"Disseram que eu devo morrer. Disseram que eu roubei o fôlego dos homens, e agora eles devem roubar o meu."
Ritos de Adeus narra os últimos dias de vida de
Agnes Magnúsdóttir, uma jovem oriunda das terras longínqua da Islândia, e
condenada à morte pelas acusações de incêndio e assassinato. Após o veredito, a
jovem moça é levada para a fazenda Kornsá, onde seria abrigada pela família do
oficial distrital Jón Jónsson até a execução da sentença. Entretanto, a esposa
e as filhas não se sentiam seguras o bastante com uma criminosa sob seu teto e
Margrét enfrentaria um grande desafio ao tornar-se anfitriã de Agnes. Sua maior
preocupação era com Steina e Lauga, e o medo que sentia de não poder
protegê-las.
Apesar do temor, Margrét apresenta uma singela hospitalidade e surpreende-se ao ver quão jovem era aquela que em breve deixaria o plano terreno. Seu coração doía pela mulher, mas logo se lembrava do porquê fora condenada e da aparência horrorosa que apresentava. Assim, até que chegasse o dia do adeus, Agnes, Margrét e suas filhas teriam algum tempo para rever certos conceitos e enxergar a luz, mesmo num mundo coberto de trevas.
Apesar do temor, Margrét apresenta uma singela hospitalidade e surpreende-se ao ver quão jovem era aquela que em breve deixaria o plano terreno. Seu coração doía pela mulher, mas logo se lembrava do porquê fora condenada e da aparência horrorosa que apresentava. Assim, até que chegasse o dia do adeus, Agnes, Margrét e suas filhas teriam algum tempo para rever certos conceitos e enxergar a luz, mesmo num mundo coberto de trevas.
Bem, apesar de ter gostado de forma significativa
deste livro, achei um tanto cansativo. Primeiro porque a autora traz diversas
menções ao vocabulário islandês e, mesmo tendo um pequeno glossário, é
irritante ter que voltar ao início para verificar como pronunciar cada palavra
– nome de uma determinada personagem, cidade, fazenda e etc. (mesmo que só no
pensamento). Outra razão é o fato de que, mesmo com uma linguagem coloquial, o
texto não é fluido. Dá uma certa empacada, sabem?
O que me ganhou de fato foi as duas narrativas
desenvolvidas no livro. Vemos através dos olhos de várias personagens quando
narrado em terceira pessoa, e depois pelo ponto de vista de Agnes, em primeira
pessoa. É interessante poder estar na cabeça de todos, pois sabendo o que cada
um pensa, é fácil escolher quem amar ou odiar. É como aquele momento em que
você quer ser uma mosquinha só para saber o que andam falando ao seu respeito
na sua ausência. Hahahaha.
Confesso que levei mais que três dias para
finalizar esta leitura. Cheguei até mesmo a deixá-la de lado e ler outro livro
antes de retomá-la. Talvez o tom melancólico das palavras tenha me deixado
meio desanimada, mas mesmo com alguns pontos negativos, gostei de tê-lo lido.
Quem sabe por ser uma história verídica, eu tenha ficado impressionada. Sei lá.
O fato é que fiquei bem reflexiva acerca da justiça (e tenho opiniões bem
fortes em relação a ela).
No geral, Ritos de Adeus ganhou três estrelinhas
por conta do que citei acima. A capa tem um encanto deveras sombrio e mais
alguma coisa que me faz ficar olhando-a por longos minutos. Juro. Parece que sempre
que olho para ela, ela me deixa hipnotizada. É uma sensação bizarra. Enfim,
este livro é um caso a se pensar, mas recomendo, viu? Pra quem quer dar aquela
escapada das modinhas atuais, esse é super indicado.
"― Vamos lembrar de você, Agnes.Ela aperta mais meus dedos, até eu quase chorar de dor, e então estou chorando. Eu não quero ser lembrada, quero estar aqui! Eles me colocaram num cavalo, e como um cadáver eles vão me levar para a cova, como uma mulher morta vão me enterrar na terra, me confinar como uma pedra."
Sabrina assim como vc achei a capa um pouco melancólica e o quote com o qual você começa a sua resenha dá uma pista de como será o desenrolar do livro
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Essa capa expressa tristeza. O contorno das rosas parece vivo. É hipnotizante os detalhes na rosa. É muito chocante para mim esses livros de sentença de morte, ou desejo de morte por falta de esperança. Me choca muito! Para mim o bem mais precioso de uma pessoa é a Vida!
ResponderExcluirSinceramente, não faz muito o meu estilo. Me parece ser denso demais. Sem falar nessa questão de sempre ter que dar uma parada na história pra conferir o glossário. E essa de saber que é uma história verídica é meio macabra.
ResponderExcluir@_Dom_Dom