Baú de Romance #5 Chave do Coração (Laurie Paige)

                                               
Autora: Laurie Paige
Editora Harlequin Books
218 páginas

Sinopse: SÓCIO: Michael O'Day, cirurgião cardíaco.

ESTADO CIVIL: Solteiro, bem-sucedido... e absurdamente rico.
MÉTODO DE SEDUÇÃO: Com suas mãos fortes e hábeis, este médico é capaz de fazer as mulheres do Texas perderem os sentidos!

O talento na sala de cirurgia e a habilidade na cama fizeram de Michael O’Day um dos solteirões mais cobiçados do Texas. Mas, as barreiras intransponíveis erguidas pelo lendário-médico impediam que alguém se aproximasse demais. Até a frágil bailarina Susan Wainwright. Quando Susan desmaia em cena, é diagnosticado que ela precisa desesperadamente de um novo coração. Agora, o homem que sempre dera mais importância ao poder e ao prestigio do que a maneira gentil e reconfortante de tratar os pacientes tinha de salvar a mulher que achara a chave do seu coração.

Resenha:

Sinto que seria capaz de escrever dezenas de páginas sobre o livro, mas, sim, vou me contentar com algumas linhas. Eu não sabia bem o que esperar do que ia ler. Não conheço a autora. Nunca ouvi falar do livro, e, ainda por cima, não tinha, exatamente, uma opinião formada sobre livros com esse tema. Claro, já li um livro onde a mocinha tinha problema no coração, mas, no caso, ela não estava para morrer, literalmente falando. Acho que essa perspectiva deixa o leitor um pouco temeroso: será que ela vai conseguir sobreviver? Me perguntei isso com freqüência, inclusive quando meus olhos bateram no ultimo ponto final do livro. (Eu agradeceria muito se a autora tivesse tido o bom senso de escrever um prólogo #Fica a dica).

                Susan é uma bailarina que começa a ver seu sucesso crescer, e é uma pessoa que, simplesmente, não vive se não dançar. Ela, sua vida e tudo que ela é, se resume àquilo que ela faz, apesar de nem todos levarem sua profissão à sério. A verdade é que ela estava lutando para se controlar, após saber que seu coração, doente desde quase sempre, agora começava a falhar. Quando ela era adolescente, aquele seu órgão vital parou de crescer e acompanhar seu desenvolvimento corporal, acabando que ele, agora, era pequeno demais para mantê-la estável. Isso a estava consumindo, e, por fim, a tirara dos palcos. Ninguém queria uma dançarina doente, afinal. E é nesse momento que aparece o cirurgião-cardíaco conhecido por ser um dos melhores do país: Michael. O lindo Michael. A contra-gosto, Susan se vê como paciente daquele homem que, desde que o conhecera, a irritara por fazê-la sentir emoções tão conflitantes e desejos pecaminosos. Ele mostrava o mesmo interesse nela, com a mesma intensidade que ela mostrava por ele. O que pode acontecer nesse estranho relacionamento, estando ela, aparentemente, mais próxima da morte que da vida?

                Michael, sinceramente falando, é um mocinho perfeito. Senti afeição instantânea por ele, e me agradou ver que, na maior parte do livro, a estória é fixada no ponto de vista dele. Ele quer salvar a teimosa Susan, não somente por ela ser sua paciente, mas também por ela fazê-lo se sentir tão vivo, tão apaixonado. Claro, relações médico-paciente costumam ser complicadas, e era recomendado que, se você fosse médico, buscasse não sentir nada de especial por nenhum de seus pacientes. O que já era tarde demais, constatou Michael ao descobrir-se gostando de Susan e de sua sensualidade, mais do que devia. Ele tenta convencer Susan a entrar na fila de espera por um transplante de coração, mas isso, para ela, significaria deixar os palcos de dança. Ela não queria abandonar seus sonhos; mas Michael lhe dera uma triste perspectiva: ela não tinha muito tempo de vida, talvez nem mesmo um ano. Tive medo que isso tudo acabasse tornando a estória muito pesada, com um clima muito tenso, mas me impressionei ao ver que tudo fluía com uma naturalidade invejável. Adorei os personagens – todos eles -, e o envolvimento entre Michael e Susan não pareceu nem um pouco forçado. Mesmo assim, continuo achando que um prologozinho não iria matar ninguém, né! Só tendo uma santa paciência com essas escritoras que deixam o final tão em aberto (rs).

 Acho que a beleza da narração, da estória e dos personagens, fez com que o livro entrasse na lista dos mais belos que li, não importando o gênero. Mesmo quem não gosta de romances de banca, mas curte um romance emocionante e leve, acho que irá adorar o livro. Livro altamente recomendado.

Nota: 9.5

Ass.: Arine-san