Autora: Gloria Bevan
Editora Abril, vol nº 110 série Florzinha
119 páginas
Sinopse: Nicole viajou para Nova Zelândia com dois objetivos: descobrir o paradeiro de seu tio Walter, desaparecido há anos, e aproveitar as férias, fugindo do frio que fazia na Inglaterra. E nem em sonhos podia imaginar que aquele verão ia marcar tanto a sua vida. Bronzeada pelo sol, refrescada por aquele mar de ondas gigantescas, Nicole podia ser muito feliz namorando John, sempre tão gentil, ou Wayne, tão apaixonado...Mas não, ela teve que entregar seu coração justamente a Keith Lorimer, aquele homem maduro, forte e sensual, o homem que - a cidade inteira sabia - ia casar-se com Annabel, seu único amor...
Resenha:
Com certeza, uma estória muito linda. Para quem nunca leu um
romance de banca, está ai uma ótima oportunidade para começar a lê-los. O livro
é tão curto, tão bem escrito e com uma estória tão cativante, que tenho certeza
que fará qualquer um se apaixonar pelo gênero romance de banca. Sério. Digo
isso porque este foi um dos primeiros romances que li, e mesmo sendo exigente
no critério “qualidade de narração”, amei o livro de cara. Para você ver o
quanto o livro é bom.
Inicialmente,
o livro pode não parecer tão interessante assim – vendo a capa, e a sinopse.
Sinceramente, li as duas primeiras linhas da sinopse, e logo pensei: Ah, meu
Deus, deve ser mais um daqueles livros clichês; não vai ser bom. Nem terminei
de ler a sinopse, se quer saber. Mas, só por causa das opiniões positivas, fui
contra minha intuição (que, diga-se de passagem, na maioria das vezes erra, rs)
e li o livro. Indo direto à estória, Nicole é uma garota boa, normal, que
decide – ou melhor, a tia dela quase que obriga-a – viajar. Apesar disso, essa
é uma viagem ambígua, com dois objetivos focados: 1º descobrir o paradeiro de
seu tio desaparecido há nem lembro mais quantos anos (é...), e 2º se divertir,
claro. Devo dizer que ela é um criaturinha um tanto azarada... Logo quando
chegou em terra firme,na Nova Zelândia, descobre-se sozinha num ponto de ônibus
totalmente deserto, em um lugar que mais parece o fim do mundo... Isso, até ser
salva por um caminhoneiro que passava, e lhe ofereceu carona.
Nicole,
como menina recatada que é, fica indecisa se vai ou não aceitar a carona,
afinal, ela não conhecia o cara. Imagine se ele quisesse fazer algo de ruim com
ela! Mas o cara, que era bonito, apesar de suas vestes caipiras e ridículas,
lhe contou uma coisa desanimadora: ali, só passava ônibus de 24 em 24 horas, e
o ônibus daquele dia já havia passado. Você já viu algo parecido?! E, além
disso, a cidade mais próxima era à quilômetros dali, e ela teria de esperar até
o dia seguinte para pegar seu transporte. Isso que é azar de viajante! Então, o
que fazer, a não ser aceitar a carona? Ela ficara tão tensa, coitada, no banco
do passageiro, que o caminhoneiro até percebeu que ela estava com medo dele
atacá-la, ou algo assim. Ela começara um dialogo com o cara, desconfiada feito
uma agente do FBI em serviço, e descobriu que o cara, além de tudo, era frio
feito gelo! Ou seja, não queria, mesmo, nada com ela.
Antes,
ela temia que ele a atacasse, agora, ela estava irritada porque ele não queria
nada! (Eu ri demais com isso). Claro, seu orgulho feminino deve ter sido
ferido, não é? (É, Nicole, eu te entendo).
Nicole
dormiria na casa de uns amigos de seu chefe, que moravam na cidade. Lá, ela foi
muito bem recebida, apesar de tudo – apesar do aparente mal entendido entre a
mãe de John e a namorada do mesmo. Tudo bem, né, normal. E, apesar de Nicole
estar realmente decidida a encontrar seu tio, aceitou o convite de ir à uma
festa naquela noite, junto com mais um rapaz da família amiga de seu chefe.
Qual não foi sua surpresa ao chegar lá e... dar de cara com o tal caminhoneiro,
mas muito bem vestido! Ele não era caminhoneiro coisa nenhuma, era um ricaço da
vida! Ela quase tem um infarto, de susto. O nome do homem era Keith – é, um
nome estranho, na minha opinião. Demorei à me acostumar com a idéia de que este
era um nome masculino, mas tudo bem...
Devido
a acontecimentos durante a estória, Nicole acabou ficando mais próxima de
Keith. Mas ela não podia se apaixonar por ele! Todos na cidade afirmavam que
ele ia casar com Annabel, uma grande amiga de infância dele... Então, Nicole
não podia se meter nesse balaio de gato, né? Só que, se mandássemos no coração,
ninguém sofreria por amor.
Ainda
há outros homens, que parecem-se interessados em Nicole. De verdade, para mim, o
mais fofo de todo era Wayne (Hey, nomes neozelandês são sempre tão estranhos?).
Ele a adorava, do fundo do coração, e estava super apaixonado por ela. Pena que
o sentimento não era recíproco. Enquanto era adorada por um, ela venerava outro
cara, sentindo-se idiota por isso. E, digo logo, apesar da sinopse dizer que
Keith é um cara frio, a verdade é que ele também tem seus momentos de homem
super-fofo; eu até arriscaria dizer que ele tem um jeito um tanto meigo de
mostrar preocupação por Nicole, mesmo ela não crendo que essa preocupação é
fruto de algum sentimento maior.
Então,
o que acontecerá com Nicole e Keith? Será que os dois ficam juntos? E o tio de
Nicole – o que aconteceu com ele? Ah... Você terá de ler para descobrir.
Nota: 9.5.
Só para vocês ficarem com gostinho de quero-mais na boca,
olha só minha parte favorita (e super fofa) do livro:
"Enquanto se vestia, Nicole pensava que talvez Keith estivesse
com pena dela, pois poderia ter se afogado e ele se sentiria responsável por
isso. Voltou para junto dele na praia e sentou-se a seu lado. Ficou
observando-o, enquanto Keith juntava alguns gravetos e riscava um fósforo.
— Você salvou a minha vida...
— Não é bem assim. — Ele sorriu. — É uma pena que não sejamos
chineses...
— Chineses?
— Exato. Existe uma lenda na China que diz que uma pessoa que
salva a vida de outra passa a ser dona dela. Quer dizer, você pertenceria a mim
para sempre. — Olhou para ela. — O que acha disso?
— Seria engraçado. — Nicole ficou embaraçada.
— Seria maravilhoso!"
Ass.: Arine-chan
Não gosto muito desse tipo de livro, mas só saberei se consigo ler lendo néh!
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