João nasceu em berço de ouro e, depois de um acidente em que quase morreu, seus pais passaram a fazer todas as suas vontades. A guitarra era uma delas. Sempre apaixonado por música, teve apoio da família para seguir seu sonho: ser um astro do rock. O sucesso com sua banda Polirock veio depois de vencer um programa de calouros. Viveu um grande e devastador amor - o que acabou por afastá-lo de qualquer relacionamento mais sério. Foi um machucado e tanto!
"Quando peguei o microfone na mão para responder a algumas perguntas do animador, instintivamente ouvi dentro de mim a voz do meu pai: você ainda vai ser o maior astro do Brasil. Sorri e também chorei."
Maria é toda certinha: dedicada aos estudos, não é de badalar, sem quietinha. Nutre uma paixão secreta pela banda Polirock, mas não deixa ninguém saber, é orgulhosa demais para isso. De certa forma, sempre se deixou levar pelas decisões dos outros e, assim, acabou namorando com Pedro e, apesar do namoro morno, era cômodo estar com ele.
"O confronto era saber se abandonaria a possibilidade de realmente estar apaixonada e procurar um grande amor ou me conformar com a amizade, o carinho e o respeito."
João e Maria, tão distintos, tão improváveis e tão irresistíveis! O destino logo dá um jeito de armar este encontro - e, consequentemente, vários outros desencontros.
Lembro desse livro quando ainda estava sendo escrito: a Ana Paula falou de como era escrever um livro em dupla. Depois veio o lançamento e fiquei doida para conferir o resultado. Isso demorou um pouco para acontecer, mas quando peguei o livro, concluí a leitura no mesmo dia. Adorei!
Os autores acertaram muito em trazer personagens tão diferentes, mas tão humanos. Apesar de suas características marcantes, eles possuem outras bem controvérsias, o que não os torna caricatos. Certinha e badboy. Educada e prepotente. Não, são pessoas diferentes, mas com mais em comum do que imaginam. Gostei de ambos, mas as vidas deles estavam tão distantes que não conseguia imaginar como os autores armariam este encontro. Além disso, eu não via uma possibilidade de juntar esses dois. E isso me ganhou: a improbabilidade.
Outra coisa em particular me agradou: a ambientação. Tudo acontece em São Paulo e é tão fácil visualizar as cenas. O clima (aka trânsito), a USP, a Berrini! Parece banal, mas essa familiaridade me deixou ainda mais confortável com a história. Além disso, os capítulos são narrados tanto por João quanto por Maria - o que nos dá uma visão mais ampla de tudo. Ao mesmo tempo, isso não me agradou. Veja bem, adoro essa "narração dupla", mas dava a sensação de "um passo pra frente e outro pra trás", porque eles contavam a mesma coisa, só diferenciando o "antes" de se encontrarem. Não eram situações que agregavam muito, então acho que eles podiam contar situações diferentes. Avançava e aí, no capítulo seguinte, voltava no tempo para contar a outra versão. Era uma sensação estranha, apesar de adorar a abordagem.
Enfim, são poucas observações negativas quanto ao livro (e irrelevantes, até) e, de forma geral, me agradou e terminei a leitura bem satisfeita. Indico sim!
Ana Paula é autora também de Apátrida e Marcos Bulzara de O Arquiteto do Esquecimento - tenho ambos os livros aqui e quero ler logo para ver como eles se saem separadamente.
Fiquei curiosa, já adicionei no skoob :D
ResponderExcluirOi, Ceile!
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas gostei da resenha, me deixou bem curiosa pra ler.
Vou adiciona-lo a minha lista de leituras. Gosto de historias que se passam em lugares que conhecemos, é como se pudéssemos visualizar as cenas na mente com mais clareza, como se fosse um cena do nosso cotidiano. Adoro isso! rs
Beijoss
Jaque - Meu Livro, Meu Mundo
Oi Ceile,
ResponderExcluirEu li esse livro em 2013 e ainda não fiz resenha.
Achei ele bem fofinho e concordo totalmente com as suas colocações tanto as positivas como as negativas.
Bjs
Tais
http://www.leitorafashion.com.br
Eu quero muito esse livro ... Não só pq amo essa capa, mais pq a estória é do tipo - estória que sei que vou amar ler - :]
ResponderExcluirhttp://soubibliofila.blogspot.com.br/
Aah, a história parece bem fofinha =))
ResponderExcluirQuando um livro se passa em um ambiente que conhecemos, com certeza é um diferencial!
Eu morro de vontade de ler um livro ambientado no RJ, tenho certeza que será mega bom =))
Beeijinho. Dreeh
Blog Mais que Livros
Apesar da história parecer boa e o livro com uma leitura fácil de se fazer, não me chamou tanto a atenção para que o leia.
ResponderExcluirJa havia visto o livro mas não me interessado... parece bem bacana, o enredo é bem interessante, simples se formos ver, mas bem bacana
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Cê! Da autora, conhecia Apátrida, mas só por nome mesmo. Quanto a esse livro, me lembro que via bastante a capa dele pelos blogs na época em que eu era um blogueiro novato, e nunca me interessei em saber sobre o q se tratava. Quando você começou a falar sobre a história, meio que já fui criando essa imagem mental ~bad boy babaca encontra mocinha de bons valores~ e se apaixonam, e blablablá, e fiquei feliz em saber que os autores quebraram tal paradigma - que, ao meu ver, já está bem ultrapassado hahaha Não sei se leria. Ultimamente, não tenho tido muita paciência pra ler o tipo de história proposta? Sei lá...
ResponderExcluirSua resenha tá incrível - pfvr, como sempre.
Bj
Samuel
www.garotoleitor.com
É a minha leitura do momento :) Estou adorando! Não reclamo da narração dupla haha o efeito que causa em você em mim é imune, adoro narração dupla U_U
ResponderExcluirVou ver se termino ainda hoje.
Beijos,
Jhey
www.passaporteliterario.com
Oláa.
ResponderExcluirtiipo que resenha é essa ? MEEGA LEEGAAL PARABÉENS!!
Nãao li o livro ainda, mas minha lista já aumentou com sua resenha rs.
Parece ser legal e fofo, e pela historia acontecer em SP, em ambientes conhecidos fica melhoor ainda.
PARABENS pela resenha.
Grande beeijo.
Deve ser estranho e complicado dividir a autoria de um livro com outra pessoa, pois pode ocorrer "conflito de interesses" entre os autores. Pelo jeito, isso não aconteceu aqui. Acho legal quando tem mais de um narrador, mas narrar a mesma coisa por pontos de vistas diferentes, se torna cansativo mesmo.
ResponderExcluir@_Dom_Dom