Payton sempre sonhou ter seu próprio navio para comandar e estava esperando ganhar o Constant em seu aniversário de 19 anos que se aproximava. Única mulher entre três irmãos, ela literalmente lutava para ter seu espaço na família. Mas, para seu irmão mais velho, ela precisava se casar - e coloca sua esposa para ajudar a se tornar apresentável. E é nessa primeira tentativa de fazê-la usar um vestido que ela é notada por Connor Drake, melhor amigo dos seus irmãos e por quem ela sempre fora apaixonada. Acontece que ela este não é o melhor momento, considerando que é a noite do noivado dele. Mas o destino acaba por metê-los em uma grande confusão - ele, sem querer; ela, por vontade própria.
Muito se fala nos romances históricos da Patricia Cabot, mas eu só tinha lido um (Pode Beijar a Noiva), do qual eu tinha gostado bastante. Ao me deparar com este lançamento da Record, não hesitei em solicitar. Eu gosto muito do clima desses romances, sempre me transportam para a época, me fazendo viajar mesmo. Algo que reparei nestes dois romances da Patricia é que ela tenta inovar um pouquinho nesse mar de clichês (que são bons!) ao criar ambientes inusitados para situar suas histórias.
Payton já mostra sua personalidade nas primeiras páginas: é forte, decidida e pouco contida. Ser criada no meio de tantos homens, lidar com piratas e viver no mar fez dela uma dama nada convencional para a época - considerando que as mocinhas tinham que ser verdadeiras ladies, serem vistas pela sociedade para arrumar um casamento decente (isso, claro, não envolve necessariamente amor, mas sim títulos nobres). Ela é muito convicta das suas opiniões, apesar de não ter um parâmetro ou algo inspirador/influenciador - a referência que ela deveria ter é sua cunhada, mas ela não é muito esforçada para tal, já que diverge totalmente do que ela quer e é. Esse é o primeiro ponto positivo do livro - só pela protagonista ele já poderia entrar na sua lista de leituras.
Apesar de parecer, ele não é todo composto por melações românticas, há muito humor, principalmente nas passagens que envolvem os irmãos de Payton. Eles são rudes e, definitivamente, não sabem como tratar uma dama, mas é cômico, não grosseiro. A aventura também tem seu espaço e acho que isso já é de se esperar, afinal,como falar de piratas sem batalhas, heróis e agitação e tudo mais? Porém, o herói é na verdade uma heroína. Connor Drake fica até apagadinho perto de sua salvadora (ele é legal, tá? É fofo e tal, mas ele tem umas coisas tão idiotas que, ahn, nem sei). Eu achei o "núcleo" dos ~inimigos~ relativamente fracos, esperava motivos mais fortes (ou faltou a autora dar mais importância, de forma a fixar a ideia de perigo e tal).
O que seria de um romance histórico sem suas cenas quentes? É legal porque trata de descobertas e impulsões, mas tem suas partes eróticas avulsas, as quais, definitivamente, não fariam falta na história. Mas já que estão aí, vamos ler, né? hahaha Não é cansativo, então ok. Cansativo são as inúmeras repetições na narrativa. Começa uma página falando de uma coisa, endossa o assunto e quando chega no final da outra página, repete o que foi dito no primeiro parágrafo. Qual a necessidade? Se fosse um história narrada em primeira pessoa, eu até entenderia, nossa cabeça é assim mesmo, não é? Mas uma narrativa em terceira pessoa poderia ser mais enxuta.
Por fim, gostei do livro, mas não foi aquela maravilha toda - não bateu aquela paixão, sabe? Mas me diverti lendo, apesar da uma semana que demorei para terminá-lo. Sem dúvidas, é o tipo de leitura que vai agradar muita gente.
gosto dos romances, mas ainda não li nenhum da Patricia, mesmo curtindo demais as capas e sinopses!
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acho que por eu não ser o público-alvo não gostei da premissa desse.
ResponderExcluirpode até ser um livro divertido e romântico para quem gosta, mas para mim não teve nenhum atrativo, apenas achei um pouco diferente ter aventuras piratas.
Eu achei essa capa a coisa mais linda.
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