um final de verdade.
Vale lembrar ainda que, na versão americana, há um conto extra contado do ponto de vista de Alex, que pode talvez contar o que acontece depois de Réquiem. Infelizmente na versão brasileira não tem este conto e talvez por isso tudo tenha ficado sem explicação. Eu ainda não encontrei o conto para ler, então para mim, apesar de a trilogia ter chegado ao fim, a história de Lena ainda não acabou e tem algumas coisas ainda a serem contadas.
a premissa é interessante, entretanto não é um dos livros que mais me atraiam! acho que é enredo que não conseguiu me conquistar verdadeiramente!
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A Ceile comecei a ler essa série, estou tentando ler o segundo (acredite) pois depois de saber que não há um final fiquei meio que sem ânimo em continuar a leitura, mas pretendo fazer só que ainda vai demorar um pouco. É ruim quando isso acontece...
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