A Seleção - Kiera Cass

Olá, para aqueles que ficaram curiosos com esse livro.
E, sério, vocês não vão se arrepender de conhecer o mundo de "A Seleção" ;)

O livro chamou minha atenção desde a primeira vez que o vi. A capa é maravilhosa, a sinopse é interessante... E, bem, eu também vi uma resenha positiva.

Vou começar explicando mais ou menos sobre o mundo do livro:

Depois dos Estados Unidos, e dos Estados Unidos da China (não vou entrar em detalhes sobre isso porque, ao que entendi, parece ser algo incerto. Quando vocês lerem irão entender o que quero dizer) veio Illéa, um país novo, monárquico e que vive em constantes ataques rebeldes.

As pessoas são separadas por castas, só que ao invés de nomes (como na Índia), são números. Os Um são a realeza. Os Cinco eram os artistas. Os Seis são os serviçais, domésticos, etc. Oito, ao que entendi, são as pessoas à margem da sociedade. Bem, não fica muito claro qual a colocação de todos os números, mas foi por aí que eu entendi.

Agora, a Seleção:

“Os príncipes, por sua vez, casavam-se com plebeias para elevar o moral da nação, normalmente instável. Acho que a Seleção servia para unir todos os illeanos e fazê-los recordar que o país nasceu praticamente do nada.”

Bem, esse é o básico para explicar a seleção. A rainha Amberly se casou com o rei dessa maneira.

Não sei direito o que pensar da seleção. Aposto que muitas meninas de um país monárquico fosse gostar da ideia, afinal elas ganhariam vestidos, jóias, prestígio ao mesmo tempo em que poderiam se casar com o príncipe. Por outro seria cruel. A competição, as sabotagens, um erro que pode desclassifica-las, desejar a coroa ao invés do príncipe, não conseguir se apaixonar por ele, não ser considerada boa o suficiente para continuar, todos observando e comentando sobre o pré-relacionamento... Eita, é muita pressão.

E também há o lado do príncipe. Porque, quando você lê a sinopse ou até mesmo ouve falar do príncipe, não pensa em como é para ele. Em ter que escolher 35 mulheres do seu país, sair com elas para ver quem pode ser a melhor. E se ele não se apaixonar por nenhuma delas? E se ele se apaixonar e não for correspondido? Não é como se ele pudesse chamar mais 35 meninas (seria vergonhoso e não pegaria bem para a família real num país instável).

O pior é que há a pressão do povo (porque como em todo o reality show, principalmente os que definem o futuro do país, todos têm sua favorita), a pressão do rei a da rainha, a pressão dos conselheiros, a pressão dos países aliados... Eita, é bem complicado para o príncipe também.

Pronto, agora vamos começar a resenha.

Como vocês já devem ter reparado pela prévia, eu amei o livro. E eu não posso dizer porquê ele prende tanto, porque eu não sei. Ele apenas prende. Desde as primeiras linhas, quando América recebe a carta, até o final.

América é uma Cinco que gosta de cantar e tocar. E o principal motivo para não querer nem mesmo participar da Seleção é o seu amor por Asper, um Seis. Eles estão juntos há dois anos, mas namoram escondidos. Porque era óbvio que a mãe de América e nem mesmo a sociedade iria aprovar aquela relação. Sabe, o preconceito contra uma casta mais baixa era grande, e embora as castas de 4 para baixo (ou para cima, dependendo de como você vê, rsrsrs) tenham uma espécie de compaixão mútua, casamento é completamente diferente.

O motivo de América ter se inscrito foi o pedido do próprio Asper (é, isso aí. Eu achei um absurdo, mas...). Por quê? Porque eles passavam fome, e se ela conseguisse ficar entre as 35 a família iria receber um bom dinheirinho. Nem que ela saísse no dia seguinte, mas seria o suficiente.

Só que antes mesmo de América descobrir que ia para a Seleção ela e Asper terminam por um motivo bobo (orgulho dele), então quando ela vai para a Seleção está em pedaços. Ela foi acreditando que tudo entre ela e Asper tivesse acabado para sempre...

Na Seleção, América faz algumas amizades e também uma inimiga muito da cruel (nossa, como eu odiei aquela lá. Credo!). E também lá descobre que o príncipe Maxel não é nada do que ela acreditou ser.

Uou, a primeira vez que eles se falaram. Foi impagável. Ela chamou ele de mimado, reclamou que estava numa jaula e brigou com ele por chamá-la de querida. Ou seja, estava pedindo para ir para a forca. Mas Maxel se mostrou um homem de caráter, compreensivo, atencioso e que morre de medo de ver uma mulher chorar por não saber o que fazer. É, ele não conheceu muitas mulheres na sua vida. Muito menos precisou lidar com uma daquela maneira.

Eu amei o Maxel. Ele é fofo, meigo, engraçado. E os diálogos dele com a América, então? Nossa, como eu ri. Principalmente quando às vezes ela é grossa e sarcástica, completamente diferente do que Maxel esperava de uma mulher.

É, nem preciso dizer que eu prefiro o príncipe, não é? Mas talvez seja mais porque eu não conheça o Aspen direito.

Enfim, eu não vou me prolongar muito na resenha, até porque eu quero que as pessoas leiam (primeiro a resenha, para se interessarem pelo livro), hahaha. Então vou terminar dizendo que o livro é muito bom, principalmente quando deixam uns mistérios pendentes para os próximos livros.  Se esse livro foi apenas falando sobre competição, belezas e essas coisas, acredito que o próximo vai ter muito mais sobre os ataques rebeldes, e o que eles querem e procuram, a verdadeira história do país e segredos reais, do tipo que a população não deveria saber. Ufa, agora é esperar por “A Elite” para talvez saber com quem Maxel e América vão ficar (espero que sejam um com o outro) e também o que o rei pode estar escondendo.